quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Só restauro não salva Palacete Pinho



O restauro do Palacete Pinho é sem duvida uma conquista da cidadania belemense que lutou pela sua preservação desde 1986.
Só que a alegria desta vitória ameaça a acabar com a inauguração.  Além do risco da prefeitura simplesmente inaugurar para dar a impressão de que cuida do centro histórico, um outro problema, mais grave, poderá inviabilizar a sua utilização como agente de requalificação do bairro histórico. 
Já esta comprovado que o esforço de recuperar um imóvel sem que o tecido urbano no entorno seja reestruturado é sempre inócuo, pois o acaba sem um uso sustentável, veja o caso do palacete Bolonha, também restaurado faz menos de 10 anos e que agora está fechado.
Outro exemplo são as obras feitas no chamado complexo Feliz Lusitânia, também intervenções de qualidade, mas que não conseguiram mudar a cara do bairro que continua deteriorado e descaracterizado.
São muitos os problemas, dentre os quais destaco a inexistência de definições para a circulação de veículos permite que muitos ónibus, caminhões  e carretas circulem pela rua Dr. Assis produzindo barulho, poeira e criando entre os dois lados da rua uma barreira, além de física, psicológica.
A Cidade Velha precisa de um plano de requalificação, que defina usos a serem incentivados, regule a circulação de veículos, defina gabaritos, regulamente a criação de vagas de garagem e estacionamento, recupere as ruas e as praças para devolve-las aos moradores do bairro e da cidade.


A foto é do Dirceu Maues

3 comentários:

  1. Sensacional, é isso mesmo. Que "eles" entendam.

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  2. Sensacional, é isso mesmo. Tomara que "eles" tenham ouvido ou melhor lido.

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  3. Além da trepidação que os veículos pesados provocam nas estruturas dos edifícios.
    É isso aí se tornam ilhas dentro de uma paisagem completamente adversa.
    Professora Glória Velasques
    Doutora da vida

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