Parecem muito estranhos estes nomes ManeschySchneider nesta selva de Silvas, entre tantos Santos, e muitos Souzas. No que esta conjugação exótica contribuiu para transformar a UFPA?
Foram obras realizadas?
Não, desde o segundo governo Lula tem havido dinheiro de sobra para infraestrutura universitária. Basta ser administrador mediano, para obter recursos e tocar obras.
Mas, muitas obras foram feitas.
Foi ter expandido o número de mestrados e doutorados?
Também não.
Há uma política nacional de incentivo à criação desses cursos.
Mas, nesses últimos três anos e meio criaram-se mais cursos do que nos anteriores.
Foi ter dado início a uma nova fase da internacionalização e da interiorização da UFPA?
Ainda aqui, também não, mesmo que isso seja verdade.
Poderíamos seguir buscando o "fator maneschy" a "partícula maneschy" o "méson maneschy" entre as coisas visíveis, materiais para encontrar qual foi a contribuição que a ADMINISTRAÇÃO MANESCHY deixará para a história da UFPA e não encontraremos.
A contribuição que a ADMINISTRAÇÃO MANESCHY deixará para a Hitória da UFPA é INTANGÍVEL, IMATERIAL.
Surpreenderá a todos, não por ser exótico
Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto
Quando terá sido o óbvio
A UFPA sempre foi dividida em lados. No princípio, enquanto ainda era apenas verbo, no projeto de lei de sua criação, de autoria do udenista Epílogo de Campos, era festejada pelo lado dos anti-baratistas. Mas para sair do mundo das intenções para o dos gestos, foi preciso o senador Lobão da Silveira, do lado baratista, fazer um substitutivo quando foi aprovado pela maioria governista.
A festa mudou de lado.
Juscelino veio ao Teatro da Paz comemorar lado a lado do coreligionário coronel.
Mas nunca ouve paz.
Ficou Medicina para um lado.
Direito para outro lado.
Odontologia observando.
E os pequenos, quase sem força para ser um lado, olhando para um lado e para outro.
Depois de uma breve vitória do direito.
Uma longa da Medicina.
E aí se formaram dois lados.
De um lado os Silveiristas.
Do outro lado os anti-silveiristas.
A revanche do Direito.
Aluisistas de um lado.
Anti-aluisistas do lado contrário.
E assim foram se multiplicando lados e mais lados:
Joãopaulistas, Viseuistas, Lourencistas, Nilsistas, Romeristas, Adufipianos, Tribalistas, Sindicalistas, Carreiristas, Vidamansistas.
Tinha ainda o lado dos diretores de centro, o lado dos coordenadores dos campus do interior, o lado dos "movimentos sociais organizados" e bote lado. O lado dos sem-lado, o dos com vários lados, o lado dos transladados, dos homolados, heterolados, etc.
E cada lado conspirando contra os outros lados, se infiltrando, fuxicando, espionando, bisbilhotando.
O reitor de turno tinha um lado, era reitor de uma parte e tinha a sua bancada, que se reunia antes de reunir, para combinar, acertar posições, saber como votariam os inimigos, se tinha alguém cooptável. Tudo tem preço (passagens, diárias, gratificações, quando o NPI era exclusivo para filhos de servidores da UFPA e os conselhos tinham representantes externos, um representante da OAB no CONSUN, mudou de lado pelo "direito" de matricular seus filhos em nossa escola de aplicação).
E assim se controlava os movimentos dos diretores dos centros/institutos, dos campus, dos sindicatos, do DCE. Todos eram patrulhados, bisbilhotados, abordados, cantados e se concordassem, comprados.
O Fator Maneschy, a Partícula Maneschy, o Méson Maneschy, o que será a marca da ADMINISTRAÇÃO MANESCHY na História da UFPA fez o óbvio: não ficou do seu lado, do lado do reitor, não ficou patrulhando diretor, nem representante de categoria, deixou todos livres para se expressarem.
Deu a mais absoluta liberdade de expressão, tão surpreendente que alguns ainda vem perguntar:
Em que devemos votar?
Alguns por costumes, outros para pedir recompensa.
Mais ainda:
NUNCA FECHOU-SE QUESTÃO DENTRO DA ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR, FREQUENTEMENTE PRO-REITORES MANIFESTAM POSIÇÕES DIVERGENTES.
NUNCA O REITOR, O VICE-REITOR, OS PRO-REITORES VOTARAM EM QUALQUER DECISÃO DOS CONSELHOS SUPERIORES.
O REITOR MANESCHY NUNCA EXERCEU SEU PODER DE VOTO DE MINERVA. AS DECISÕES DOS CONSELHOS SUPERIORES FORAM SEMPRE TOMADAS PELA MAIORIA.
E finalmente:
A UFPA deixou de ter lados e reencontrou sua vocação primordial a
UNIVERSALIDADE.
Surpreenderá a todos, não por ser exótico
Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto
Quando terá sido o óbvio
Finalmente o reitor e administração superior ficaram sem lado, ficando ao lado da universidade.
Citei "Um Índio" de Caetano Veloso.
Pois então, nobre Nassar, cadê a oposição??? Ainda dormita nas entranhas do Rio Paracuri com o Guamá???
