terça-feira, 31 de maio de 2011

Case de Marketing: Baratão das Calcinhas

Em Belém, na Região Metropolitana, não há muro que não tenha pintado um painel do Baratão das Calcinhas.
Sempre que me deparo com um deles fico imaginando uma campanha um pouco mais artística.
O acaso me levou ao Café da Sol onde encontrei o Jaime Bibas que sensibilizou-se pela causa e usando seus dotes preparou estas ilustrações.







segunda-feira, 30 de maio de 2011

Recebí do Pedro Ayres, meu ciberamigo

Flavio
Como não consegui colocar este comentário no teu post sobre a Divisão e destruição do Pará, envio-te agora como texto de email:
Caro Flávio
Há muito que denuncio vários projetos e planos “estratégicos” sobre a Região Amazônica e trechos do Pantanal. Alguns com apoio e estímulo do Governo Federal, como foi àquela aberração perpetrada pelo “brasilianist” de Harvard, advogado formado pela Nacional de Direito, quando ministro de Assuntos Estratégicos do Brasil, graças ao lobby do Ciro Gomes. Os planos para a divisão territorial do Estado do Pará, que inicialmente eram apenas ridicularias políticas e personalistas de quem se considerava mais nativista que o mais nativo, há muito passaram a fazer parte dos projetos expansionistas de empresas como a Cargill, Monsanto e similares, além daquelas que fazem da mineração(destruiçào do meio-ambiente) o seu elemento natural.
São diversas as vozes, múltiplos os depoimentos e denúncias sobre a destruição da Amazônia. Muito mais grave que a própria destruição é o comportamento de "modernidade" e atualização dos moradores da região, como acontece no Baixo Amazonas, em que o poderoso lobby da Cargill luta para criar o Estado do Tapajós. Um processo que também visa o Sul do Pará, com a criação do Estado de Carajás. Este com o apoio, as benessses e os famosos estímulos financeiros das mineradoras e dos desflorestadores.
O argumento é simples, com os novos estados, recursos federais terão que ser transferidos para lá e assim haverá progresso. É uma enorme mentira, pois, passado o período de implantação dos novos Estados, ficará uma pesada e cara estrutura político-administrativa - poder executivo, poder legislativo e poder judiciário. Uma estrutura a ser mantida com impostos e taxas que nem sempre podem existir, pois, há leis federais sobre o assunto.
Esses Estados, que mobilizam o noticiário político regional, tem apenas uma finalidade, aumentar a lucratividade da Cargill e subsidiariamente estimular vaidades políticas no Baixo Amazonas, enquanto que na outra área, os interesses se concentram na agro-pecuária, em madereiras e em mineração. Entretanto, o resultado final será a destruição do rio Tapajós e de todo o seu entorno, o que pode provocar a rápida destruição de lugares como Alter-do-Chão e mais tarde de Santarém como lugares aprazíveis. Um quadro que poderá ser o destino do sistema hidrográfico do Sul paraense. Tudo porque velhos e novos oligarcas têm ambições de poder e riqueza.
Este texto, embora tardio(*), é uma tentativa para evitar o que parece ser inevitável. É evidente que não há o menor desejo de que Santarém ou Marabá voltem no tempo. O importante é não permitir que aconteça o mesmo que se fez em Belém. Belém era uma das mais belas cidades das Américas e hoje é um arremedo de urbe. Uma cidade se torna bela por várias razões: o savoir vivre, a sua arquitetura e o seu povo, um quadro existente até aos primeiros anos da década de 1960. Até a chegada dos bárbaros em 1964, Belém ainda conseguia manter incólume grande parte de seu casario e edifícios em Art Nouveau e Art Deco, principalmente no Centro. Hoje, o que há é decadência e abandono, quando o certo seria transformá-lo em atração turística, fonte geradora de empregos e renda.
Como um assunto puxa outro, como dizia a minha avó, nestes tempos de preocupações ecológicas, há algo fundamental - a preservação da vida humana nas cidades. Uma preservação que signifique qualidade de vida, bem-estar e aumento da cordialidade e da fraternidade. Ora, como querer melhorar a qualidade de vida das pessoas numa cidade que anualmente sofre alterações em seu clima por obra da burrice empresarial e da politiquice clientelista.
É o que se vê em Belém desde que os gênios urbanísticos, esquecidos de que Belém fica na região equatorial e muitíssimo chuvosa, decidiram asfaltar a cidade, com camadas e mais camadas desse derivado do petróleo, como se o País e o Pará fossem dos maiores produtores desse combustível fóssil. Esse "aggiornamento" trouxe para a cidade o aumento constante do calor, a impermeabilização do solo e o fim do mais ecológico, barato, massivo e correto meio de transporte para uma cidade muito quente, - o bonde.
O custo do progre$$o é muito alto e dispendioso em termos de vidas humanas e de risco para o futuro. Lutar pela vida, pela preservação da Amazônia e por um desenvolvimento econômico-social de forma auto-sustentável, sem violentar a Terra e seus habitantes, é o desafio que hoje está posto para quem um dia sonhou por tudo isso e mais alguma coisa. Votar bem no Plebiscito e eleições pode ser o começo para a correção desses rumos.
Ou seja, lutar para a manutenção da integridade física do Estado tem o mesmo sentido da luta dos cabanos. Se há erros e equívocos administrativos que aprofundam o empobrecimento das micro-regiôes do Tapajós e de Carajás, a solução é muito mais barata e menos danosa ao País e ao Estado que esse crime que desejam levar adiante. Uma atitude que em tudo por tudo se contrapõe ao aventureirismo e ao arrivismo de gente como um tal deputado Giovani Queirós, que deslustra e desonra as raízes nacionalistas e progressistas do PDT. Se esse senhor quer apoiar madeireiras, mineradoras e o agronegócio mais predador e explorador, creio que o seu partido é outro. Apoiar iniciativas desse tipo é ser conivente com os constantes assassinatos de líderes e combatentes ambientalistas e camponeses.
(*) http://pedroayres.blogspot.com/2010/12/destruicao-da-amazonia.html

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Síntese da Educação Brasileira

domingo, 29 de maio de 2011

Pety Petista e o caso Palloci

Companheira Pety, como explicar o enriquecimento do Palocci?


