Explico. Começo traçando um quadro da greve nas universidades e dos demais servidores públicos.
A greve começou fraca, parecia que não ia pegar, de repente se alastrou, se consolidou, ganhou força e visibilidade na mídia.
Assembléia que decretou a greve: concorrida.
A greve dos professores e funcionarios das IFES (Intituições Federais de Ensino Superior) juntamente com a greve dos sevidores da Polícia Federal, Receita Federal, médicos do Ministério da Saúder foi durante alguns dias o foco das atenções da mídia.
Estabeleceram-se negociações entre os diversos sindicatos e os respectivos ministérios. Houve avanços, acordos, tanto que algumas categorias começaram a voltar e o governo começou a endurecer com os servidores de carreiras de estado como fiscais e policiais federais.
A certa altura o governo anunciou que as negociações teriam que se encerar sexta-feira, 24, último dia hábil para incluir na proposta do orçamento de 2013 a ser enviado ao Congresso. O goveno também anunciou o corte de ponto dos funcionários faltosos.
É evidente que isso é um golpe mortal em greve de classe média.
Não se pode negar que as universidades tiveram um tratamento diferente do governo, tanto assim que os sindicatos que representam as categorias, o Proifes e dos serviores aceitaram as propostas.
Não que a proposta do governo seja o supra sumo, a redenção, foi o que a FORÇA da GREVE e as alianças políticas que o Movimento dos Professores e Servidores conseguiram conquistar. Foi o REAL, foi o POSSIVEL.
Veja o quadro atual:
1-O governo encerrou negociações com os servidores, pois a data base já foi ultrapassada, agora só 2013 para valer em 2014.
2- Várias universidades já voltaram ao trabalho e a tendência é aumentar.
3- Os sindicatos que representam a categoria um é a favor do fim da greve (PROIFES) e outro é contra (ANDES).
4- A greve das demais categorias só tende a se enfraquecer com o corte dos salários.
5- Agora o foco da mídia são os transtornos que a greve traz ao cidadão.
As assembleias esvaziadas.
Pergunta-se aos dirigente da Adufpa:
Vocês acham mesmo, que nesse contexto, o governo vai retroceder e reabrir negociações?
É CLARO QUE NÃO
E no íntimo muitos sabem disso, ou é caso clínico.
A greve agora é a aplicação da velha lição Leninista de "Agitação e Propaganda" é preciso criar no seio das massas, no ambiente social, um clima de "agitação" para que se possa fazer a "propaganda" das soluções dos problemas que agitam as massas. Neste momento esta é a tática do PSOL e PSTU, no passado foi a do PT.
E particularmente na UFPA interessa prolongar a greve para manter armado o palaque da Profa. Vera Jacó, candidata à reitora na próxima eleição.
É por isso que agora a greve não é mais para desgastar o governo. O governo já avaliou o desgaste, contabilizo-o e assumiu uma posição.
Por isso agora a greve é contra os estudantes, os vestibulandos, estes é que são as vítimas dos interesses partidários e pessoais que sustentam esta greve.
Sem representatividade.
Eu tenho certeza que a maioria dos profesores, que no início apoiou a greve, agora não apoia mais.
Tudo bem, podem me charmar de reacionário, de direitista do que quiserem.
Mas eu vos faço um desafio.
Em vez deste modelo de governança consagrado pela burguesia, que é a democracia representativa, onde se elege um sindicato para representar os interesses da categoria, ou um parlamento para representar a população, eu faço uma proposta Anarquista, governo direto, vamos fazer um plebiscito, para ouvir a opinião dos professores, de todos os professores.
O movimento perde o rumo.
Se o resultado for pela manutenção da greve, eu prometo imprimir e engolir 100 cópias deste post aqui, onde houve esta grotesca cerimônia medieval de queimar a Dilma, que, como se vê, contou com a participação de muitas centenas de professores.
Se viva a Dilma já não se pronunciava, imagine morta. HAHAHA
ResponderExcluirConcordo com essa tua crítica atual do movimento, perdeu o foco classista agora virou palanque eleitoral desta e de futuras eleições.
ResponderExcluirTexto FALACIOSO!!! Foto arquitetada, tratava-se de uma sexta feira, dia habitual de descanso dos docentes.
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