Recebi da professora Maria Adelina Amorim, que participou recentemente do VIII Colóquio Luso-Brasileiro de História da Arte, esta declaração de amor à Belém que divido com vocês.
Ao Círio havemos de voltar,
A Belém, às suas casas, às ruas
Havemos de voltar
À Sé, aos retábulos
Aos cânticos e telhados
Mangueirais e parques
Teatros e mercados
Havemos de voltar
Havemos de voltar
Aos conventos, igrejas e claustros,
Mas também ao rio e seus igarapés
À Baía do Guajará
Havemos de voltar
Ao Teatro da Paz
Ver de novo O Guarani
Conversar com Carlos Gomes.
Deleitar o olhar no mangal da Garças
Acender velas por Landi na catedral
Havemos de voltar
Aos sermões de Vieira
À memória de Cristóvão de Lisboa
Ao Rio Guamá
Havemos de voltar
A ver o Peso na Feliz Lusitânia.
A seguir viagem com Pedro Teixeira
Ao miriti, cupuaçu, à maniçoba
Havemos de voltar
E de novo fazer
De Belém, terra de Natal…
(Ainda hoje hei-de ir à estação das docas de Belém de Lisboa encomendar o meu bilhete para Belém do Pará)
Um belo convite da professora, com uma grande sensibilidade em seu olhar. Obrigada por compartilhar.
ResponderExcluirEu só dispensaria a viagem com Pedro Teixeira, não pela beleza da paisagem, mas pelo tipo de contatos que essa viagem inauguraria com os moradores de então.