- O companheiro Palloci é médico. Quando um companheiro doente tá com problema, vai no companheiro médico, e faz uma consulta. Pois bem, quando tem um companheiro empresário com algum problema procura o companheiro Palloci, faz uma consulta e aí...
- E aí?
- E aí, todo mundo sabe o que acontece. O companheiro empresário paga a consulta.

PSDB e a marcha da maconha em Sampa



- Como podemos interpretar o fato do presidente de honra do PSDB, Fernando Henrique, defender a descriminalização da maconha e o governo do PSDB de São Paulo ter reprimido tão violentamente a passeata da maconha?
- Veja bem, a posição de nosso presidente de honra se define no campo de uma visão dialética hegueliana dos fatos e não necessariamente rotacionados para o universo da práxis.
- Seria como fumar mas não tragar como fez o Bill Clinton?
- Não, isso já exigiria uma outra epistemologia.

sábado, 28 de maio de 2011

Cecebuta héroi do futebol santareno e do Brasil

O Paulo André, meu filho, publicou no blog dele o post Luto no futebol brasileiro que fica sendo o evangelho segundo Paulo.
No segundo Flávio, concluirei o relato.
Nestes relatos, coincidências e contradições, são assim as epopéias.
O Cecebuta é um herói nacional aqui de casa.
Não que tenhamos algum vínculo com Santarém, terra onde o jogador granjeou fama, glória, desgraças.
Foi-nos anunciado por um profeta estrangeiro, entre tantos causos de uma Santarem distante e onírica dos anos 60, no Pará, na Amazônia, no Brasil.

Quando chegava alguma visita "de casa" minha mãe dizia:
- Emanuel conta aí a última do Buceceta!
- Cecebuta, dona Renée.
E assim, aniversários, círios, natais... se misturavam com os detalhes dos rai-frans decisivos do campeonato santareno.
O relato mais famoso era o lance em que Cecebuta alisava o pelotaço, colovava na marca penar e tomava distância indo até a intermediária do tapete verde,
e arrancava,
das arquibancadas a torcida delirava: Cecebuta, CECebuta, CECEBUTA
ele chuta....
PRA FORA !!!
Filha da PUta, filha da PUTA!!!

Vendo a foto que o Paulo André postou no Blog dele, vê-se que tinha a dignidade de um mestre sala, um almirante negro aportato nas águas do Tapajós.
Mas, e se ele era apenas um perna de pau que cobrava penalti de bico?
Pouco importa.
Heróis, não se explicam,
O mito é o nada que é tudo.
Que importa o areal e a morte e a desventura
É o que eu te sonhei que eterno dura
É Esse que permanecerás.

O futebol brasileiro está de luto.


quinta-feira, 26 de maio de 2011

Dividir o Pará para desmatar e matar

Sabendo que os líderes ambientalistas assassinados no Sudeste do Pará são alunos da UFPA algumas conclusões:

  1. A Universidade mudou, universalisou-se, chega a todo o estado e até nos assentamentos.
  2. Os assentamentos mudaram, agora muitos de seus integrantes são estudantes universitários que buscam no conhecimento um novo compromisso social e ambiental.
  3. O que não mudou foram estas elites-bandidas que não tem compromisso nem social, nem ambiental, nem humano. São os mesmos que festejaram a aprovação do controvertido Código Florestal.
  4. São os mesmos que querem a divisão do Pará para desmatá-lo e para continuar matando.

Planos de Saúde

Tempo passando, velhice chegando vi que estava na hora de fazer um plano de saúde, isso foi em 1993. O que me pareceu mais confiável foi o da Beneficente Portuguesa, nascido lá, pensei, que principio e fim no mesmo local, pudessem atar as duas pontas da vida e encerrar em um círculo perfeito minha trajetória na terra.

Mas a decisão chegou mesmo quando li os estatutos da entidade, o artigo 111 dizia: A bandeira da Sociedade será hasteada nos seguintes casos:
...
.. - A meia haste...
.  - Por três dias em caso de falecimento de sócios pertencentes a qualquer classe...


Não tive mais dúvida, bandeira a meio pau não é pra qualquer um.
Assinei o contrato.



P.S.1: Hoje você morre no hospital da Unimed e mesmo assim, no mês seguinte ainda mandam cobrar a mensalidade do defunto.
P.S.2: Alguma vez na vida temos que parafrasear o celebre verso do Machado de Assis sobre o Natal, é chegada a minha vez: mudaram os planos de saúde ou mudei eu?

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Mais uma

Chuva da tarde derrubou mais uma mangueira, agora foi no Largo da Sé.
Cada queda leva um pouco de nossa face.





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Alunos da UFPA assassinados em Ipixuna




São alunos de Curso de Pedagogia do Campo UFPA/FETAGRI/PRONERA
os camponeses e líderes dos assentados do Projeto Agroextratista, José Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo.
O casal de seringueiros foi assassinado, no início da manhã desta terça-feira (24), em Nova Ipixuna do Pará, sudeste paraense. José Cláuido Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo foram mortos a tiros em uma estrada vicinal que leva ao projeto de assentamento agroextrativista, Praia Alta Pirandeira. O casal morreu na hora. Os seringueiros combatiam a exploração ilegal de madeira na região. A Polícia Civil de Nova Ipixuna do Pará faz buscas na região atrás de pistas dos assassinos.

