segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Antônio José Lemos e a coisa

Há 100 anos, Antônio José Lemos era o prefeito de Belém.
Lemos era um mulato no sentido lato, maranhense veio para a capital Belém em busca de dias melhores, sua filiação política era conservadora, na época, à esquerda estavam os Lauristas, seguidores de Lauro Sodré.
Com visão estratégica projetou a infra-estrutura de Belém que sobreviveria até os anos 1960 e promoveu o embelezamento da cidade com praças e jardins, foi um agente da modernidade com todas as contradições que o termo implica. Implantou serviços de transporte público com bondes elétricos e a primeira usina de cremação de lixo da América Latina.
Foi derrubado por uma conspiração que envolveu seus antigos aliados e auto-exilou-se no Rio de Janeiro.
Esta coisa aí, veio do interior em busca de dias melhores, falsificou diploma de médico para enganar os mais pobres, fez do oportunismo sua estratégia para subir na política, nunca teve ideologia nem princípios.
Destruiu a infra-estrutura que Belém ainda tinha.
Quando estava ameaçado de não se reeleger, foi socorrido pelos antigos adversários com uma transfusão de asfalto.
Se considera um modernizador pois é sócio da especulação imobiliária que tornará impossível circular em Belém nos próximos anos. A cidade está tomada pela sujeira.
A Justiça ainda não consegui cassar o seu segundo mandato.
Quanta diferença !!!!

3 comentários:

  1. Caro Flavio
    Até parece uma perseguição, mas, no presente post há a justíssima defesa da memória daquele foi o Barão Hauseman de Belém, o que me obrigou a escrever este comentário. Aliás, se ainda houver muitos paraense com memória, lembrar-se-ão de como a cidade era agradável e bela até os idos de 1964. Em anexo seguem dois artigos que escrevi em 2007 e 2008, foram as minhas tentativas para alertar sobre os riscos que ameaçavam a cidade e ao Estado. Pelo visto, com a exceção do seu blog, quase ninguém se preocupa com essas questões. É uma pena.
    Um abraço
    Pedro Ayres
    http://pedroayres.blogspot.com/2010/12/em-nome-do-progreo-e-da-modernidade.html
    http://pedroayres.blogspot.com/2010/12/destruicao-da-amazonia.html

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  2. Barão de Haussmann em Paris, Antônio Lemos em Belém, Pereira Passos no Rio e Torcuato de Alvear em Buenos Aires.
    Bons tempos, bons tempos.

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