sábado, 30 de abril de 2011

O insigne ficante

O Jaime Bibas conta outra versao para o causo do insigne ficante.
Confira:

Oi Flávio!
Conhecia esse "causo", não na versão lembrada por ti mas, a que se contava sobre a despedida do General Higino Craveiro Lopes, presidente de Portugal, após este visitar Belém, no final da década dos anos de 1950. O texto é semelhante, mas, invertido. Diziam por aqui, que Magalhães Barata, governador, despediu-se do presidente português desejando "boa viagem ao insigne viajante" e Craveiro teria respondido com um obrigado ao "insigne ficante". Versões à parte, lembro que se contava, também, no tempo dessa visita, que Barata precisou providenciar um penico de louça, para Craveiro, pois este não conseguia dormir sem ter um, devidamente aboletado debaixo da cama...

Eu tinha meus cinco anos quando o Craveiro Lopes visitou o Brasil e Belém estava incluida na rota.
Isso foi no tempo em que o mundo ainda não era dominado pelos agentes de seguranças, cerimonialistas e assessores de imprensa e as visitas se faziam como menos freqüência e mais tempo de permanência.
Também não era o tempo da imagem televisiva e os acontecimentos tinham grande participação popular.
Veja como os jornais de São Paulo noticiaram a visita.

ENTUSIÁSTICA ACOLHIDA AO PRESIDENTE CRAVEIRO LOPES EM SÃO PAULO - Expressiva recepção teve ontem na capital do Estado o general Craveiro Lopes. A cidade, engalanada para aclamá-lo, vibrou intensamente, com povo nas ruas e sacadas de edifícios. No clichê, o Vale do Anhangabaú, à passagem do cortejo;...

P.S.1: O fato de Belém estar no roteiro da viagem, mostra que ainda éramos a metrópole da Amazônia.
P.S.2: Bibas, isto ai do lado do presidente, é um vaso ou um penico?

3 comentários:

  1. Meu caro, a versão que conheço envolve o Governador Valadares, de Minas Gerais, e um prefeito do interior de seu Estado. Ao final de uma visita protocolar, o prefeito, cheio de rapapés e querendo dar-se por instruído, despediu-se do "insígne partinte", ouvindo do governador - que tinha fama de ser irônico - "adeus, insígne ficante".
    Aposto que a história tem incontáveis versões. No final, pode ser que nunca tenha acontecido.

    ResponderExcluir
  2. É verdade Yudice, eu tmb conhecia a versao do Benedito Valadares, por sinal uma figura interessantíssima.

    ResponderExcluir
  3. Ô Flávio... PS2: trata-se de um vaso e assim parece. Se bem que nos tempos da minha avó, "vaso" também era sinônimo dos artefatos para onde se punham necessários "vazamentos", mas deixa isso pra lá...

    ResponderExcluir