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Lição de Álgebra política, ou nome de mãe não vale

Uma das funções algébricas é a fatoração.
Por exemplo, se eu quiser saber quanto é 4000 dividido por 200 e eu achar que isso é uma conta difícil, eu posso fatorar os dois por 100 e ai eu terei 40 dividido por 2 que é igual a 20 tanto quanto os primeiros 4000 dividido por 200.
Logo o excesso de 100 vezes maior não alterou o resultado da divisão, a relação entre as grandezas.
Tudo isso para dizer que precisamos fatorar os partidos políticos brasileiros do fator corrupção.
Vamos fatorar, PMDB, PSDB, PT, DEM, PDT, PSB e outros mais nanicos do fator corrupção.
Partidos políticos = (corrupção x PMDB) + (corrupção x PSDB) + (corrupção x PT) ....
Fatorando, tirando o que de igual eles tem, ou seja a corrupção, vai restar o que cada um fez ou pode fazer pelo Brasil.
Pode parecer cínico, mas eu acho que daria mais objetividade nas discussões da imprensa das Câmaras dos deputados, nos blogs, etc.
Se quisessem, ainda no campo do cinismo, seria o império do rouba mais faz.
Admitiríamos o óbvio, todos roubaram, ou roubam, ou roubarão, mas quem além disso fez, faz ou fará.
Nos programas eleitorais os partidos demonstrariam roubamos tanto, tivemos tantos processos recusados no Tribunal de Contas, tantas ações de improbidade, temos tantos deputados processados pelo Ministério Público, mas em compensação, fizemos isso e mais aquilo.
Como nas antigas brincadeiras de rua que tinham uma regra magna: Não pode meter o nome de mãe, aqui não se poderia chamar ninguém de ladrão.
O cabra teria que roubar sem deixar rabo, trabalhar muito e fugir da Lei.
Assim poderia ser que os grandes temas do Brasil pudessem ser discutidos.

terça-feira, 24 de maio de 2011

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O bom selvagem ainda vive em corações e mentes

Na II Reunião Internacional do Fórum Landi a lenga lenga sobre a necessidade de preservar a população ribeirinha do Beco do Carmo se fez presente.
Seria tão bom se estes sociólogos de Batista Campos, Nazaré ou Umarizal percebessem que ninguém esta ali porque quer, muito menos por algum vínculo atávico à beira do rio.
As pessoas não moram ali por questões culturais, elas moram ali por um processo de exclusão social, que lhes impede de viverem em ambiente saneado e urbanizado.
Não existe nas cidades ribeirinhas, a não ser naquelas marcadas por processos de segregação como é o caso de Laranjal do Jari, concentrações habitacionais como as que se verificam nestas beiras de cidade, nem se vive em tão precárias condições sanitárias.

No fundo no fundo, essas ideias refletem os preconceitos eurocentristas que estão na base do mito do bom selvagem. Aquelas pessoas (elas, os outros)  não podem sair da ancestral beira d'agua porque, coitadinhas, são incapazes de racionalizar e ao serem transplantadas serão acometidas de profundo banzo.


P.S 1: Quantos de nós, urbanos de origem, não fizemos percursos entre diversos pontos da cidade? Eu por exemplo, nasci e me criei em Nazaré, depois me mudei pro Jurunas, e lá pude viver sem ouvir os sinos da basílica e sem pisar nas pedras de Lioz.
P.S 2: Proponho a estes preconceituosos que façam um experimento, escolham algumas famílias e encontrem algum modo sutil de repassar renda para elas. Vão todos se mudar para um lugar digno em área urbanizada.
P.S 3: É muita ingenuidade pensar que no Capitalismo a cultura dominante não seja a cultura do Capitalismo, tanto ricos como pobres são dominados pelos valores desta cultura. Estes valores conferem status superior morar em casa de alvenaria em bairro saneado, logo ninguém aspira morar fora deste padrão.
P.S. 4: Esta transposição mecânica de métodos da Antropologia, usados para analisar culturas isoladas, para situações urbanas tem dado muitos equívocos.

domingo, 22 de maio de 2011

A Primavera chega à Europa

O blog acertou prevendo que a primavera árabe iria se expandir pelas bordas do Mediterâneo e que era impossivel prever até aonde iria.
O El País, deste sábado, publicou matéria sobre o que já estão chamando Revolução Espanhola, ou Revolução 15-M. Vejam as principais reinvidicações, elas determinariam uma mudança radical na política e na economia do país com reflexos no resto da Europa.



Entre os questões acordadas nas assembleias populales que acontecem em todo o país:
- Abolição de leis injustas. Suprimir e substituir normas como a Lei Sinde, o Plano Bolonha, a Lei de Estrangeiros, a Lei de Partidos ou a Lei Eleitoral. E apoiam que as leis chaves que as Cortes aprovarem sejam precedidas de um referendo.
- A Terceira República. Alguns querem um referendo para votar monarquia ou república, outros apostam diretamente em fazer desaparecer da Constituição tudo o que tenha a ver com a casa real.
- Reformas fiscais. Defendem "favorecer as rendas mais baixas", para que "os que têm mais paguem mais" e que "o IVA seja um imposto progressivo". Além disso, entre muitas outras coisas, querem que "se estabeleça a taxa Tobin para agravar a especulação e o movimento de capitais e que o obtido por esses impostos seja revertido em políticas sociais". Defende-se também "nacionalizar os bancos socorridos".
- Transporte e mobilidade. Favorecer o transporte público e alternativo ao carro, criar uma rede de ciclovias, subvencionar o abono transporte aos desempregados.
- Reforma das condições trabalhistas da classe política. Defende-se a supressão de salários vitalícios, a formação regrada, a revisão e balanço das políticas ao concluir cada mandato, listas eleitorais limpas e livres de acusados de corrupção política.
- Desvinculação total da Igreja do Estado e divisão de poderes. A religião deve ser circunscrita à intimidade, e os clérigos devem ficar longe da política.
- Democracia participativa e direta. Apostam em um funcionamento da assembleia em base cidadã (bairros, distritos...) apoiado na Internet e nas novas tecnologias. Pedem também participação nos assuntos relativos à gestão dos orçamentos pelas diversas administrações. Em geral, descentralização do poder político.
- Melhora e regularização das relações trabalhistas. Basicamente, trata-se de acabar com a precariedade salarial e o "abuso" dos subvencionados, estabelecendo um salário mínimo de 1.200 euros, com um Estado que garanta o emprego e a igualdade salarial.
- Ecologia e meio ambiente. O fechamento imediato das centrais nucleares e apoio às economias sustentáveis.
- Recuperação das empresas públicas privatizadas. O governo deve se encarregar novamente da gestão.
- Força do Estado. Redução do gasto militar, fechamento das fábricas de armas e negativa à intervenção em qualquer cenário de guerra.
- Recuperação da memória histórica. Condenação do franquismo.

