quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Sacrilégio na Catedral de Belém

A Secult está cometendo um sacrilégio contra o patrimônio de Belém na complementação da reforma da Sé.
Para colocar um sistema de iluminação estão destruindo brutal e barbaramente as velhas pedras de Liós que secularmente revestem as ruas da Cidade Velha.
E não são só um ou dois buracos. São vários.
Se fosse uma obra da Prefeitura que não tem nenhum compromisso com a cidade ou de um particular ignorante ...
Mas da Secult, era de se esperar muito mais.
Lélia, pelo amor de Deus, dá um jeito nisso.
O Ministério Público deveria tomar alguma providência.

18 comentários:

  1. "Não dá pra acreditar, mas isso é a cara de Belém."

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  2. È inacreditavel. Mais uma do DDuuDDuu. Mais nóis tudo mereice memo.

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  3. Calma, Flávio, se por acaso o Paulo Chaves voltar a ser o "todo poderoso" na SECULT (você deve estar sonhando com isso, não é mesmo?), e ele prosseguir na instalação desse sistema de iluminação (claro, muito mais caro e sofisticado e com um nível de interferência muito maior), poderás 'postar' uma outra manchete sobre esse mesmo assunto: "Iluminação Monumental da Catedral de Belém", abordando em detalhes a importância de tal iluminação para valorização histórica, cultural e patrimonial desse imóvel e de todo o Centro Histórico.

    Procura aprender com o meu colega de faculdade Rafael Oliveira como se faz um blog interessante e com conteúdo construtivo:

    http://rafaeloliveira-rj.blogspot.com/2010/08/nova-iluminacao-da-catedral.html

    PS.: Minha família mora nas proximidades (minha infância toda foi lá), então posso falar sobre essas calçadas da Cidade Velha. Caso você não tenha ainda percebido (ou não queira perceber) essa calçada da quadra da Catedral há décadas foi descaracterizada: existem diversos trechos impermeabilizados com concreto, com várias partes quebradas ou esburacadas, o que põe em risco ou compromete a marcha (caminhar) dos pedestres e a acessibilidade de cadeirantes e demais pessoas com dificuldade de locomoção. Trata-se de um piso no qual as pedras não se encontram bem assentadas, podendo ser perfeitamente requalificado.
    Mais um último comentário: se referir às pedras de liós de "as velhas pedras" não parece ser 'historicamente' correto!

    Isabela Eluan
    arquiteta (doutoranda/UFRJ)
    Niterói, RJ

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  4. Flavio, Infelizmente só tenho de concordar com a Isabela. Post destrutivos nao ajudam ninguem, lembre-se que todos podemos nos enganar e errar, inclusive voce, como Arquiteto. Pq vc apenas nao ligou para seus amigos nos orgaos do Patrimonio e alertou sobre o assunto ? Porque colocar um Post como esse ? A Isabela nao poderia ter sido mais perfeita em seu comentario. Boa sorte nos proximos Posts.

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  5. O povo daqui da Secult não ve isso por que eles estão todos trabalhando na campanha do Edilson Moura.

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  6. Anonimo das 10.04
    Nao gosto muito de quem se esconde sob o anonimato mas vou te responder.
    Essa visão de que quem nao concorda esta destruindo, é no mínimo equivocada.
    O meu post nao é destutivo, é verdadeiro.
    Estou de acordo, todos nós erramos muito e temos que aprender com os nossos erros.
    Eu atualmente estou com responsabilidades públicas na UFPA.
    A Secult tem funcionarios pagos, também com o dinheiro público que deveriam estar fiscalizando a execuçao dessas obras.
    Por que eu nao alertei os meus amigos da Secult, perguntas?
    Quando eu passei por lá, ja estava tudo quebrado.
    Obrigado pelo desejo de boa sorte, todos precisamos.

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  7. Cara Doutoranda da UFRJ,

    Teu comentário é um claro caso de ilusão de óPTica.

    Tome uma água com açúcar e experimente reler este post. Verás, se um surto de bom senso te acometer, que ele não faz nada além de descrever uma situação: que as pedras de liós estão sendo "depedradas".

