quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Veja, comprei pra conferir

Há anos que não leio a Veja, a revista perdeu totalmente a seriedade.
Um amigo meu qualifica, "aquele é um leitor de Veja", para falar de pessoas ingênuas.
Faz, aquilo que os militares diziam dos eternos insatisfeitos, "oposição sistemática" aos governos do PT.
Eu, que nunca fui do PT, reconheço isso.
Os jornalistas da Veja sabem de cada coisa, parece que eles tem um repórter em baixo da cama de cada autoridade brasileira.
Nesta edição uma pérola, eles dizem que a Dilma e a filha não se dão bem e que a Dilma teria dito: - agora nesta doença ela tem me telefonado mais.
Será que a Dilma, candidata a presidente da república, iria, mesmo, dizer isso por aí, a esmo?
Se dissesse, seria para alguém de tamanha intimidade que não iria comentar com repórter da Veja que são inimigos declarados do PT.
Pois bem, comprei a edição da posse para conferir as previsões, se tudo o que eles estão prevendo vier acontecer, se preparem para a tragédia, o Brasil vai se acabar.
São como as previsões do filme koyaanisqatsi (universo em desequilíbrio) dirigido por Godfrey Reggio e com música do compositor Philip Glass.
Vou guardar a revista, quem viver verá!

3 comentários:

  1. Caro Flávio
    Creio que foi uma inútil compra, pois, essa publicação jamais confessará um erro ou mesmo um equívoco tal a arrogância que cultiva. O erro é sempre da realidade e dos outros. O critério adotado para as previsões futuristas tem o mesmo valor das antigas colunas sobre astrologia dos diários – era tarefa do redator com menos serviço-, enquanto que nessa futurologia, o importante é acentuar a sensação de pânico e reforçar valores político-econômicos que estão a desaparecer. No momento, por exemplo, estamos a acompanhar o gradual derretimento de um sistema imperialista e como ele, o surgimento de novas necessidades e desafios em termos sociais, econômicos e políticos. Como o atual sistema apresenta os claros sinais de esgotamento e decadência, para os arautos e sócios desse sistema, é muito difícil aceitar esta realidade. Daí as previsões serem centradas nos efeitos e não nas causas.
    No caso brasileiro, que é o que nos interessa de imediato, há um quadro de instabilidade econômica mundial bem perigosa, pois, parte do império pretende sobrevida com o que puder extrair deste hemisfério. Como o império há algum tempo perdeu a capacidade da iniciativa produtiva, só resta a alternativa do sucateamento das economias periféricas e a transferência do que há de valor econômico real como forma de sustentar essas velhas estruturas oligárquicas financeiras que o dominam há mais de um século.
    Segundo insuspeitos economistas estadunidenses, como Paul Craig Roberts, ex-Sub-Secretário do Tesouro de Ronald Reagan, os EUA deverão começar a sentir os violentos e graves efeitos da crise sócio-econômica já a partir de 2011, algo que poderá criar sombrios panoramas para a já frágil e combalida democracia representativa estadunidense. Para Paul Craig Roberts, o ano de 2012, por exemplo, será o marco zero da débâcle do país. Ou seja, nós, por aqui, temos que estar prontos para reagir e suportar o desespero imperial para adiar o que parece ser inevitável.

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  2. Bom, companheiro, um repórter debaixo de cada cama não tem a Veja, mas uma rede privilegiada de informantes, isso tem. É uma verdadeira agência. Quanto à tendência anti-petista, a coisa funciona à americana: imparcialidade no levantamento dos dados, partidarismo na utilização dos mesmos. Todos os jornais têm tendências. Mas um professor que tive já chamava a tal revista de "a Não-Veja"

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  3. Lamento discordar da Ana Lúcia, pois, a citada revista não tem nenhuma rede de informantes, porém um grupo de setoristas de política que se especializou em "interpretar" subjetivismos de Partidos, dirigentes políticos e dos altos escalões do Poder Executivo. É uma autêntica central de boatos e fofocas, cuja característica básica é a inexistência de fontes, sempre tudo em off. O anonimato é o paraíso do falso jornalismo político e econômico.

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