domingo, 31 de outubro de 2010

Serra restará com seus fantasmas

Quando Pai e filho estão de acordo

Estou de pleno acordo com o post do Blog do Paulo André:
"Na decisão do recurso do Jader, o Supremo decidiu não decidir.
Escolheu manter a decisão do TSE porque seu presidente não quis dar voto de qualidade como determina o Regimento Interno do STF, porque diz não ter vocação pra déspota.
Sem entrar nos aspectos jurídicos da decisão, me pergunto: como agiria Peluso se o presidente do STJ, por exemplo, deixasse de aplicar uma disposição do Regimento Interno porque não concordasse com ela?"

sábado, 30 de outubro de 2010

Dilma e Serra respondem: Por que a galinha atravessou a rua?

Dilma Rousseff: “No que se refere ao fato de a galinha ter cruzado a rua, eu considero que este é mais um ganho do governo do presidente Lula. Eu considero que foi apenas depois que o presidente Lula me pediu para coordenar o PAC das Ruas é que as galinhas no que se refere ao cruzamento das ruas tiveram a oportunidade de poder cruzar as ruas, coisa que, aliás, só as galinhas com maior poder aquisitivo podiam no governo FHC, no qual o meu adversário foi ministro do Planejamento e da Saúde”.

José Serra: “Olha, este é mais um trolóló da campanha petista. Veja bem, as galinhas cruzam as ruas no Brasil, há anos. Eu mesmo coordenei a emenda na Constituição que permite o direito de ir e vir das galinhas. Eles ficam falando que foram eles que inventaram esse cruzamento de ruas, mas já no governo Montoro, quando eu era secretário do Planejamento, as galinhas cruzaram as ruas com maior segurança. Eu, por exemplo, criei o programa Galinha Paulistana, que permitiu que milhares de galinhas pudessem cruzar as ruas e, agora no meu governo, vou criar o “Galinha Brasileira”, em que toda galinha terá direito de cruzar as ruas quantas vezes quiser “.



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O que é ser 1345

Ser 1345 é estar acima das paixões exageradas, é poder escolher com a razão.
É saber perceber a falta de escrúpulo de um lado e a falta de discernimento do outro.
É entender que não é isso ou aquilo, mas que pode ser isso e aquilo.
É ser mais livre e portanto mais feliz.
Portanto: Larousseff & Casimão

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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Quando Belém estava no Mapa Mundi

Quando eu visitei a Cidade Velha da Ribeira, patrimônio universal reconhecido pela UNESCO, no Cabo Verde, continente africano, a maior surpresa que tive foi descobrir as ruínas da Companhia de Comercio do Grão Pará e Maranhão.
A Companhia criada pelo Marques de Pombal em 1755 com o objetivo de desenvolver a agricultura fomentando o comércio. Recebeu diversos privilégios, como o do monopólio por vinte anos do tráfico de escravos e do transporte naval de outras mercadorias entre a Metrópole e o Estado do Grão Pará e Maranhão.
Naquele tempo Belém estava no Mapa Mundi, nas grandes rotas comerciais entre o novo e o velho mundo, na triangulação dos três continentes: Europa, América do Sul e África.
Hoje Belém não tem acessibilidade ao resto do mundo, você não consegue viajar diretamente daqui para nenhum país importante do mundo.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Temos que reaprender-nos

A minha geração se formou culpando a ditadura militar pelos males do pais.
Depois da democracia vieram as crises econômicas, os escândalos de corrupção que pareciam confirmar que o Brasil não tinha jeito.
Via-mo-nos como enjeitados da sorte, párias no meio dos outros povos, apenas o país alegre do futebol e do Carnaval.
Agora as coisas mudaram , o Brasil tornou-se um pais viável e assume o protagonismo de potência emergente.
Não estamos acostumados a nos pensar assim
Temos que reaprender-nos.

