sábado, 18 de setembro de 2010

aBunda oRiso

Até uns 50 anos atras havia muito preconceito com o riso.
Diziam: o riso abunda na boca dos tolos.
Até uns 300 anos atras o preconceito era maior.
Diziam na Europa que os índios não tinham alma porque riam demais.
Jamais, um rei, um príncipe se deixariam retratar sorrindo.
Ou um presidente, um governador, um senador.
A Coisa Pública exigia de seu homens o tom grave.
Hoje, a ditadura dos marqueteiros obriga que todo candidato mostre os dentes.
Alguns, os mais cínicos, o fazem naturalmente.
Outros, ao forçar o riso ficam com aquela cara de parvos.
Mas de tolos não tem nada.

3 comentários:

  1. Celeste Medeiros comentou seu link.

    Celeste escreveu:
    "O negócio é que o eleitorado cobra o sorriso, a simpatia. Vai daí que os candidatos passam a ser treinados para se tornarem simpáticos, sorridentes, "leves". Tem gente ganhando um bom dinheiro para fazer a transformação do candidato. Eu, que sou careta, não levo esse aspecto em consideração. Simpatia indica competência? Talvez, dependendo do "para quê"."

    ResponderExcluir
  2. Acontece que a tal de contemporaneidade exige que estejamos felizes sempre, nem que seja só para mostrar descontração no trato social, autoestima, e por aí vai. Um sujeito que sorri, segundo o código dos comportamentos atuais, é um sujeito bem resolvido, aceito e muito amado. Os políticos é que não vão ficar fora dessa, não é mesmo? Talvez por isso José Serra encontre tanta aversão por parte do eleitorado menos oba-oba.

    ResponderExcluir