    Essa cegueira vermelha é um traço marcante da personalidade de mensaleiros jenoínos , cuequeiros, lobistas e safados em geral.

    "Visão real" das coisas não pressupõe o abandono do senso crítico.

    Confetes ao amigos e pedras aos inimigos.

    Abs,
    Pato Donald

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  8. Caro Flávio.
    Interessante a discussão abre um sem número de outras e, permite o contraditório. Não seria melhor como professor, indicar a solução??
    Abraços Pgê

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  9. Caro Paulo Geraldo,
    Na resposta que dei ao comentario da Isabela,postei um video que mostra como em Florença se cuida das pedras q revestem as ruas históricas.

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  10. Fiquei curiosa e fui olhar o blog do Rafael Oliveira. Esperava um comentário crítico, reflexivo sobre o assunto, mas apenas reproduz uma notícia. Entendo que blogs são formas de expressão do pensamento crítico do autor e não de reprodução de manchetes.

    Por exemplo, me preocupa o sistema de "iluminação monumental" "para atrair turistas" na catedral Rio, gostaria de ver a simulação, pois a catedral do RJ pode ficar parecendo um disco voador. Me angustia tb o foco na atração de turistas, será que houve diálogo com os usuários locais? Quem é a prioridade da gestão?

    Mariana Sampaio (Belem)


    mariana sampaio (Belém)

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  11. Flávio,

    Quem seriam estes seres que não se identificam ao expressarem suas opiniões? qual o perfil deste ser? Fiquei pensando sobre isso. Pessoas que não assumem seus atos.

    Apesar de discordar das idéias da Isabela e de seu temperamento agressivo, respeito essa pessoa que constrói sua reflexão e assina em baixo.

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  12. Olá Flávio! respeito a sua opinião e as dos participantes deste blog mas gostaria de contestar a sua expressão "Se fosse uma obra da Prefeitura que não tem nenhum compromisso com a cidade ou de um particular ignorante ...".
    Sei que você critica o descaso geral com o patrimônio arquitetônico, cultural, histórico e artístico da cidade, mas vejo, nesse comentário, um caráter ideológico e um tanto quanto agressivo. É importante reconhecer, por uma questão de justiça, que na Prefeitura de Belém existem competentes profissionais, não só da área da arquitetura e urbanismo, que se preocupam e tem compromisso sim com a cidade.
    Sou advogada, servidora municipal, e trabalhei com excelentes profissionais urbanistas no processo de revisão do Plano Diretor do Município. Talvez você conheça muitos dos técnicos que fizeram parte da equipe multiprofissional que discutiu, inclusive em audiências públicas, e elaborou o projeto de lei do novo PDMB. Posso te assegurar, com muita propriedade, que, pelo menos tecnicamente, houve e há muito compromisso na elaboração e no desenvolvimento de projetos urbanísticos para a nossa bela cidade de Belém.
    Evelyn