domingo, 24 de outubro de 2010

Metrô para Belém, tem que começar a pensar agora

Este tema precisa entrar na agenda dos candidatos ao Governo do Estado.
Hoje o sistema metropolitano de transporte público (metrô) não é apenas a melhor solução para as megacidades como Rio e São Paulo, todas as cidades de médio porte, desde aquela com populações entre 3 e 5 milhões de habitantes, como as do porte de Belém, na faixa dos 2 milhões (Campinas e Goiânia), já tem em operação ou em projeto.
Teresina com menos de 1,2 milhão de habitantes tem metrô em operação desde 1991.
Se imaginarmos um crescimento de 5% ao ano do PIB brasileiro, que está abaixo do que se pode esperar, veremos que nenhuma solução em andamento é capaz de desentalar Belém.
Morram de inveja, vejam a foto do metrô de Teresina.
Sempre vai aparecer um derrotista que vai achar que estamos pensando alto, que aqui o lençol freático é muito alto, e outras pitangas.
Deixemos isto de lado, temos que pensar grande, a tecnologia tem solução para todos estes problemas, depois ninguém esta dizendo que o metrô, tem que ser enterrado, tem que chegar na Cidade Velha ou passar pela beira do Guamá.

Voce é sexdigital?

Sexdigital é o individuo que tem seis dedos, é o mesmo que hexadáctilo.
Quem pensou que era a pessoa que faz sexo por computador, quebrou a cara.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Em tempos de radicalização ...

como estes de fim de campanha, temos que aprender a

Paulistas não vão ao teatro, o resto do Brasil então...

Desta vez, os entrevistados não tergiversaram. Questionados sobre as razões que os deixam do lado de fora de cinemas, teatros e museus, os paulistas miraram, em bloco, uma resposta capaz de embaralhar algumas teses sobre o consumo cultural.
Os números reforçam, primeiro, o que se intuía: 40% dos paulistas não costumam ir ao cinema, 60% não costumam ir ao teatro e 61% não costumam ir a museus. O que chama a atenção é a justificativa para a inércia: "Não me interesso/ não gosto/ não me sinto bem fazendo", respondem os entrevistados.
No caso do cinema, enquanto 29% alegam falta de interesse, apenas 8% citam o preço do ingresso como empecilho. A piadinha "Vá ao teatro, mas não me chame" também ganhou torneado estatístico: 32% dizem não ver peças, simplesmente, porque não têm vontade.
A pesquisa é fruto de projeto da consultora J.Leiva Cultura & Esporte, realizado em parceria com o Datafolha e a Fundação Getúlio Vargas. Foram ouvidas, entre 25/8 e 15/9, 2.400 pessoas, acima de 12 anos, em 82 cidades.
O objetivo da pesquisa era mapear e compreender os hábitos culturais da população. Os resultados serão apresentados e analisados amanhã, durante um seminário na Pinacoteca -com vagas já esgotadas.

BEABÁ"O que surpreende é o fato de essa resposta aparecer. A pressão por ser culto, consumir cultura é tão grande que, em geral, as pessoas dão desculpas como falta de tempo ou dinheiro", diz Teixeira Coelho, curador do Masp e professor da USP.
"Isso aponta para uma certa sinceridade", observa Teixeira Coelho. "Mas a gente também sabe, por pesquisas internacionais, que, à medida que melhora o nível econômico, melhora o consumo cultural. É claro que o fator econômico pesa, até porque, na cultura, o hábito é fundamental. Falta oportunidade para que as pessoas tenham a cultura introduzida em suas vidas."
O diretor Antonio Araújo, do Teatro da Vertigem, pondera que consumir cultura é abrir-se a uma experiência. "Quem nunca foi exposto a uma ópera pode ter raiva dessa experiência. Voltamos sempre à questão da formação de público", diz Araújo.
O cineasta Domingos Oliveira recorre aos adjetivos "estonteante e deprimente" para falar da pesquisa. Como todos os ouvidos para esta reportagem, ele desvia os olhos dos palcos para as escolas.
"Precisamos cuidar desse um terço [que consome regularmente cultura], porque quem não gosta de arte bom sujeito não é. A doença em geral é a falta de educação", diz Oliveira. "O contato com as artes deveria ser obrigatório no ensino primário."
Paradoxalmente, os "desinteressados" dizem que gostariam de gostar de cultura. Os entrevistados que custam a tirar o pé de casa para consumir cultura dizem ter gosto por "realizar atividades culturais". O "sim", nesse quesito, teve índice de 68%.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Encontro de Dilma com intelectuais repercute em Portugal, no Brasil nem tanto.

Matéria do Jornal o Público, assinada por Alexandra Lucas Coelho.

