domingo, 19 de maio de 2013

ADELITA VOLTOU

Quando fui assaltada, com revólver e tudo, um tempo depois tive um sonho.

Estava nua sob um casaco de peles branquérrimo, em Roma, dirigia, loucamente, cantando pneus nas ruelas do centro histórico, um carro esporte italiano (claro), tinha um revólver




E

Eu era uma assaltante.

OU,

pensando melhor, um cover de Brigitte Monfort, a filha de Giselle, a espiã nua que abalou Paris.

Enfim, administrei o pânico virando Panicat e funcionou.

Durma-se!!!!!!!!!!!

sábado, 11 de maio de 2013

O LEITEIRO E O MAQUINISTA DA VALE

Até os anos 1960 faziam parte da paisagem urbana da Bel city os leiteiro, que com suas carrocinhas puxadas a cavalo, destribuíam o leite pruduzidos nas vacarias localizadas nos terrenos baixos das periferias, hoje as baixadas, densamente habitadas.


Geralmente eram portugueses e o leite distribuído tinha fama de ser batizado, misturado com água.

Contam que um dia o cavalo do Manuel veio a obito e como a vida andava-lhe vasqueira não tinha numerário suficiente para comprar outro animal. 
Chama o compadre Joaquim e relata os fatos, ouvindo de Joaquim pragmático conselho:

Imagens do Cotidianos, Jornal Pessoal, Lúcio Flávio Pinto.
Ó Manuel por que tu mesmo não puxas o raio desta carroça?
Jisus, como pode, não tinha pensando nisso antes, amanhã mesmo cedinho recomeço a ganhar o pão de cada dia. Se bem que agora, não te parece compadre, que me perdoe, Nosso Senhor Jesus Cristo, será mesmo o que o diabo amansou, sem a ajuda deste desgraçado quadrúpede que me havia, logo agora, de morreire.
E começou,
E foi levando,
E foi levando.
Um dia encontra Joaquim que pergunta:
Antão já t'acostumastes a puxarei a carroça?
Puxar a carroça já, o que ainda não m'acostumei foi cagar andando.

xxxxxxxxxxxxxxxxxx

Mais de 50 anos depois, na era da Constituição Cidadã, das conquistas da sociedade civil, das medidas se saúde e segurança do trabalho, das CIPAS, das leis de proteção contra o trabalho degradante e insalubre, depois que um operário governou o Brasil, ainda trabalhadores vivem a situação vexatória do Manuel.

Artigo de autoria da Desembargadora Federal do Trabalho Rosita de Nazaré Sidrim Nassar, publicado no repositório UFPA 2.0 em 07/05/2013: As Garantías do Mínimo Existêncial nas condições de trabalho, veja aqui, ganhou repercussão nacional na edição on line da Folha de São Paulo de 09/05/2013.




Leia a matéria aqui.
No dia seguinte ganhou meia página no caderno Mercado.


Com direito a charge do Machado.

Se a questão é lamentável, degradante e lastimável, resta consolo de que o improvisado repositório livre e aberto da produção acadêmica da UFPA, o UFPA2.0 já vai se tornando referência para quem busca informação sobre a região. 



sexta-feira, 3 de maio de 2013

MEMORIAL VICENTE SALLES

Não há melhor oportunidade de lançar ao

ciber-ESPAÇO-sideral

a MEMORABÍLIA VIRTUOSA de VICENTE JUARIMBU SALLES

do que na feira do livro que acende a chama do:

PAÍS QUE SE CHAMA PARÁ.

{[(xama Verequete, ê, ê, ê, ê)]}
[(xama Verequete, ô,ô,ô,ô)]
(Oi chama Verequete, Oh! Verê)

Porque é Vicente que recupera a dimensão cultural do Pará e torna realidade, não apenas "licença poética", a VISÃO dO Paranatinga.

Vicente deu novo PARÁ ao Pará.

Vicente deu novo PARÁ ao Brasil.

Vicente deu novo PARÁ ao Mundo.

(Isso não é exegero do meu estilo "super barroco neon", como classificou o professor de literatura brasileira em Yale Kenneth David Jackson.)

Por isso VICENTE é um argonauta que

DÁ NOVO MUNDO AO MUNDO.

Repetindo a heresia de Vieira "ajuda" o "deus onipotente" a "criar novos céus e novas terras.

Fez do Pará, per omnia secula seculorum GRÃO-PARÁ.

Fez desta bosta aqui, para sempre, um país, um continente cultural.

O GRÃO-PARAZÃO

A vida de Vicente foi marcada por dois grandes compromissos, mais que politícos ou éticos, biológicos, sua razão de viver, por isso sobretudo éticos e sobretudo políticos.

Um com os desafortunados, aqueles que por conta dos desarranjos intestinais da organização social não podiam viver como em Maiuandeua.

E o outro é que Maiuandeua poderia ser aqui.

É por isso que ele é o maior entre os seus pares.
Entre todos os grandes de sua geração.

Ele é o que mais profundamente escava as camadas geológicas do pó dos arquivos, onde se esconde o que sobrou da vida já morrida e como um deus do Pentateuco molda - memento homo, quia pulvis es - refaz, não só um, mais vários. Borbotões de homens esquecidos, e depois de uní-los faz desabrochar a epopéia deste povo.

Ou, como aqueles deuses fortões dos gregos que controem ou destroem céus e mundo, muda o brilho de estrelas e órbitas planetárias.

Ele destrói o Brasil q gravita em torno do Sul maravilha, segundo a graúna do Henfil, o tripé Rio São Paulo Minas, onde se evoca o nordeste como parte do passado, portanto um centro gravitacional da cultural brasileira e demonstra com precisão de astrônomo que existe um novo astro-estado-região-país, outro polo gravitacional da cultura nacional: o Grão-Pará, que era como antes se chamava a Amazônia e diz:

AQUI TEM VIDA INTELIGENTE.

SEMPRE TEVE...

Muitas vezes mais inteligente que no resto do Brasil.

Diz isso para "resto" do Brasil.

E diz também para o que restou de nós.

Em substituição aqueles super-heróis insípidos, desumanos, desumanizados, infra-humanos, sem coração, assexuados como o Pato Donald, que o Positivismo nos legara.

Ele construiu um panteão de heróis pândegos, revolucionários sacanas e libertários, músicos, poetas, boêmios, pais de santos, burgueses ilustrados, operários marxistas, artistas anarquistas, bêbados, militares lúbricos, nacionalistas covardes, padres safados, mulheres extraordinárias, maestros panfletários, putas ilustres, viados visionários.
Gente luminosa de um povo ilustre que dança, canta, brinca, vive, mata e morre sem razão.

PORQUE ASSIM É A VIDA,
PORQUE ASSIM SÃO OS HOMENS,
PORQUE ASSIM É A HISTÓRIA.

No Memorial Virtual já estão disponíveis algumas das microedições que Vicente com recursos próprios produzia e distribuia nas principais bibliotecas brasileiras e outras obras normalmente editadas.

Na sessão Fale sobre Vicente Salles Vicentesalles.wordpress.com/fale-sobre-vicente-salles manifeste sua opinião sobre Vicente Salles ou sobre sua obra.

O Memorial faz parte do Projeto UFPA2.0

Comece a visita agora.

quarta-feira, 1 de maio de 2013