Quem quiser ler toda a matéria confira no linque: http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/elpais/2011/05/21/manifestantes-espanhois-comecam-a-organizar-suas-reivindicacoes.jhtm

Location:Av. Visc. de Guarapuava,Curitiba,Brasil

O tacacá

Recebí da Academia do Peixe Frito e passo pra vocês.



O TACACÁ¹
Vera Mogilka²

"O tacacá, toma-se? bebe-se? sorve-se? saboreia-se? Não, O tacacá deseja-se, de repente, como se deseja uma mulher, como se deseja retornar ao amor da adolescência.

O tacacá possui o toque agudo da saudade. A memória de seu sabor salgado e ardente assalta-nos sem aviso, em pleno dia, em determinadas horas de distração. Naquele momento involuntário de repouso quando, por fim ao cair da tarde sobre o rio, respiramos. Certo e pequeno instante, dezenas de sugestões cruzam a mente. Todos os atos gratuitos e cheios de graça da vida: uma criança correndo na grama, braços em repouso e um regaço, mãe amamentando o filho, avião acendendo e apagando as luzes na bruma da noite, navio singrando a baía, luar úmido sobre igarapés - vontade de tomar tacacá. Desejo de tacacá. Porque, para tomá-lo, é preciso, antes de tudo, um ritual.

É preciso que seja ao anoitecer. Ainda não de todo noite completa; ainda não dia findo. Àquela hora semi-crepuscular, indecisa e feminina quando, por fim, o céu se envolve de um azul-cinzento intenso ou aquela chuva antes da saída da lua. É preciso que estejamos cansados, tão fatigados que nada nos afigure mais necessá rio, naquele momento, do que tomar um tacacá. Nem o bate-papo informal com o amigo. Nem o café no Central. Nem o olhar à mulher que passa. Apenas, a pro cura, a única procura por um tacacá, com pouca pimenta ou muita e bem quente.

Depois, é preciso que haja um banco. Tacacá toma-se sentado para que o corpo repouse e possa se entregar completamente ao prazer de saboreá-lo. Porque o tacacá é extremamente absorvente. Quando bem feito, o que ocorre pouco. Pois fazê-lo e tomá-lo é uma arte. É preciso, também, que a noite desponte ao chegarmos junto ao carrinho de tacacá. E comece a chover, levemente. Faça algo de frio, algo de úmido. O que não é difícil em Belém.

Depois, como estamos cansados e queremos esquecer, esperamos. Uma paciência longa e calma, até que a dona do tacacá termine por prepará-lo. De preferência que seja em Nazaré ou olhando a Igreja da Trindade. É preciso que o tucupi seja leve, amarelo-canário e novo. Que a goma bóie no líquido, espalhada por acaso e se mostre apenas por alguns instantes; que não haja muita folha; que os três ou quatro camarões sejam médios, nem grandes demais ou minúsculo e somente uma parte deles apareça, a ligeira carne rósea a deixar-se entrever, adivinhar-se na cuia olorosa. Depois, é preciso que haja sal e pimenta de cheiro, mas não em demasia; o suficiente para nos queimar a alma nos primeiros goles e reanimar o corpo; então renascemos para a noite e a alegria novamente nos habita. O suficiente apenas para desvanecer seu fervor após esses primeiros goles e tornar-se depois, uma presença quente, já quase uma memória, na ponta da língua.

É preciso saber tomar o tacacá. Aos primeiros sorvos integralmente seu calor, sua salinidade, seu gosto de mar quente, de arbusto e molusco que os lábios experimentam fugidiamente. É preciso que o jambu e os camarões pousem lentamente no fundo da cuia e venham à boca, por si mesmos, sem o auxílio dos dedos. É necessário que não sejamos interrompidos. Apenas um aceno de cabeça aos conhecidos que passam. Um filtro mágico que se bebe em silêncio e solidão. Somente a comunicação imperceptível com a tacacazeira: feiticeira moderna numa terra onde as lendas ainda sobrevivem em um mundo que se materializa inexoravelmente.

Chegados ao fim do tacacá, é preciso que o mesmo ainda se conserve morno, assim como o fim de um amor. Jamais frio. Não existe nada pior do que um tacacá frio. É como champanhe sem gelo. Neste momento tomaremos contacto real com as grandes porções maternais de goma penetradas pelo tucupi e pela amargura das folhas. Há sempre um gato gordíssimo perto do carro de uma tacacazeira. Ele comerá,
displicentemente, as cascas de camarão que atirarmos ao chão. A cuia está vazia.

Agora, o mais importante: jamais repetir o tacacá, na mesma noite. A segunda cuia nunca devolverá o sabor da primeira. O primeiro tacacá daquele dia é único, autêntico, original, insubstituível como o gosto do primeiro beijo. Como a primeira entrega de amor. Porque os tecidos de nosso cansaço e de nossos desejos são satis feitos. Porque foi necessário todo um dia infrutífero e todo um sol de toda uma chuva para alcançá-la. Todo o equívoco das relações humanas, toda a falta de solidariedade, de cortesia, de amizade e de comunicação com os outros.