Leonardo Boff chega ao microfone e diz: "Hoje de manhã, na oração que faço, pedi um sinal a Deus: se o Oscar Niemeyer for ao encontro, é um sinal infalível de que a vitória está garantida."Sentado na sua cadeira de rodas, quase a desaparecer por trás da mesa, Oscar Niemeyer, 102 anos, sorri ao de leve. E o teatro levanta-se em peso, mais de mil pessoas: "Oscar! Oscar! Oscar! Oscar! Oscar!"

É um momento eléctrico.
"E não digo isso como retórica", continua Leonardo, o monge que no Brasil fundou a Teologia da Libertação. "Oscar Niemeyer vive o evangelho da solidariedade. Para ele, a solidariedade com os pobres e oprimidos é o sentido fundo da vida. Nunca está cansado, sempre está trabalhando."
Depois, Leonardo volta-se para trás: "Eu tenho aqui um anjo..." O anjo abre uma luz quando sorri: Chico Buarque de Hollanda. "É o anjo Gabriel que traz mensagem", diz Leonardo, passando-lhe o microfone.
Chico pega nele como quem ainda não se habituou ao palco: "Minha missão era ser papagaio de pirata..." Ficar no ombro de Leonardo sem falar. Mas Leonardo não deixou, e então Chico fala de Dilma: "Essa mulher de fibra, que já passou por tudo e não tem medo de nada, vai herdar o senso de justiça social, um marco do governo Lula, um governo que não corteja os poderosos de sempre, não despreza os sem-terra, os professores. Um governo que fala de igual para igual com todos, que não fala fino com Washington, nem fala grosso com a Bolívia e o Paraguai. E por isso é ouvido e respeitado como nunca antes na história desse país."
O teatro aplaude, em comoção. Chico ainda tenta dizer algo mais, mas desiste. Sorri aquele sorriso. "Agora o anjo pode voltar ao seu lugar", diz Leonardo.

Teatro com memória
O Teatro Oi Casa Grande, no bairro carioca do Leblon, tem memória de muitas lutas de esquerda, e segunda-feira à noite o palco foi-se enchendo de artistas e intelectuais à medida que plateia e balcão esgotavam rapidamente.
O actor Paulo Betti, o realizador Ruy Guerra e o encenador José Celso Corrêa (do mítico Teatro Oficina). As cantoras Alcione e Beth Carvalho (acabada de sair do hospital). Os músicos Alceu Valença e Wagner Tiso. Os escritores Fernando Morais e Eric Nepomuceno. Vários governadores e ministros, como o da Cultura, Juca Ferreira. Sambistas da Mangueira. Cirandeiras do Recife. Rappers da periferia.
Enquanto a sessão não começa, aparecem no ecrã apoios de Chico César e Gilberto Gil (que votou Marina Silva na primeira volta). O manifesto de figuras da cultura junta já 10 mil nomes, como João Bosco, Martinho da Vila, Luís Fernando Veríssimo, Francis Hime, Tom Zé ou Zeca Pagodinho, além dos presentes. Dilma vai receber ainda manifestos de advogados e de líderes religiosos, incluindo muitos bispos.
Lá fora chove, é de noite, e mesmo assim as muitas pessoas que não conseguiram entrar esperam para ver tudo no telão exterior. Cá dentro, plateia e balcão estão repletos, e há uma massa de gente em pé nas coxias e ao fundo.
E quando uma cadeira de rodas é empurrada até à frente do palco e nela vem a figura encolhida, minúscula, de Oscar Niemeyer, por todo o teatro se soltam gritos, e as pessoas levantam-se como se mal acreditassem no que estão a ver.

É o maior aplauso da noite.
São 20h45. Então Dilma entra para ocupar o lugar central. Mas há um lugar vago a seu lado, e na cabeça de todos está a mesma pergunta: e Chico?
"Não sabíamos que a receptividade ia ser tão grande", vai dizendo um dos apresentadores. "De qualquer maneira o Maracanã está para obras..."
Movimento no palco. O anúncio, enfim: "Chico Buarque de Hollanda!" E o homem que convocou tudo isto aparece, delgado, quase frágil, perante um teatro que o aplaude de pé, amorosamente.
Pela enchente e pela emoção, será o comício com que qualquer candidato sonha. Chico caiu do céu, trouxe com ele Oscar e Leonardo, e juntos chamaram toda esta gente. O que os move é a crença em Lula, como ficará claro nas palavras de Chico e de Leonardo.


