Se teses são chatas, PDI's são chatérrimos

Na última reunião do Conselho Universitário da UFPA, 4a feira, 11 de Novembro, que aprovou o novo Plano de Desenvolvimento Institucional, o reitor Maneschy comentou, de maneira bem humorada, a manifestação de um conselheiro, que a leitura do nosso PDI era chata.
Maneschy disse: não só a do nosso, mas qualquer um outro, duvido que alguém, no fim de semana, por prazer, pegue o PDI de qualquer um órgão público, por exemplo, se deite numa rede e vá se deleitar com aquela leitura.
A bem humorada e oportuna crítica do reitor ao burocratês, ao planejamentês foi interpretada como crítica e levou as lágrimas integrantes da equipe que redigiu o Plano.
Pelo amor de Deus, nestes tristes tempos em que o bom humor e o discernimento são artigos cada vez mais raros em nossos arraiais, convoco um dos maiores intelectuais de nossos tempos, o professor Benedito Nunes, para dar sua opinião sobre coisas chatas de se ler.
Neste vídeo que fará parte do acervo do Portal do Projeto UFPA 2.0, Bené dá um conselho:
"Não tenham preguiça de ler, coisas as vezes aborrecidas, por exemplos teses, ainda não aprenderam a escrever de maneira ligeira agradável, são sempre, desculpem a palavra, chatas, mas sempre aproveita-se o grosso e sempre sai muita coisa boa."
Se disse que teses eram chatas, o que diria de PDI's?
Será que é preciso muito esforço para reconhecer, o quão ridículos se tornam os textos marcados pelo excessivo: jurisdiquês, economês, planodiretorestrategiquês, esta forma de escrever, já evoluíu à óbito, como se diria em chato mediquês.
Imagino que, se Benedito Nunes fizesse parte do CONSUN, teria aplaudido de pé a manifestação do Maneschy.
Confira o vídeo aqui.
Quem quiser ir direto no ponto, o comentário está no 4:10 min.