A decep ção será fatal se arriscarmos um segundo, fiéis à gula. É preciso permitir-se um resto de fome, um resto de desejo para o dia seguinte, um resto de tristeza intransferível. Quando a baía abrir suas margens de musgo para recolher as asas do dia; quando a lua surgir em seu halo de chuva; quando chegarmos ao fim de nossas tarefas cotidianas, então, novamente, sentiremos na ponta da língua a subtaneidade acre do tucupi. Paraenses, não vos espanteis com essa narrativa. O que, para vós é banal e acessí vel desde a infância, para um sulista é um mistério, uma surpresa e um inédito prazer. Muito comum é o visitante de outro Estado que vem a Belém pela primeira vez e olha, desconfiado, aquele grupo de pessoas ao redor de um carro de tacacá. Os movimentos das mãos da tacacazeira lavando as cuias e servindo-as, Os utensílios tos cos, rudimentares. O turista, cheio de suspeitas e de teorias anticépticas, recusa-se a prová-la com argumentos de falta de higiene. Procura máquinas a vapor que sequem automaticamente as cuias. Busca torneiras reluzentes de onde jorre um tucupi sintético e insosso; e só encontra aquela magia indígena, obscura, incons ciente perante a qual recua porque seu coração não possui mais raízes fixas no mistério da natureza. Porque não é mais um homem natural.

Paraenses, vós desconheceis vossas próprias riquezas. Dia chegará a que o gi gante levantará a grande cabeça de florestas de seu berço esplêndido e o Brasil será redescoberto (não mais pelos portugueses). O tacacá deixará de ser um usufruto particular e banal. E, em clima frio e chuvoso como o de São Paulo será servido à noite, entre centenas de sessões de cinemas super luxuosos. Milhares de tacacás industrializados, produzidos por intrincados mecanismos de alumínio e aço. E o mistério amazônico perder-se-á para sempre. Será recolhido ao coração de alguma floresta ainda virgem, porém, impenetrável e densa. Lá onde os homens não possam mais capturá-lo e bebê-lo, distraidamente, sem amor e sem ritos. Lá onde, enfim, seu selvagem sabor repouse intacto e inacessível no bojo do tempo.

¹

- Crônica publicada dia 16 de fevereiro de 1964, no jornal "A Província do Pará" , editado diariamente em Belém do Pará.

² - VERA MOGILKA, turista gaúcha, retratou de modo interessante o Tacacá em diversos dos seus aspectos.

Esta crônica foi transcrita no livro “A mandioca na Amazônia”, de autoria do engenheiro agrônomo Milton Albuquerque, pesquisador do Instituto Agronômico do Norte, hoje Embrapa, em Belém do Pará, em 1966.

sábado, 21 de maio de 2011

Festa do arromba, familia do barulho

Problema de família quem não tem?

É possível que no passado os paparazzi, bisbilhoteiros que fotografavam gente famosa para revistas sensacionalistas, fossem algo autônomo dos famosos e que fizessem da bisbilhotagem meio de viva fácil. Agora viraram o outro lado dos famosos. Um não vive sem o outro, os famosos não seriam famosos se não existissem os paparazzi e os paparazzi só existem porque existem aqueles ricos que querem ser famosos e pagam por isso. São os ricos que querem ser ricos e famosos.
Hoje agências especializadas promovem a canonização destes ricos à beatitude de famosos.
Possivelmente as fotos de Pippa chegaram aos jornais sensacionalistas pelas mãos desses assessores de imagem.
Veja que as imagens nada tem de grotesco, ou anormal, estão dentro do padrão de normalidade moral de nossa civilização cristã ocidental: Uma moça de biquini, dança com um ficante ou namorado depois de beber uísque com os amigos.
Tudo bem que tem o sabor da bisbilhotagem, de BBB, de invasão da privacidade, de olhar pela fechadura. A conotação de escândalo e, se possível, com uma condenação moralista, as vezes, motivada pela inveja, ajudam a receita ficar perfeita e a repercussão maior.
Quanto mais o assunto rola mais aumenta a audiência inclusive do blog aqui que tá bombado.
Neste mundo no qual sacristia tem rimado com orgia, nada, de fato, escandaliza ninguém. Vivemos só das aparências.
Pode ser que minha avó se escandalizasse.
Pode ser que minha mãe não ache certo.
Mas acho difícil, alguma vovó da faixa dos 50-60 anos, de hoje, se escandalizar.
Problema de família só a bailarina é que não tem.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

O fim está próximo !

Do poeta e escritor inglês  Willian Blake: “Quando a Imaginação, a Arte e a Ciência desaparecerem, quando todos os Dons Intelectuais, todos os Talentos forem considerados inúteis, e apenas restar a mediocridade, então começará o Último Julgamento.”

quinta-feira, 19 de maio de 2011

O secretariado de Jáder que tomou posse em 1983

Aldo Costa e Silva (Administraçao), Itair Silva ( Justiça), Roberto Ferreira (Fazenda), Maneca (Obras), Almir Gabriel (Saúde), Hilton Queiroz (Educaçao), Arnaldo Moraes (Segurança), Simão Jatene (Planejamento), daí em diante não consigo identificar.

Foto Leila Linkings

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Hamlet ao Toocupt

Pety Petista e Ferdinando Toocano em: A vida é a arte do encontro,
Ou como nos achamos perdidos no meio da divisão do butim Pará.




- Eu sou você!
- E eu sou você !
- Enfim estamos de acordo!
- Não temos posição.

O retrato de Landi

Uma das aflições que acometem aqueles que estudam a obra de um personagem pretérito, do qual quase se sente, já, uma certa intimidade, é como ele era? Como sua face, compleição, gestos?
Talvez por isso pintores e escultores não resistiram e criaram os vultos de Moisés, Homero, Rômulo, Maomé, Cristo.
Haroldo Maranhão, me disse que ainda tinha esperança de encontrar, em Lisboa, alguma foto do Felipe Patroni, que aguardava a venda do seu acervo para o governo do estado, para assim empreender, nos alfarabistas lisboetas, sua definitiva pesquisa. Ele não pode concretizar esta viagem.
Não seria diferente com os que estudam Landi, muitos me perguntam por uma foto do arquiteto, pacientemente respondo, foto no século 18 não seria possível, mas um retrato, quem sabem um dia apareça.
Em 2005 durante o curso de pós-graduação promovido pelo Fórum Landi, e a portuguesa Isabel Mendonça, maior estudiosa da obra do arquiteto, explicava a imagem de abertura do álbum dedicado aos Reis de Portugal que se encontra na British Library, descrevia a figura que se apresenta diante do rei como simbolizando a República de Bolonha. E ficou por aí.
Depois do intervalo perguntei: se aquela é a representação alegórica de Bolonha, o rosto da figura que conduz a bandeira onde se lê: LIBERTAS, não seria um auto-retrato de Landi.
Fez-se um silêncio.
Depois ela disse: nunca havia pensado nisso antes.
Clique na foto para ampliar.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Turma da Mônica tá aumentando

Ascendendo na carreira da fama, depois do JN a imprensa nacional agora descobriu as estripulias desta turma que continua crescendo. Matéria da Carta-Capital revelou o que todos já sabiam.