ResponderExcluirPaulo C. Santos
Por esta e outras que te admiro tanto!
ResponderExcluirOdeO
Excelente..parabéns.
ResponderExcluirParabéns, Prof. Nassar pelas lúcidas colocações. Belo texto.
ResponderExcluirProf. Dário Benedito Rodrigues, UFPA Bragança.
Nem tanto concluso e muito menos relevante,apenas se observa
ResponderExcluirseu censo de conotação de quem precisa do lugar que ocupa.
entretanto nunca esqueça que você tambem,copia em termos de
politica intrnacional o que literalmente já estava escrito
portanto é normal esta colocação sua,já que a esperança de você permanecer nesta equipe em futuro proximo esta cada
vez mais dificio.
Adorei, Flávio. É por isso que você incomoda, e muito.
ResponderExcluirComo acadêmico que sou dessa instituição de ensino superior, a mais importante da Região Norte e uma das maiores do país, concordo com as palavras do caro Flávio Nassar. Sábias palavras. Excelente texto. Agora muito me estranha o porquê da maioria dos comentários acima trazerem no autor a sombro do anonimato. O que os impede de se indentificar?
ResponderExcluirAtenciosamente, Adilson S. Barbosa, acadêmico de Eng. Elétrica - UFPA.
Identifica-te , anônimo ! ...
ExcluirNesta miscelânea tôda , não deixou de ser interessante a análise do Flávio Nassar ...
ExcluirMas, e a análise dos interesses econômicos ocultos ?
Tudo certo e concordante, inclusive Caetano.
ResponderExcluirSds
Jobeck.
Gostei do texto do Flávio. Apoiei o Maneschy na primeira vez que ele se candidatou a Reitor e minha admiração pelo Horácio Schneider é muito grande. Acho que eles devem ter feito uma boa administração (não posso avaliar porque estou aposentado e ausente do dia-a-dia, mas pelo que vejo, aprovo). Não gostaria que houvesse uma oposição qualquer, mas suponho que haja quem possa fazer críticas. Isso seria bom, para aperfeiçoamento.
ResponderExcluirEstou de pleno e irretratável acordo.
ResponderExcluirParabéns ao Reitor Maneschy e sua equipe. Longa vida à UFPA.
Fica ManeschY!!
Mário Ramos Ribeiro
Como diziam os antigos:"Quem cala consente";
ResponderExcluirNosso universo universitário é democrático;
Todos somos permitidos;
Falamos o que queremos;
Temos liberdade para pensar;
Mas não somos aleatórios nem trogloditas;
Somos civilizados e vivemos sob a égide das leis
que nós mesmos legislamos em grande parte.
FICA, MANESCHY, PARA FAZER E FAZER MAIS E MELHOR !
Sds.
Ronaldo Marques de Carvalho-Prof.FAU-ITEC-UFPA.
Bem, nao posso e nao devo ficar quieta com a provocação do leitor que postou criar, copiar e aí vai. Sigo o pensamento de Antoine Lavoisier...vamos "descontruir" pensamentos cristalizados de criador e criatura... Tenho dito rs!
ResponderExcluirOdeO
Professor Flávio, o senhor tem toda a razão do mundo! Quando comecei minha carreira de docente, havia uns tais "assessores" políticos do Reitor, que mandavam mais que Diretor de Centro. Isso começou a acontecer a partir da eleição direta, acho que lá pelos idos de 80.
ResponderExcluirNão falta muito para que eu me aposente, espero ainda ver essa situação, em que o preparo e dedicação não tem valor, banida da nossa querida UFPA. Espero que essa gestão continue assim, valorizando o mérito e dedicação como critério para qualquer expediente. Parabéns.
Queria que estivesse vivo o saudoso e talentoso Juvêncio Dias de Arruda crítico contumaz de Maneschy, talvez fosse a única oposição com seu Blog 5ª emenda.
ResponderExcluirEngana-se o anõnimo das 10:00, Juvêncio só se opunha à Maneschy acompanhando o então reitor Alex Fiuza. Agora que Fiuza vive publicamente elogiando Maneschy, com certeza Juvência estaria junto com Alex apoiando Maneschy.
ResponderExcluirSe o legado é dificil de mensurar. Que tal colocar a UFPA entre as melhores universidades do brasil? A UFPA continua na rabeira, não aparece nem entre as 25 melhores do Brasil, os recursos, como disse o blogueiro, não faltam.
ResponderExcluirNo último rnking ficamos em 24.
ExcluirMas importante veja abaixo onde transcrevo post Professora Iracilda Sampaio no grupo do Facebook da campanha MS20132017:
O Ministério da Educação divulgou dados referentes ao Índice Geral de Cursos (IGC) das Instituições de Ensino Superior, o qual avalia o desempenho e a qualidade dos cursos de graduação e pós-graduação no Brasil. De acordo com o IGC, que atribui valores de 0 a 500 e notas em faixas de 1 a 5, a Universidade Federal do Pará obteve o valor contínuo de 296 e a nota 4. Isso revela um crescimento de aproximadamente 20%, quando comparado aos valores obtidos na avaliação feita em 2008, que foram de 247 e nota 3.