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  13. Prezado Flávio Nassar,
    Esclareço que a obra de restauração da Catedral de Belém, concluída em 2009, foi a mais extensa que a Sé de Belém conheceu; e obedeceu rigorosamente os princípios norteadores da preservação e conservação de bens culturais. Além disso, avançamos e integramos conceitos que, na atual gestão do Governo do Estado, na área de cultura, são caros, como a Cidadania Cultural, jamais priorizada nas intervenções restaurativas anteriores feitas na cidade.
    Incluímos, pois não estava previsto no projeto original, a acessibilidade e uma pesquisa minuciosa que revelou objetos e registros ocultos, há mais de cem anos, no Templo – a exemplo d’O Nicho, na capela-mor, atrás da tela Natividade, desenho em graffiti. E se nela, por um lado, muitas hipóteses foram comprovadas, por outro, indefinições surgiram, abrindo campo de investigação para diferentes linhas de pesquisa acadêmica.
    O projeto executado – imbuído pelo rigor técnico dos profissionais que nele atuaram – e seus resultados foram reconhecidos por segmentos sociais heteróclitos no Pará, no Brasil e, até mesmo, internacionalmente. Saliento ainda que o MINC/IPHAN destacou este projeto entre as 50 melhores experiências em preservação no Brasil, em 2009.
    Ao contrário do que foi publicado aqui, realizamos algumas ações para avançar na política de preservação no estado e em sua institucionalização como política pública, formulamos e estamos desenvolvendo o Plano de Gerenciamento de Riscos para Bens Culturais do Estado do Pará, cuja metodologia foi apresentada em seminário aberto nos dias 03 e 16 do corrente, no auditório da SEGOV. Esse plano é um processo metodológico de identificação, análise, priorização e tratamento de riscos para o Patrimônio Cultural de natureza material no estado, que contempla desde eventos emergenciais e catastróficos até os diferentes processos de deterioração que ocorrem de forma mais lenta e contínua.
    Infelizmente, o reduzido quadro de pessoal técnico na Diretoria de Patrimônio – no momento, envolvido com a finalização dos projetos que serão executados em 2011, inseridos no Programa de Aceleração do Crescimento para as Cidades Históricas, maior investimento na história da preservação cultural em nosso estado, até 2013, que somam aproximadamente R$ 600 milhoes, cujos convênios para executá-los devem ser apresentados e assinados após o período eleitoral – encontra dificuldade logística para fiscalizar todas as obras, mesmo aquelas em curso pela SECULT, como é o caso da Catedral-Sé.
    Ressalto ainda que confiamos na Empresa LINK, executora dos serviços, pois a mesma além de ser idônea, possui larga experiência em obras de restauro em Belém; e esclareço que a obra citada é um serviço para instalar luminárias EcoYARD MBF 505 para lâmpada CDM-T de 150W, da PHILIPS, que possuem 29cm de largura, exigindo uma abertura maior no piso para que o eletricista possa fixar o equipamento. Sublinho que o manual pede 54cm de profundidade para melhor drenagem e funcionamento, e que este serviço não é diferente dos já realizados em 2009, nos quais todas as pedras foram reintegradas e recuperadas; tal iluminação valoriza e realça a beleza do monumento.
    Reconheço que é sempre salutar dialogar com pessoas que sabem pensar, tendo a coerência como pressuposto para abalizar pontos de vista, ainda que polêmicos. Em função disso, envio esta com a certeza de que ela o fará refletir sobre o assunto em questão.
    Cordialmente,
    Lélia Maria da Silva Fernandes (Diretora de Patrimônio/SECULT)

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  14. Lelia, obrigado pela consideração da resposta, ainda nao tive tempo, mas vou posta-la em destaque e comentá-la.

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  15. Evelyn,
    Desculpa se só agora te respondo.
    Esclareço, quando falo em Prefeitura estou me referindo à administraçao Duciomar que nao tem, mesmo, nenhum compromisso com Belém.
    A PMB tem bons tecnicos e também técnicos comprometidos.

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  16. lendo aqui...concordo com a denúncia do prof flavio...
    è preciso atitudes dessa esfera,acredito sim nos bons profissionais no serviço publico, mas, tabem nao acredito que as deliberações sua opiniões influam.
    Belém está um nojo , quem é o responsavel?..seriam os bons profissionais? se o fossem nao estaria dessa forma que está.
    Fui a um ensaio no conservatótrio Carlos Gomes, fiquei stressado com a sujeira do jardim,das passarelas,das paredes externas dos prédios, enfim.estaa muito Belem mesmo....e lá, existem grandes profissionais tb, mas..e ai?eles nao decidem nada...quem decide são os politicos porcos infelizmente..vejam só..
    enquento ana julia chamava para as inaugurações o calipso e os sertanejos...marabá deu um show de cultura...CHAMOU oswaldo montenegro e fafá para abertura de um evento da prefeitura...percebem a diferença?
    gd abraço a todos

    manoel macedo

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  17. Os responsáveis por essa depredação são uns bando de analfabetos de pai e mãe.

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