O Intérprete da Tucanidade explica a fusão do PSDB com o DEM

Ferdinando Toocano interpreta o significado profundo da fusão PSDB-DEM

Tanto faz se vamos assimilar o DEM ou se seremos assimilados pelas posições deles.
Será uma fusão é homoafetiva.
Absolutamente legal!!

Como se fazem os livros

Os livros, como as ideias, estão soltos no ar
Como estratificações geológicas
E se deslocam em velocidade diferente da rotação da terra.
Para capturá-los, basta levantar a mão e apanhá-los.
Se os colho horizontalmente, levantando a mão e esperando que se acumulem, ou movimentando o braço pra frente, sempre na mesma camada, tenho um livro lógico, com princípio meio e fim.
Se os apanho verticalmente, dos diversos extratos, terei livros que misturam tempos e espaços.
Essas camadas onde se tiram os livros, se formam do barulho das coisas, gemidos de bichos, miados de gatas, rumor das plantas crescendo, das partículas atômicas girando, ou pulsando, dos líquidos correndo nos corpos, dos pensamentos ainda inconclusos.
Quando alguém tira do ar um pedaço deste magma primal, ele se recompõe como pele depois do corte.
Por isso, muitas vezes, temos livros ou ideias repetidos: os autores colheram duas ou mais vezes do mesmo lugar.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Pety Petista explica: Comissão da Câmara Federal na ALEPA

Pety, se todo mundo sabia de tudo desde todo o sempre, da corrupção na ALEPA por que só agora o Deputado Puty Petista tá se preocupando com o problema?




- Beim o companheiro Puty, está aqui propondo a investigação porque enquanto não se restaura a moralidade nos locupletamos todos.

O mundo depois de bin Laden

Nem melhor como apregoa Obama, nem pior, o mesmo.
Depois da opiniao de Paul Craig, sub-secretário do tesouro dos EUA no governo Reagan, no artigo a Segunda morte de bin Laden, que pode até ser visto como um exemplo de teoria conspiratória da história, mas que tem coerência. É um caso de esperar para ver.
Craig conclui:  As várias mentiras e enganos, tais como "armas de destruição maciça", das últimas administrações têm consequências terríveis para os EUA e o mundo... Recordem, toda a razão para invadir o Afeganistão era em primeiro lugar para apanhar bin Laden. Agora que o presidente Obama declarou que bin Laden levou um tiro na cabeça, dado pelas forças especiais dos EUA a operarem num país independente e que estas o lançaram ao mar, não há razão para continuar a guerra. 
Talvez o declínio precipitado do US dólar nos mercados de câmbio estrangeiros tenha forçado algumas reduções reais no orçamento, as quais só podem vir da travagem de guerra ilimitadas. Até o declínio do dólar ter atingido o ponto de ruptura, Osama bin Laden, o qual muitos peritos acreditam ter sido morto há anos, era um bicho-papão útil para alimentar os lucros do complexo militar e de segurança dos EUA. 
Mesmo que a al Qaeda tenha reconhecido a morte, isso nao significa nada, ou, significa o mesmo que manter reconhecendo ele vivo, se por acaso morte estivesse.
A morte de um homem sem corpo, de um mito, pode ser conveniente para os dois lados em guerra no Afeganistão. Tem o sentido manter tudo onde sempre esteve. Tudo como dantes no quartel de Abrantes.
Na Sociedade do Espetáculo seguindo o pensamento de Guy Debord não há fatos, só versões.
Está foi talvez a manifestação mais radical disto, e por ser a primeira ainda plena de imperfeições.
Nenhum acontecimento recente teve tantas e tão contraditórias verões: o discurso do presidente foi desmentido pela CIA, que foi desmentida pelo FBI, que foi desmentido pelo Pentágono, que foi desmentido pelo Paquistão e que foram todos desmentidos pelos fatos.
Outras virão nas quais os erros serão minimizados.
E assim:
Osama vai se reeleger em cima da morte do sem corpo.
A al Qaeda tem uma razao para intensificar a luta.
A primavera arabe segue seu curso.
A Europa sua crise.
Os BRICS seguem seguindo...

domingo, 15 de maio de 2011

O que é gente diferenciada

Enquanto o povão de Belém sonha com um Metrô, um povinho de Higienópolis acha uma heresia colocar um maldito trem desses num bairro tão tradicional.

Veja no Blog do Paulo Andre Nassar.


Modelo de metrô de superfície a ser usado em Goiânia.

A revolução das mulheres na primavera árabe


Fala-se de primavera árabe, de forma genérica.
Primavera é uma palavra feminina e na Iconografia a estação das flores é sempre representada por uma figura feminina, mesmo nas culturas de línguas onde é uma palavra sem gênero, ou neutra, como no inglês.
Pois bem, dentro deste conjunto de acontecimentos diversos e complexos que de forma genérica se está chamando de Primavera Árabe, está acontecendo, mesmo que isso não esteja sendo divulgado pela impressa ocidental, uma revolução, uma revolução das mulheres árabes: jovens, trabalhadoras, universitarias, intelectuais, mães de família, todas tem tido um papel decisivo.
Quem duvidar clique na foto para ampliar, conte os véus, as burcas, os hijabs e leia este artigo de Juan Cole professor de História da Universidade de Michigan e Shahin Cole professora da Universidade de Direito de Punjab, no Paquistão. Aqui.