A continuação da matéria pode ser lida clicando abaixo:

http://www.publico.pt/Cultura/leonardo-oscar-e-chico-cairam-do-ceu-para-dar-tudo-a-dilma_1461866?p=2

A economia de Terceiro Mundo dos Estados Unidos

Paul Craig Roberts
Economista e ex-secretário assistente do Tesouro na administração de Ronald de Reagan.

Durante alguns anos, escrevi sobre o relatório mensal do emprego não agrícola nos Estados Unidos. Os dados não endossavam os elogios tecidos pelos economistas à "Nova Economia". A "Nova Economia" era constituída, supostamente, por serviços financeiros, inovação e serviços de alta tecnologia.
Esta economia tomava o lugar da velha economia braçal da indústria e da manufatura. A educação reciclaria a força de trabalho e passaríamos para um nível mais alto de prosperidade.
Por vezes seguidas, informei que não havia sinal dos empregos da "Nova Economia", mas os empregos da velha economia estavam desaparecendo. Os únicos novos empregos eram em serviços domésticos de baixa remuneração, como os de garçonete e garçom, vendedor de loja, assistência social e de saúde (principalmente serviços de ambulatório) e, antes do estouro da bolha, construção.
Os dados, divulgados mensalmente pelo Departamento de Estatísticas do Trabalho dos EUA, não tiveram impacto sobre a propaganda da "Nova Economia". Os economistas continuaram a insistir com eloquência na ideia de que o globalismo era uma bênção para nosso futuro.
Os milhões de desempregados de hoje são creditados à explosão da bolha imobiliária e à crise financeira dos derivativos subprime. No entanto, a economia dos EUA vem perdendo empregos há uma década. À medida que a manufatura, a tecnologia da informação, a engenharia de software, a pesquisa, o desenvolvimento e os serviços profissionais comerciáveis foram transferidos para o exterior, a classe média norte-americana encolheu. As escadas de mobilidade ascendente que transformaram a sociedade norte-americana em uma "sociedade da oportunidade" foram demolidas.

Para quem se interessar em continuar a leitura, clique no link.http://operamundi.uol.com.br/opiniao_ver.php?idConteudo=1259

domingo, 17 de outubro de 2010

Abraço de Tamanduá

O tamanduá, em perigo, se deita de barriga para cima e abre os braços atraindo a atenção do inimigo que, pensando que ele esta morto, se aproxima e é surpreendido por um forte abraço, que o asfixia e mata.
Neste caso aí, quem atraiu quem?
Quem está se vingando de quem?

A foto é do David Alves publicada no Blog da Rita Soares

Dinossauro extinto

Seria bom se para as próximas eleições se exigisse, além da ficha limpa, para candidatos milenares, que não pintem o cabelo.

sábado, 16 de outubro de 2010

Uma fotografia aérea

Ferreira Gullar
Eu devo ter ouvido aquela tarde
um avião passar sobre a cidade
              aberta como a palma da mão
              entre palmeiras
              e mangues
          vazando no mar o sangue de seus rios
              as horas
              do dia tropical
aquela tarde vazando seus esgotos seus mortos
                                                                            seus jardins
eu devo ter ouvido
aquela tarde
          em meu quarto?
          na sala? no terraço
          ao lado do quintal?
o avião passar sobre a cidade
                                               geograficamente
                                                                          desdobrada
          em si mesma
          e escondida
          debaixo dos telhados lá embaixo sob
          as folhas
          lá embaixo no escuro
          sonoro do capim dentro
          do verde quente
          do capim
                  lá
junto à noite da terra entre
          formigas (minha
          vida!) nos cabelos
          do ventre e morno
          do corpo por dentro na usina
          da vida
          em cada corpo em cada
          habitante
                         dentro
         de cada coisa
         clamando em cada casa
                                               a cidade         sob o calor da tarde
         quando o avião passou
 

