quarta-feira, 20 de abril de 2011

A Belém haveremos de voltar

Recebi da professora Maria Adelina Amorim, que participou recentemente do VIII Colóquio Luso-Brasileiro de História da Arte, esta declaração de amor à Belém que divido com vocês.

Ao Círio havemos de voltar,
A Belém, às suas casas, às ruas
Havemos de voltar

À Sé, aos retábulos
Aos cânticos e telhados
Mangueirais e parques
Teatros e mercados
Havemos de voltar

Havemos de voltar
Aos conventos, igrejas e claustros,
Mas também ao rio e seus igarapés
À Baía do Guajará
Havemos de voltar

Ao Teatro da Paz
Ver de novo O Guarani
Conversar com Carlos Gomes.
Deleitar o olhar no mangal da Garças
Acender velas por Landi na catedral

Havemos de voltar
Aos sermões de Vieira
À memória de Cristóvão de Lisboa
Ao Rio Guamá

Havemos de voltar
A ver o Peso na Feliz Lusitânia.
A seguir viagem com Pedro Teixeira
Ao miriti, cupuaçu, à maniçoba
Havemos de voltar

E de novo fazer
De Belém, terra de Natal…

(Ainda hoje hei-de ir à estação das docas de Belém de Lisboa encomendar o meu bilhete para Belém do Pará)

Um comentário:

  1. Um belo convite da professora, com uma grande sensibilidade em seu olhar. Obrigada por compartilhar.
    Eu só dispensaria a viagem com Pedro Teixeira, não pela beleza da paisagem, mas pelo tipo de contatos que essa viagem inauguraria com os moradores de então.

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