segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

UFPA 2.0, primeiros passos.

UFPA quer instalar rede WiFi em campus do Guamá

A Universidade Federal do Pará pretende instalar uma rede WiFi por todo o campus básico. Ação faz parte do projeto UFPA 2,0, que deve inovar com uma proposta de integração institucional a partir de Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs).

Segundo a assessoria da universidade, acontece amanhã, às 9h, uma reunião que esquematizará os prazos de implantação do projeto, ainda em 2010. Segundo o Twitter oficial do UFPA 2.0 “No início do primeiro semestre de 2010 a rede Wi/Fi do Campus Básico da UFPA será realidade”. A ação é coordenada pelo pró-reitor Prof. Flávio Augusto Sidrim Nassar.

De acordo com a descrição do projeto, esta inovação tecnológica se de outras ações baseadas em “TIC” por seu caráter institucional e integrador. Pretende-se gerar um grande impacto, de forma coordenada aproveitando as possíveis ações nos diversos públicos (estudantes, professores, servidores, sociedade) e nas diversas áreas de atuação da universidade (ensino, pesquisa e extensão), especialmente através de políticas públicas abrangentes e com a implantação de uma grande rede de parceiros.

A idéia é a partir do ano que vem, qualquer pessoa cadastrada poderá usar a rede Wi/Fi do Campus Básico da UFPA.

(Diário Online, Diego Andrade)
Segunda-feira, 21/12/2009, 17:23h

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

A escolha dos reitores

Jacques Schwartzman PDF Imprimir E-mail
Publicado na página da ANDIFES (www.andifes.org.br )
07 de dezembro de 2009 08:20

O Governo Federal, desde a década de 50, sempre teve um papel ativo na escolha dos dirigentes das IFES. Uma lista de 6 nomes, organizada pelo órgão colegiado máximo da instituição, era enviada ao MEC, para designação pelo Presidente da República. Os integrantes da lista disputavam entre si a nomeação, que afinal decidida pelo governo, era pouco contestada. Com o advento do regime militar, esta forma de escolha passou a ser questionada. Argumentava-se que os governos militares não tinham legitimidade para fazer esta escolha já que não foram eleitos e ainda assim cassavam professores , expulsavam alunos e interferiam na autonomia das Universidades. Gerou-se então uma pressão para que os Reitores fossem escolhidos por processos exclusivamente internos, promovendo-se consultas e preparando listas que induziam a escolha do preferido pela comunidade. Este movimento foi parte da luta pela volta da democracia ao país.Na maior parte das vezes a escolha recaia sobre os preferidos da comunidade, mas nem sempre era assim.

Esgotado o regime militar, algumas importantes decisões para escolha de dirigentes foram tomadas e promulgadas em forma de lei (9192/95). Nesta constava que a escolha deveria recair entre professores de alta titulação, através de lista tríplice organizada por um Colegio Eleitoral, que poderia promover ou não uma consulta à comunidade. Caso ela fosse feita, deveria ser organizada pelo próprio Colegio, tendo os professores peso 70 e funcionários e alunos os outros 30. Esta é a lei em vigor, mas na prática a lista tríplice é organizada de tal forma que deixa pouca margem para uma decisão alternativa à decidida pela consulta que elege apenas um candidato. Assim, o governo federal, agora eleito democraticamente, não tem influencia em tão importante decisão. Ainda assim, no governo FHC algumas poucas tentativas foram feitas no sentido de escolher um candidato alternativo ao mais votado. O exemplo mais conhecido foi o do Reitor Vilhena da UFRJ e que gerou calorosos protestos e contestações.

Agora, a pretexto de disciplinar o processo de escolha de dirigentes (Reitores) dos recém criados Institutos Federais de Educação , Ciência e Tecnologia, editou-se o Decreto 6.986 de 20 de Outubro de 2009, que diverge em alguns pontos da Lei 9192/95. Nele obriga a realização de consulta à comunidade, elimina a lista tríplice substituindo-a por um único candidato a ser homologado pelo Presidente da República. Postula também que a participação de cada segmento na eleição, se dará de acordo com a “legislação pertinente”,isto é, conforme os pesos definidos na Lei 9192/95, segundo nossa interpretação.Não obstante, de acordo com o artigo 12 da Lei 11.892, os pesos de cada um dos três segmentos foram fixados, paritariamente, em 1/3 para cada um deles , diminuindo sensivelmente a importância do corpo docente.

Temos portanto duas formas de escolha de Reitores,como se fossem cargos diferentes. Esta situação surge em função de convicções ideológicas de setores que estão hoje no poder e que sempre foram favoráveis a processos amplos de escolha, como se, nas universidades, a democracia fosse mais importante do que a meritocracia, o que está refletido na redução do peso dos docentes no processo. Fica também mal resolvida a questão de qual seria o papel do governo, quando eleito democraticamente, na condução da política educacional das Universidades públicas. Dada a situação “sui-generis” das universidades no contexto dos órgãos públicos , melhor seria uma combinação entre o desejo da comunidade e a legítima pretensão dos governos de escolher dirigentes mais afinados com seus projetos, o que implicaria na elaboração de listas e não na definição de um candidato único a ser imposto aos governantes.