                                II


eu devo ter ouvido no meu quarto
um barulho cortar outros barulhos
                                                       no alarido da época
                                                                                       rolando
por cima do telhado
                                eu
devo ter ouvido
(sem ouvir)
         o ronco do motor enquanto lia
           e ouvia
        a conversa da família na varanda
           dentro daquela tarde
           que era clara
           e para sempre perdida
           que era clara
           e para sempre
      em meu corpo
      a clamar
         (entre zunidos
         de serras entre gritos
         na rua
         entre latidos
         de cães
         no balcão da quitanda
no açúcar já-noite das laranjas
                                                 no sol fechado
e podre
  àquela hora
dos legumes que ficaram sem vender
no sistema de cheiros e negócios
do nosso Mercado Velho
                                         - o ronco do avião) 
                             III 
eu devo ter ouvido
         seu barulho atolou-se no tijuco
         da Camboa na febre
         do Alagado resvalou
            nas platibandas sujas
         nas paredes de louça
         penetrou nos quartos entre redes
                                                              fedendo a gente
         entre retratos
         nos espelhos
         onde a tarde dançava iluminada
Seu barulho
era também a tarde (um avião) que passava
ali
como eu
passava à margem do Bacanga
em São Luís do Maranhão
        no norte
        do Brasil
           sob as nuvens 
                           IV 
          eu devo ter ouvido
          ou mesmo visto
          o avião como um pássaro
          branco
          romper o céu
          veloz voando sobre as cores da ilha
                   num relance passar
           no ângulo da janela           como um fato qualquer
                    eu devo ter ouvido esse avião
                    que às três e dez de uma tarde
           há trinta anos
                    fotografou nossa cidade 
                            V 
                   meu rosto agora
                   sobrevoa
                   sem barulho
                      essa fotografia aérea
                  Aqui está
                     num papel
                  a cidade que houve
                  (e não me ouve)
                  com suas águas e seus mangues
                  aqui está
                 (no papel)
                 uma tarde que houve                   com suas ruas e casas
                                                       uma tarde
                   com seus espelhos
                   e vozes (voadas
                   na poeira)
                uma tarde que houve numa cidade
                aqui está
                no papel que (se quisermos) podemos rasgar



Se quiser pode ouvir o poema na voz do próprio Gullar.
http://literal.terra.com.br/ferreira_gullar/porelemesmo/uma_fotografia_aerea.shtml?porelemesmo


A foto, que me foi cedida pelo Alan Cativo, é uma fotografia aérea de Belém nos anos 1960. Ve-se a Praça da República, o Teatro da Paz e a Avenida Nazaré.
Da casa de meu avô:
eu devo ter ouvido
aquela tarde
em meu quarto?
na sala? no terraço
ao lado do quintal?
o avião passar sobre a cidade


Coisas do Círio...

Domingo do Círio saí para assistir a passagem da Berlinda na casa de minha mãe.
Na Quatorze de Março quase, na São Jerônimo, entrei num templo da Igreja Universal da Graça de Deus, ou coisa que o valha, para ver o que rolava ali no dia do Círio.
Sentei, o pastor exortava suas ovelhas: "Felizes são vocês que não se deixam seduzir pelos idólatras, esses aí são como aqueles que não ouviram Moisés e construíram um bezerro de ouro para adorar....
Foi quando o senhor sentado ao meu lado me perguntou: será que a Santa já está chegando no largo?

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Agenda dos candidatos à presidência

Em São Paulo Dilma ora com pastores evangélicos
Serra reza um terço com católicos da TFP.
Em Foz do Iguaçu Serra jejua com Muçulmanos, em Brasília, se reúne com rabinos.
Dilma vai a Salvador encontrar pais e mães de santo.
Serra participa de um culto Hare Krishina.
Pregam em igrejas ortodoxas.
Mandam flores para a berlinda do Círio de Nazaré.
São vistos no Tambor de Mina no Maranhão, na Igreja Quadrangular, na Universal do Reino de Deus, na Presbiteriana Circular, na Batista Confucionista da Sagrada Face, na União dos Umbandistas Católicos, no Centro dos Macumbeiros Marxistas.
Depois de uma sessão de Budismo Tântrico, bebem o Santo Daime, participam de cultos satânicos e no Centro Espírita União do Vegetal.
Estropiados confessam que fumaram maconha, são ateus, a favor da legalização do aborto e da união de homossexuais.

Dilma faz o "pelo sinal"

Será que esta cena se repetirá antes de cada reunião ministerial?

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Serra beijou a cruz

No tempo das cruzadas, quando um califa era derrotado, para ter a vida poupada pelos cristaos era obrigado a beijar a cruz.
Vida salva, virava um renegado.
Os muçulmanos o abominavam pela mais alta traição aos ensinamentos do profeta.
Já os cristãos, sabiam que ele não era um deles.

