terça-feira, 21 de junho de 2011

O Hino do Pará como ficaria?

Assim como a bandeira, também o Hino do Pará teria que ser esquartejado.
A primeira estrofe, talvez a única que poucos sabem:
"Salve, ó terra de ricas florestas,
Fecundadas ao sol do equador !
Teu destino é viver entre festas,
Do progresso, da paz e do amor!"
Analisemos o primeiro verso e vejamos para qual dos Estados se adequaria mais.
No Parazinho já não existem mais estas ricas florestas.
No Carajás, os ambientalistas que querem preservar o que ainda não virou pasto são assassinados pelos fazendeiros e madeireiros.
Aonde ainda tem floresta, pelo menos antes que as hidrelétricas as transformem em lagos é no Tapajós.
Então, este verso fica com o Tapajós.
Para o Carajás, teria que ser adaptado, ficaria assim: Salve o terra de pobres pastagens ressecadas ao sol do equador.
E pro Parazinho ficaria só o "sol do Equador" (que o calor está de matar).
O segundo verso da estrofe:
"Teu destino é viver entre festas,
Do progresso, da paz e do amor!"
Como ficaria?
No que se refere ao Parazinho proponho uma adaptação: Teu destino é viver entre festas de aparelhagens e tecnobrega.
Quanto a este "progresso da paz e do amor", que parece coisa lisérgica, romântica, hippie, acabou nos anos 60, já está "fora de moda". Progresso agora é coisa bruta, hardcore, é guerra de competitividade visando o mercado global.
Dividido em três não teremos as vantagens competitivas que teríamos juntos. Ninguém fica com esse verso, quem sabe possamos oferece-lo para o hino do Amazonas.
Bem vou ficando por aqui, os demais versos analiso quando tiver tempo.

2 comentários:

  1. Meu caro Flávio.

    A verdade é que nosso hino - não confundir com nó suíno, que é outra coisa bem diferente - já estava mesmo desatualizado.
    Sentinela do Norte, por exemplo, o Pará deixou de ser desde 13 de setembro de 1943, quando Getúlio Vargas dele retirou, por esquartejamento, o então Território Federal do Amapá, hoje Estado e que bem merece o título. A propósito, não passou pela nossa cabeça cobrar uma indenização da União por esse esquartejamento. O Amazonas, uns trinta anos antes, fez isso quando a União tirou dele um pedaço para fazer o Território Federal do Acre. Contratou Rui Barbosa para ser o advogado, ganhou no Supremo, mas não levou, pois ao que me conste até hoje a União não pagou um centavo ao nosso vizinho.
    Flávio, se você estiver redigindo o testamento do Parazão, não esqueça de deixar para nós, filhos legítimos, a princesa louçã.
    Já a rudeza pagã, podes dar outro destino mais adequado.
    E os trilhos (da EFC, I presume) não nos caberá mais juncar. Mas, reconheçamos, quanto o tema é trilhos tem quem junque melhor.

    Abraços do


    Alencar

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  2. Já estou redigindo o esquartejamento das outras estrofes.
    O caminho é mais ou menos este q apontas.

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