Finalmente, caberia comentar como é possível que um decreto revogue dispositivos de uma lei e como é possível eleger-se para um mesmo cargo,o de Reitor, através de critérios divergentes. Com a palavra os juristas.

Jacques Schwartzman, do Centro de Estudos de Políticas Públicas e Educação Superior da Universidade Federal de Minas Gerais.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Um pacto Pela Educação

Publicado no portal da Andifes

PDF Imprimir E-mail
Por MARCO ANTONIO RAUPP e ISAAC ROITMAN
11 de novembro de 2009 10:50

A EDUCAÇÃO de qualidade no Brasil continua a ser um problema não resolvido. Intelectuais brasileiros produziram, no século passado, duas versões do "Manifesto dos Pioneiros pela Educação Nova". A primeira versão, de 1932, foi assinada por 21 intelectuais, entre os quais Anísio Teixeira, Fernando Azevedo, Cecília Meireles, Roquete Pinto e Júlio de Mesquita Filho. Uma nova versão foi lançada em 1959, dessa vez com o endosso de 161 acadêmicos.

Os dois documentos parecem ter sido escritos recentemente, o que revela que não avançamos na resolução dos nossos problemas educacionais.

O documento de 1932, no seu início, diz: "Na hierarquia dos problemas nacionais, nenhum sobreleva em importância e gravidade ao da educação (....) todos os nossos esforços, sem unidade de plano e sem espírito de continuidade, não lograram ainda criar um sistema de organização escolar à altura das necessidades modernas e das necessidades do país. Tudo fragmentado e desarticulado".

Passados 77 anos, as afirmações do manifesto ainda guardam muita semelhança com a situação atual da educação brasileira, especialmente nos níveis fundamental e médio.

Nas décadas mais recentes, é verdade, houve um empenho bem-sucedido para a universalização da educação básica. Agora, precisa haver esforços para que a educação tenha qualidade. Oferecemos escola; precisamos oferecer também educação. A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) congrega cerca de 90 sociedades científicas e caracteriza sua trajetória em ações que visam promover o desenvolvimento científico e tecnológico e melhorias no sistema educacional, além de sempre estar presente nos episódios mais importantes da vida brasileira. Em agosto de 2008, criou o Grupo de Trabalho de Educação, que lançará nesta sexta (13/11) o movimento "SBPC: Pacto pela Educação".

A iniciativa tem como principal característica a aliança e a parceria de diversos setores da sociedade com o objetivo de alcançar a qualidade na educação em todos os níveis e para todos. Além de entidades acadêmicas, esse pacto pela educação envolverá os setores empresarial, estudantil, sindical, Legislativo, Executivo e associações e organizações sociais voltadas para a melhoria da educação.

Em razão das dimensões dos problemas, sabemos que levará décadas para que ocorra uma transformação radical da educação no Brasil. Assim, serão propostas ações de curto, médio e longo prazo, que serão entregues aos sucessivos governantes nos próximos 20 anos.

Será elaborado um conjunto de indicadores para acompanhar e avaliar a implantação das ações propostas.

Esse acompanhamento será executado por todas as entidades que participarem dessa verdadeira e necessária revolução da educação, que deverá ser feita em várias dimensões: formação do professor contemporâneo, valorização da carreira docente, gestão escolar moderna e eficiente, conteúdo adequado como forma do exercício do pensar, utilização de métodos pedagógicos permanentemente atualizados, bibliotecas e outros instrumentos para a busca da informação, avaliação e principalmente as bases para tornar a educação um agente civilizatório.

Em suma, temos que alterar drasticamente o quadro atual do ensino básico brasileiro, que se apresenta como uma perversão social, um indicador claro da desigualdade que vigora na nossa sociedade.

Elevar nossa educação a patamares aceitáveis de qualidade não é só um requisito para a modernização do país e a melhoria das condições de vida das pessoas. É um requisito também para a inclusão, é uma responsabilidade social, é uma demanda de reparação social em uma sociedade desigual.

O ensino de qualidade, especialmente no nível fundamental, que é o nível que mais afeta a cidadania, deve ser visto como um compromisso de todo o país, em todas as suas instâncias e segmentos. Para uma sociedade democrática, que tem como pressuposto o oferecimento de oportunidades iguais para todos, trata-se de um compromisso fundamental.

Esse é, no entendimento da SBPC, o grande desafio que temos pela frente -e imediatamente. É preciso haver uma grande mobilização da sociedade, de modo a fazer com que as estruturas governamentais e políticas promovam o esforço necessário.