Foi assim que tudo começou...

Marcha da Família com Deus pela Liberdade, 1964, depois a própria igreja ficou contra.
Está certo que os meninos de agora, que passam corrente pela internet, não têm noção do que isso significa.
Mas, os velhos que estão por tras sabem muito bem aonde isso vai parar.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Idade Mídia

Dilma reza em Aparecida.
Serra beija a cruz em Goiânia.
Qualquer pessoa razoavelmente informada sabe que nem Dilma nem Serra são religiosos. Alguém imagina o Serra rezando um Pai-nosso antes de uma reunião da diretoria da UNE. Ou a Dilma puxando um terço pelas intenções do Comite Central de seu partido.
Portanto nada mais farisaico.
O reacionarismo incivil passou a pautar a campanha.
Os programas eleitorais são as fogueiras eletrônicas nas quais os acusados se penitenciam em novos autos de fé.
Cuidado, daqui a pouco, vão ser cobrados para que as fogueiras reais sejam acesas !!!

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1345

A Berlinda deste ano tinha tons vermelhos e tons amarelos.
Já o papel picado era de todas as cores.

domingo, 10 de outubro de 2010

Povo feio vs povo lindo

O perueiro pintou atrás da van "Ô Povo Fei", observação participante.
O comercial da UNIMED diz: "O nosso povo lindo", demagogia gritante.
Devagar com o andor.
Nós paraenses merecemos ser tratados com dignidade, termos assegurados nossos direitos de cidadania, mas querer dizer que somos um povo lindo é apelação.
Até porque, tanto a beleza como a feiúra têm uma história social e portanto, um profundo significado político.
Um povo dilacerado por doenças, carcomido pela fome e deixado à margem da civilização, tem as marcas da feiúra na face, na pele, no corpo.
Vamos deixar tudo isso por conta dos excessos que a quadra nazarena induz.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Jordy, o fenômeno

Parabéns ao novo Deputado Federal do Pará Arnaldo Jordy.
Nesta eleição Jordy foi um fenômeno.
Obteve um total de 201.171 votos sendo o único a ser votado em todos os 144 municípios do estado. 
Foi o mais votado na região metropolitana.
Em Belém com seus 130.997 votos bateu recorde histórico se transformando no Federal o mais votado na capital em todas as eleições.


domingo, 3 de outubro de 2010

Democracia de mentira

Vocês acham que se este processo eleitoral, para as proporcionais, fosse importante os candidatos seriam estes que estão aí?
A grande maioria medíocres ou bandidos safados sem nenhum compromisso a não ser o de assaltar os cofres públicos.
Se a atividade deles fosse relevante seriam candidatos os cidadãos mais sérios e honrados da sociedade, os mais competentes, os mais criativos, os verdadeiramente bem intencionados e comprometidos com o bem comum.
Não é verdade que qualquer cidadão tem o direito de ser eleito. Uma pessoa comum para ser candidato com mínimas condicoes de se eleger, tem que dispor de pelo menos 5 milhões de reais.
Isso não ocorre só no Brasil, bufões como Bush jr, Berlusconi, Sarkosi e outras excrescências, mostram que esse modelo de democracia já não atende mas os anseios da sociedade.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Belém a periferia está em toda parte

Umarizal, 100 m da Doca.
O pé de comigo-ninguém-pode de ser para afugentar a pressão imobiliária.

1001 livros que voce deve ler antes de morrer

Recebi do Marcos Palácios.

Um link com quase 500 livros em inglês, da série 1001 Books You Must Read Before You Die (edição 2006)
Os livros estão no formato epub, que pode ser lido em vários e-book readers e telefones celulares.
Para ler os livros na tela do computador pode-se utlizar um epub reader. Existem muitos, incluisive um da Adobe Adobe Digital Editions que permite organizar uma biblioteca digital (download em http://www.adobe.com/products/digitaleditions/). Para transformar epub para outros formatos, como o Mobi (que pode ser lido no Kindle), pode-se usar o Calibre (http://calibre-ebook.com/download_windows) O link para os livros está em: http://www.free-download-ebooks.com/1001-Books-You-Must-Read-Before-You-Die3.html ao final da lista dos livros disponíveis.