Para depois um post sobre o que ainda podemos fazer para salvá-lo, e finalizando, um dossiê com relatos de Carlos Roque, Jader Barbalho e Ribamar Carvalho, com meus comentários.
O marco monumental feito pelo Niemeyer, resgatando a memória dos Cabanos, era muita areia pro caminhãozinho de glórias do Jader, e isso doía demais.
Se fosse possível, seus concorrentes encomendariam um raio que o fuminasse, um vendaval que o arrebatasse, um incêndio, um atentado a bomba.
Restou-lhes abandoná-lo.
Gueiros também se apressou em criar um concorrente, o Memorial Magalhães.
Hoje, também, perdido na despaisagem urbana,
Se fosse possível, seus concorrentes encomendariam um raio que o fuminasse, um vendaval que o arrebatasse, um incêndio, um atentado a bomba.
Restou-lhes abandoná-lo.
Gueiros também se apressou em criar um concorrente, o Memorial Magalhães.
Hoje, também, perdido na despaisagem urbana,
foi um dia carinhosamente chamado "nave da Xuxa".
Ao retornar ao governo sucedendo Gueiros, Jader precisou reinaugurar o monumento.
Começa a gestão PT-Edimilson. Era inaceitável para quem se consideravam sangue do sangue de Angelim, que um traidor do povo, um burguês, um corrupto fosse imortalizado como alguém que com "engenho e arte" resgatou a memória do único movimento revolucionário da Hitória do Brasil em que o povo tomou, verdadeiramente, o poder. Aquele símbolo tinha que ser apagado da cidade como se apagavam, na época de Stalin, antigos heróis caídos em desgraça das fotografias históricas.
O território livre da reconquista seria a Aldeia Cabana onde a festa dos iguais cantaria sempre a alegria universal dos povos e das gentes.
O território livre da reconquista seria a Aldeia Cabana onde a festa dos iguais cantaria sempre a alegria universal dos povos e das gentes.
A escolha do local foi feita com o intúito de criar um marco visual na entrada de Belém, tudo bolado pelo Roque, que ainda encontrou uma justificativa histórica: aqui provavelmente se reuniram os contingentes cabanos vindos dos vários pontos do interior.
Nenhum cenário que se fizesse em 1983, mesmo o mais otimista, apontaria os volumes de tráfego de agora, um dos pontos mais movimentados da Região Metropolitana.
Este aumento do fluxo já exigia 10 anos a atrás obras de arte de engenharia, que, dependendo da solução, conflitariam com o monumento.
Este aumento do fluxo já exigia 10 anos a atrás obras de arte de engenharia, que, dependendo da solução, conflitariam com o monumento.
As largas faixas de asfalto são como muros, fossos:
NÃO DEIXAM NINGUÉM PASSAR.
NINGUÉM CONSEGUIU MANTÊ-LO SIGNIFICATIVO!!!
VIVO, LATEJANDO NA MEMÓRIA DA CIDADE
mingou
DESSIGNIFICOU-SE
O tempo passou a correr
O mato cresceu ao redor...
Virou até canteiro de obra do BRT,
financiado pelo governo da camarada Cabana Dilma,
aliada do patife Duciomer
Visto assim do alto, mais parece que foi bombardeado.
Hoje buraco negro
Um não-lugar
Uma fratura no discurso
No texto
No contexto urbano
Ninguém consegue ir ver monumento os Cabamos
Ler o documento de Niemeyer
A fratura da História que se recompõe e segue adiante, inexoravelmente
Mostrou o seu contrário
Ler o documento de Niemeyer
A fratura da História que se recompõe e segue adiante, inexoravelmente
Mostrou o seu contrário
A cidade fraturou-se naquele ponto e não há otimismo, Oscar, que me convença que aquela ilha infernal poderá um dia ser humanizada. Frequentada por gente.
Ao seu redor
São pedaços de coisas que não se unem
São letras que não formam sílabas
São sílabas sem sons
É uma língua sem gramática
É uma borrão
Um grande ruído
Um sopão não se sabe se é carne ou peixe
Pode ser que alí nasçam flores e inspirem poetas
Pode um passarinho fazer um ninho e virar fotografia
Coisa de gente humana jamais!
COMO ELE ESTÁ E ONDE ELE ESTÁ,
O MONUMENTO DA CABANAGEM
NÃO EXISTE MAIS PARA BELÉM.
E agora Angelim ?
Mais lamentáveis ainda são os fatos de os monumentos que se gabam da derrota dos cabanos estarem intactos em Belém e Cametá.
ResponderExcluirFlávio, eu queria saber como os franceses mantiveram a exuberância do Arco do Triunfo naquela avenida movimentadíssima e os alemães o Portão de Brandenburg?