Talvez esse seja mesmo o maior desafio que já se colocou para o país em toda a sua história. Dotar a educação básica da qualidade necessária significa promover o salto de qualidade de que o Brasil precisa. O movimento "SBPC: Pacto pela Educação" tem esse compromisso.
________________________________________
MARCO ANTÔNIO RAUPP , 71, matemático, diretor-geral do Parque Tecnológico de São José dos Campos, é presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Foi diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e do Laboratório Nacional de Computação Científica.
ISAAC ROITMAN , 70, doutor em ciências, é coordenador do Grupo de Trabalho de Educação da SBPC. Foi professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, da Universidade de Brasília e da Universidade Estadual do Norte Fluminense, além de reitor da Universidade de Mogi das Cruzes.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

A nova China

Recebi do Antonio Fattore, assessor de Relações Internacionais do Governo do Estado.

A nova China: alias a novíssima China (post recessão mundial)

A China sae como a grande vencedora da crise mundial.Alias, com o seu
crecimento e a sua capacidade de controle do sistema financeiro, ajudou a
economia mundial não cair numa recessão ainda pior.
Algums numeros:(News Week do 26 de Outubro ).
8.5% crecimento do Pib
2.3 milioes de dolares de reservas cambiais
200 bilioes de dolares de envestimento no sistema ferroviario( nos Etados
Unidos 20 milioes)
100 novos arereportos nos proximos anos
70.000 km de novas rodovias (particolarmente nas regioes
perifericas e nas areas rurais onde pais 40% dos vilarejos não tem
esrtadas com asfalto).
Segundo e terceiroporto mais importante do mundo (Shangai e Hong-Kong)
Das 10 mais importantes empresas na area das energias renovaveis (solar,vento e motores eletricos) 4 são da China.
Nos ultimos 5 anos 100 milioes de pessoas sairam da pobreza. Até o ano
2020 é previsto que a classe média será maioria no pais.
E' previsto que em 10 anos o diferencial entre as regioes desenvolvidas da costa e aquelas mais atrasadas do interior sera reduzido do 50%.
88% do crecimento no 2009 vem de investimentos publicos.
A Bolsa de Shangai ja creceu de mais de 60 % no 2009.
70% do capital na Bolsa de Shangai e' de empresas publicas
O numero de empresas particulares passou de 20 milioes no
1990 a' 40 milioes do 2009.
O consumo representa 37 % da economia e esta crecendo rapidamente.O
restante va em investimentos privados ou publicos e em poupança. A China e' o pais com a mais alta taxa de poupança no mundo.
O governo chines e' aquele que gastou mais no mundo em estimulos para
economia "verde":218 bilioes de dolares. A China e' o pais que produz mais
energia renovavel e esta virando exportador de tecnologias limpas.

Esta e' a China de hoje.Resultados enormes e desafio s ainda
maiores.Não e' o socialismo que a gente imaginava e nem o capitalismo que
a gente conocia.Esta mistura de um estado que programa a nivel
macroeconomico e de um libero mercado que comanda a nivel
micreconomico parece estar dando certo e e' algo que merece ser estudado
e conocido.Tambem no nosso interesse porque' um povo de 1.4 bilioes (un
quinto da humanidade) de pessoas que estão melhorando a propria vida
(a pesar das contradições democraticas, politicas ,
sociais , culturais ,etc) )não pode deixar indiferente ninguem.

Antonio Fattore

Estado paga o dobro do Salário do setor privado

Com este título o Valor Econômico publica matéria na edição de 9 de novembro.
É só parcialmente verdade.

Abaixo o link:

http://www.valoronline.com.br/?impresso/caderno_a/83/5914837/estado-paga-o-dobro-do-salario-do-setor-privado

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Somos todos demasiado parecidos

Com o titulo acima, José Manuel Fernandes publicou no jornal lisboeta O Público, o artigo abaixo.

A claustrofobia portuguesa, tal como a inveja endémica ou a inércia paralisante, são fruto de uma homogeneidade nacional que não tem paralelo na Europa. Somos demasiado iguais uns aos outros para que idéias diferentes concorram pelas melhores soluções.

José Gil escreveu que o mal português era a inveja. Ontem, no PÚBLICO, Vasco Pulido Valente alertou os políticos para um outro mal português: a inércia. É possível que a inveja seja um subproduto da inércia - afinal não é ela fruto de querermos o que os outros têm sem termos de trabalhar para isso?-, mas é entre as diferentes razões para a nossa inércia que será mais útil procurar uma solução para Portugal. Isto se acreditarmos que este país tem conserto, depois solução, por fim algum futuro.

Não falta quem ande por aí a criticar o pessimismo de Vasco Pulido Valente, mas a verdade é que este colocou o dedo na ferida ao referir que “nesta tábua rasa nada nos divide e quase nada nos move”. Porque “Portugal é um país miraculosamente homogéneo”....

Experimentem trocar Portugal por UFPa.

Cai como uma luva....


sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Começo de Conversa

Este Blog é para prestar contas de minhas atividades na Prointer e do Projeto UFPA 2.0 coordenado por mim.