quarta-feira, 8 de junho de 2011

Dividindo a Bandeira do Pará

Não é justo dividir só o território, junto com ele os símbolos, bandeira e hino, tem que ser esquartejados.
Vamos ver como ficaria a Bandeira do Pará, que como todos sabem, ou não sabem, é a antiga bandeira do Clube Republicano do Pará.
O fundo vermelho que no simbolismo original representava a força do sangue paraense, que corre nas veias como um verdadeiro espírito de luta harmonizada, deve ir para o Carajás representar o sangue dos que morreram na guerrilha do Araguaia e mais recentemente o dos 19 assassinados na curva do S pela sanha sanguinária da polícia do velho e autoritário Grão Pará e dos demais que continuam sendo assassinados por lá todos os dias.
No centro o símbolo da Vale mostrando que no novo estado, capital e trabalho se harmonizarão, - referencia à luta harmonizada da primitiva bandeira - que o sangue dos mártires junto com os royaltes e as propinas pagas pela Vale aos administradores municipais permitirá que se refunde o paraíso e onde a cada um será dado de acordo com suas necessidades.



A estrela da bandeira, que representa o domínio do Grão Pará acima da linha do Equador, terá que ir para o Tapajós, já que seremos um estado abaixo do Equador.
Para nós, para o ex-Grão-Pará, para o Pará-Mirim, vai sobrar a faixa branca, vazia.
P.S: Arte da bandeira JBibas.

2 comentários:

  1. Tres belas raças propulsionam sangue inesgotável nas veias de intrépidos brasileiros. Longos embates produziram inomináveis mártires e heróis sem glória. Pra quê insinuar outras cabanagens se há pouco confiscaram nossas armas. Usemos a cabeça e pratiquemos a tolerância. A partilha ficou boa demais, ao menos manteve-se a mesma etinia. Aliás nossa gente é de toda miscigenação brasileira a mais diluida, juntada, misturada, amassada, mexida que se tem notícia. Nem cotas, sejam elas cafusas, mulatas ou caboclas, flagrantes são disputadas nas universidades. Geologicamente o Pará se aproveitará dos sedimentos (tudo aquilo que nossos rios e tributários depositarem em sua fóz com o Atlântico. Carajás revolverá o subsolo e descobrirá novas jazidas de mil riquezas; já tem essa vocação. Restará ao Tapajós os esconderijos nas selvas, a garimpagem dos afloramentos, o encontro com novas nações indígenas e voltar a usar arco e flexa para sua subsistência. Não mais haverá sangue perdido, pois: "..descendo ta tribo Tupi. Da tribo pujante, que agora anda errante por fado inconstante, Guerreiros nasci; sou bravo sou forte, sou filho do Norte; meu canto de morte, Guerreiros ouvi." Ao amigo Flávio dedico este pedaço de JUCA-PIRAMA, do maranhense Antonio Gonçalves Dias.

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