Tem pessoas que para ganhar notoriedade, serem citadas, precisam consumir florestas inteiras de celulose, rios de tinta, anos de exposição.
Sorte teve o Ministro Eduardo Portela com a sua famosa: eu não sou ministro, estou ministro.
Hoje não há quem ocupe cargo transitório que não seja pelo menos tentado, se um mínimo fiapo de humildade restar-lhe, de se apresentar como estando do que como sendo, seja lá o que for. Mesmo que a autoria da frase já tenha se perdido na noite dos tempos.
Mas Portela lembrou-nos a diferença entre o ser e o estar e nos parece tão simples.
Porém nem Shakespeare, nem Blake, nem Eliot, nem James Joyces, nem Oscar Wilde, ou Walt Whitman ou Edgar Alan Poe, se juntassem todas as suas genialidades, nunca seriam capazes de traduzir esta condição para o inglês.
O verbo to be tanto pode significar ser como estar. Era como se ele tivesse dito : Eu nao sou ministro, eu sou ministro.
Mas agora aqui entre nós, ele sempre pintou o cabelo. Mesmo quando novo com o famoso asa de graúna.
Ou discursado na Academia, como dublê do meu amigo Edison Roffe, usando a famosa fórmula "cacu" (cajú e cobre), bem mais nobre.
Pintou e não hidratou! E se chover, vai ser um estragooo!Sendo ou estando, está pintadinho da Silva!
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