terça-feira, 23 de novembro de 2010

Solidariedade à Tissiana e demais alunos africanos da UFPA


Tissiana Silva é do Cabo Verde, estuda arquitetura na UFPA e foi aplicada bolsista do Fórum Landi, até semana passada integrou uma "força-tarefa" na vice-reitoria para concluir projetos para os nossos campi.
Tissiana ficou indignada com a reportagem do Fantástico do dia 14 de Novembro sobre as "Mulas do Tráfico" referindo-se à cabo-verdianas e guineenses presas em Fortaleza e publicou no seu Face um indignado protesto.
- Tissiana:
Olá gostaria de compartilhar a minha indignação ao assistir uma reportagem sobre as mulas do tráfico, mulheres estrangeiras presas em fortaleza, exibida no programa Fantástico no passado domingo (rede Globo). O jornalista Eduardo Faustini aproveita da dor e fragilidade de cabo verdianas e guineenses e ainda pior, publicam inverdades sobre cabo verde, como por exemplo: A nossa equipe começa a busca por informações em Cabo Verde. O país deixou de ser colônia portuguesa em 1975. Tem cerca de 400 mil habitantes que vivem da agricultura e da pesca de atum. Em Cabo Verde, é difícil encontrar quem ganhe mais de R$ 150 por mês. 
Deixo aqui o link de acesso direto ao site do programa:
Quem quiser ler a mensagem que ela escreveu em Crioulo cabo-verdiano está aqui:

Pessoal um ta pdi bzot pa assisti es link e oia manera q psoas q no ta julga esclarecidas e sérias , como e caso de jornalista Eduardo Faustini, na programa Fantástico exibid na domingo 14 de novembro (Rede Globo), ta aproveita de dor e fragilidade dos outros pa stod na mídia e mais um vez traze informações desencontradas de nos Cabo Verde. Que aques amdjer e mulas do tráfico isso é fato, agora sei por aí ta dze coisas como por exemplo: A nossa equipe começa a busca por informações em Cabo Verde. O país deixou de ser colônia portuguesa em 1975. Tem cerca de 400 mil habitantes que vivem da agricultura e da pesca de atum. Em Cabo Verde, é difícil encontrar quem ganhe mais de R$ 150 por mês. E ots cosas que ca precisa menciona agora...
Ca nem precisava ba pa CV pa ba busca informações sima el dze, na qualquer site de busca el tava consegui informações, q ao contrário des publicod, e verdader e atualizod. Pessoal um ta bdi pa tud quem q ta indignot moda mim, e outros estudantes africanos na brasil aderi a es corrente, ta publica isso na ses perfil como voto de protesto a es palhaçada!!!!!!!

4 comentários:

  1. Caro Flávio
    Grato por essa matéria sobre a insólita agressão aos povos de Cabo Verde e Guiné Bissau. Como não vejo a TV Globo há mais de 20 anos, por questão de higiene e profilaxia profissional, só ao ler o seu post é soube desse absurdo.
    Quero, através de seu blog, transmitir aos cabo-verdianos e aos guineenses a minha solidariedade e o repúdio esse péssimo rascunho de jornalismo que a antiga Venus Platinada costuma impor como se sério fosse.
    Mais do que o preconceito, há a ignorância sobre as terras e as gentes que deram origem a um Amílcar Cabral, às suas poesias e ao PAIGC. Marco da luta anti-colonialista que grassou pela África entre os idos de 1960 e 1975. E o que é mais interessante, é tão forte a ligação desses povos com o Brasil, que há momentos que chegam a se considerar “um Brasilim”, ou seja, “um pequeno Brasil”.
    Aos estudantes africanos da UFPA, os meus cumprimentos e fraterno afeto.
    Pedro

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  2. Ratifico meus protestos, é revoltante! Tissi, vamos sentir sua falta! Muito obrigada pela sua valiosa colaboração. Boa Sorte! Conte sempre conosco.
    com carinho,
    OdeO

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  3. Camarada Pedro,
    Obrigado pela sua intervenção sempre precisa.
    Vá mandando !

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  4. Em minha cidade,onde moro,Fortaleza,encontro todos os dias essas pessoas lindas,de muitos lugares da Africa,que estudam aqui.
    São uma gente alegre,educada,colorida.
    Deve ter também,como aqui,gente que não presta,mas isso só os faz mais bonitos,para mim.
    Adoro esses jovens bonitos que cruzam meu caminho e que tive o prazer de conhecer.
    Não sei dos outros países,mas Cabo Verde é lindo.
    Gente babaca,que fala asneira,existe em pencas,no mundo inteiro.

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