terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Paris N'a Merde

Como somos uma cidade sem futuro, vivemos de recordações do passado.
A que mais fascina publicitários, jornalistas, e governantes de turno é essa história de Belém: Paris n'America, Paris Tropical, Cidade da Belle Époque.
No recente encarte publicitário que acompanhou a revista Veja (a míope), patrocinada pela prefeitura de Bel e governo do PA.
O tema insiste:
E persiste.
Na noite de sabado 28 de janeiro a residência Vitor Maria da Silva, no Ferro de Engomar, o maior conjunto de azulejos "Belle Époque" de Belém foi criminosamente e violentado, estuprado, saqueado.
Veja as fotos feitas pelo Luis Laguna, com o seu celular, na ação tipo Occupy dos quixotes do Fórum Landi e da Fotoativa que invadiram a casa, pulando por uma janela lateral e afugentaram os integrantes da tal "gang do azulejo" que rouba e vende para colecionador inescrupuloso e antiquário.
Não é de hoje que entidades ligadas ao patrimônio alertam o poder público sobre o estado de abandono do imóvel, pertencente ao grupo das lojas Esplanada, que parece estar usado a velha tática de deixar deteriorar até que venha ao chão.
Ouvidos mocos, surdos, tapados, ou se preferirem, o politicamente correto, com deficiência auditiva grave.
Leite derramado...
Dos administradores públicos, apenas o Secretário de Cultura Paulo Chaves foi ao local, perplexo com o que viu, lamentou-se impotente.
E a Prefeitura, agora comandada pela reencarnação do Conde do Arcos, o ensecador do Piry da Jussara (Só se for o Conde do Arco da Velha, secador do erário público) que tem o poder de polícia nas questões da legislação urbanística?
Que tem o dever de fiscalizar a aplicação da lei de proteção do centro histórico e do entorno de interesse a preservação.
Mas no próximo ano, no próximo aniversário de Belém, virão novamente com este papo furado: Paris n'América, Belém da Belle Époque, blá, blá, blá, blá, blá.....
Neste ritmo a desgraçada Paris n'America já terá sucumbido n'a Merde.

Nenhum comentário:

Postar um comentário