Ferdinando Toocano e a divisão do butim Pará

Ferdinando Toocano, o interpreta a opinião do PSDB sobre a divisão do butim Pará.


Um pedaço de mim diz que sim.
Um pedaço diz que não.
Outro pedaço não sabe.
Oh, dúvida cruel !
Estamos em cima do muro.
Literalmente !!!!

Pety Petista e a divisão do Pará:

Pety Petista, a Garganta do PT, informa a posição do Partido quanto a divisão do butim Pará.


Companheiros é um seguinte:
Uma parte do partido quer.
Outra não quer.
Outra esta consultando as bases.
Outra esta aguardando o posicionamento do Diretório Nacional.
Outros estão consultando as Tendências.
Outros ouvindo os coletivos.
Outros vão reunir os mandatos.
Tá ralado !!!!

sábado, 14 de maio de 2011

Meus cães pastores Malinois

Viver é perigoso, dizia Riobaldo Tatarana, já velho, no Grande Sertão de Guimarães Rosa. Viver em Belém, mais ainda, no Marahú em Mosqueiro nem se fala.
Para evitar assaltos e roubos só cachorro e dos brabos e vários.
Eu não gosto de Rottweiler e Pitibull, máquinas mortíferas e feios, deselegantes. Pastor alemão é vulgar. Apesar de bonitos tenho um certo receio dos Dobermans. Estava assim envolto em dúvidas quando achei umas fotos do pastor Belga Malionois, eram bonitos, elegantes, inteligentes, - e como diz aquele comercial de inseticida: terrível contra os insetos - terrível contra os intrusos, amigo e carinhoso com a família do dono e calmo com os amigos do dono.
Unem beleza com brabeza.
Doçura com bravura.
Foi assim que comecei a criar estes bichos. Já nasceu uma ninhada, a segunda e agora vou começar a anunciar a terceira.
Este o Otto, sempre atento.

E esta é a Helga, campeã de fidelidade.

E estes são um filhotes da primeira ninhada.


Depois do assassinato do bin Laden vi uma reportagem que os Malinois são uma das raças preferidas para as ações do temíveis SEAL, pelo seu equilíbrio emocional e obediência.
Como disse o Arlindo Guimarães, dono da Amazon Bier, que esta comprando filhotes desta ninhada, agora, quem tiver um Malinois, alem de protegido contra ladrão estará também de terrorista.
Para saber mais sobre esta raça visite meu blog Marahú SmartDogs.

Esclarecimento

Em função de alegados problemas de manutenção no Blogger, provedor que hospeda e mantém o Blog, algumas postagens se perderam.
Estou tentando recupera-las, na medida do possível, inclusive os comentários.

Que decepção!

A partir de estudos da gravidade, cientistas concluíram que esta é a verdadeira conformação da terra.
Que decepção!!
Uma bola de papel amassado.
Aquele globo perfeito, redondinho, girando, girando é uma peça de ficção.
Aqueles planisférios pendurados nas salas de aula são tudo imaginação.
São inventados.
Tudo para ficar de acordo com o platonismo das formas perfeitas.
Das idéias perfeitas, do real se ajustando ao ideal.
Afinal deuses não fariam um trabalho destes.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

A cruz e as algemas: metamorfoses


A cruz símbolo maior da cristandade, já foi um sinal de infâmia.
Só os condenados aos crimes mais nefandos e torpes eram nela supliciados, para os mais brandos a forca, o apedrejamento, etc.
Jesus foi uma exceção, já que, de acordo com a Teologia da Libertação, seus crimes seriam de natureza política e o Sinédrio de Jerusalém, com a abstenção de Pilatos, quis exemplarmente humilhá-lo.
Hoje, e mais ainda nos séculos que nos precederam, ela está presente no cimo das catedrais, nos altares, nas casas, nos hospitais, em seu nome são sagrados papas e reis, somos batizados, crismados, enterrados, etc.
Em suma, é o símbolo que resume o Ocidente.
Sempre que eu via aquelas cenas nas quais grandes nomes da república eram algemados pelas PF, eu ficava pensando, será que em um futuro dominado por nova religião, as algemas terão a dignidade da cruz e os hoje algemados serão como santos?

Pelo sinal da santa algema livrais nos Deus...

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Metrô para Belém 2

Márcio Holanda, talvez paraense, talvez belemense (me recuso a escrever belenense), morando no exterior descobriu o Blog e comenta este que é um dos posts mais comentados daqui:
Oi Flavio. Encontrei teu blog e gostei muito da discussao. Moro fora de Belem, e do país, ha alguns anos. E sinto a enorme diferença entre os lugares que ja visitei e quando volto para a cidade das magueiras. E precisamos de um transporte de massa urgente para interligar os bairros distantes até o centro. Isso beneficia quem anda de transporte publico e privado.
Acho que a discussao nossa é, alem de politica, monetaria. Contruir un metro subterraneo seria inviavel as condiçoes economicas da cidade e do Estado. Uma solucao seria um sistema de metro light, como feito no Porto, em Portugal. Ou mesmo de monorail, uma estrutura muito mais leve que construtir viadutos para os trilhos e que impactam bem menos na paisagem da cidade. Assim é em Osaka e Kuala Lampur.
Em Milao, uma metropole de apenas 3,5 milhoes de pessoas, tem mais quilometros de trilhos que a cidade de Sao Paulo. E a passagem custa 1 euro, praticamente o mesmo que os belenenses vao comecar a pagar depois do novo ajuste do bilhete. Tambem nesta cidade italiana, basta pagar 30 euros ao mes para ter acesso a todos os meios de transportes, quantas vezes quiser, bem menos o valor que o paraense paga por mes de transporte publico.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

A foto do morto


Este foi um morto com corpo.
Ninguém mais duvidou que ele estivesse morto.
Mas se a foto mostrou o morto morto, já o resuscitou como mito.
É por isso, que agora, se o morto, morto esta, não vão revelar o corpo.
Mas este novo morto, mesmo sem corpo, já virou mito de novo.
O show ainda não terminou.

Confesso que gostei

Não tinha professor de Espanhol,
Nove turmas iam ficar sem aulas, inclusive concluintes.
A profa Rita de Cassia da Casa de Estudos Hispano-americanos encontrou um convênio com o Instituto Colombiano de Crédito Educativo e Estudos Técnicos no Estrangeiro (Icetex) que nos permitia intercâmbio de professores.
Com a ajuda da PROAD conseguimos contornar todas as dificuldades e os professores já estão dando aulas.
Houve até uma cerimônia de apresentação deles
Foi aí que o Centro Acadêmico de Letras me surprendeu com um agradecimento formal. Uma carta assinada e tudo.
Eu pedi uma foto.

Osama, o pai

Miguel Rep cartunista argentino é crítico, não é politicamente correto.


- É assim filha.
- Todos temos um branco em nosso interior.
www.miguelrep.blogspot.com

As falácias secessionistas 2

Ainda no tema das distâncias entre o Estado e o cidadão. Isso não tem nada a ver com proximidade física com a capital. Quantos dos cidadãos de Belém estão excluídos socialmente? E em Curaçá, em Timboteua, no Marajó? Em alguns casos, um morador das baixadas pode ter uma qualidade de vida pior do que um morador da Transamazônica ou de um caboclo tapajônico.
Se por um lado, um território vasto representa riquezas e um potencial econômico, é verdade que as distancias físicas não podem deixar de ser consideradas, mas não na perspectiva dos secessionistas, o problema é a acessibilidade, é a falta de ligação entre as pessoas, é a desconexão.
Hoje vivemos o momento de desterritorialização, fluidificação, de simultaneidade.
Um grande território, longas distâncias não separam mais pessoas. Não separam Instituições de pessoas. Não separa o Estado da Sociedade.
Resumindo, levando acessibilidade digital a todo o território paraense grande parte dos problemas de hoje poderiam ser resolvidos.
O Estado chegaria a todo o estado.
Um programa de educação à distancia revolucionaria com conhecimento todo o nosso território.
A mesma base tecnológica possibilitaria um programa de saúde de maior capilaridade do que os convencionais.
Também, esta infra-estrutura de conexão permitiria implantar todas as modalidade de e-goverment, de governo cidadão, de assistência técnica para pequenas empresas, para produtores rurais etc.
Enfim, para tudo que até agora foi problema, os novos meios digitais tem solução.
Quanto custa?
Com estes R$ 3,20 bilhões, valor estimado para a implantação dos novos estados dá para fazer no Pará uma revolução de proporções inimagináveis, uma mudança muito maior do que esta maquiagem obsoleta que estão propondo os espertalhões secessionistas.
Se o que os move é de fato este sentimento mais do que civil, diria cristão, franciscano, de atender os mais desvalidos no rincão mais distante, na barranca mais longínqua, com a mão do Estado, faço este desafio, vamos mudar de fato e não apenas as aparências.

P.S.1: Veja o estudo do professor Fábio Castro.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Pipa, irmã da duquesa, faz top less em Ibiza


A família disse que vai processar o jornal.
Saiba mais, aqui.

As falácias secessionistas 1

O argumento de que a vastidão territorial impede ao Estado se fazer presente na vida do cidadão é uma falácia, mutatis mutantis, então o Brasil não teria sido viável se comparado aos países europeus e aos vizinhos sul americanos.
Hoje todos os países  do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), os emergentes da economia mundial, que possivelmente dominarão o século 21, tem grandes dimensões territoriais. Neste raciocínio comparativo, um estado com vastidão territorial poderá ter, no futuro, melhores condições competitivas. Ou o inverso, se tamanho fosse documento, Alagoas e Sergipe dariam show em IDH, renda per capta, PIB.
Um território vasto representa riquezas e um potencial econômico.
Aqui uma outra pergunta, onde está o poder municipal que também representa o Estado no atendimento aos mais necessitados, será que por um passe de magia, a partir da separação do Pará esses podres poderes, igualmente corruptos e incompetentes vão se tornar eficientes, democráticos e transparentes? Se é assim, porque que não começaram a mostrar qualidade desde há tempo?
Por que os secessionistas que dominam a política nesses municípios não os transformaram em referência nacional para mostrar que o atraso vinha do velho Pará capital Belém? Não faltaria recurso, programas há no governo federal para quem é bem intencionado - seja ou não do partido situacionista, há órgãos especializados em políticas municipalistas, há ONG, entidades internacionais. Ou seja, se eles fossem do bem como querem parecer teriam muitos amigos para ajuda-los.
Pra concluir, nos municípios secessionistas se verificam as mesmas práticas dos outros do velho Pará, ou pior, vivem de chantagear as mineradoras que já tem estes gastos contabilizados em seus custos operacionais.
Isso tudo é papo furado, esses senhores que usam este argumento não estão interessados em atender o povo, em levar o Estado onde o povo está.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Turma da Mônica da ALEPA

Suprema glória, a Turma da Mônica da ALEPA estreou em grande estilo no Jornal Nacional.
Mônica deu entrevista.

Mas Cascão não quis falar.

Centro Histórico de Belém: Patrimônio brasileiro


O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, reunido em Brasília no último dia 3 de maio, tombou os elementos históricos, arquitetônicos, urbanísticos e paisagísticos, remanescentes localizados nos bairros da Cidade Velha e Campina,
Antes desta decisão, o centro histórico de Belém possuía 23 bens tombados em nível federal, com cerca de 800 imóveis protegidos. Com a proposta aprovada pelo Conselho, 2,8 mil edificações passam a estar sob a proteção do governo federal.
A notícia foi comemorada por muitos e chorada por outros tantos.
Eu acho que os feliz são os do bem, os que querem uma Belém mais humana, mais digna, mais ecumênica, mais democrática, mais civilizada.
Este pode ser um passo importante para o projeto do Fórum Landi de apresentar à UNESCO a candidatura das obras de Landi patrimônio Mundial.