terça-feira, 18 de dezembro de 2012

MAIS IMPORTANTE QUE O FATO É O RELATO

Esta é uma história da luta de Eros um deus primordial, filho de Caos, belo e irresistível, sempre ignorando o bom senso, e agindo como criança.


Contra o vaidoso Lúcifer, o mais belo dos anjos, antes da queda, que nem a deus quis se curvar.

Quem vencerá?
Eros, o amor ingênuo e leve que torna a todos criança.
Ou Lúcifer com sua sede de conquistas e glórias?

O fato é recorrente entre grupos de casais amigos que saem juntos, e, de repente, pinta um lance entre dois.

Pois é aconteceu, não deu mais pra segurar e explodiu. Num dia em que o marido dela e a mulher dele estavam viajando.

Na hora combinada estão no shopping Boulevard, ela sem carro, ele no dele. Ela tomando café, ele passa, se encontram normalmente e conversam, ele diz o piso da garagem onde está estacionado. Daí a pouco (como naquelas operações policiais em que as portas se abem ao mesmo tempo), e lá estão os dois, protegidos pela película bem mais escura que a permitida.

Ela nervosíssima achava que tinha sido vista pela concunhada do marido da ex-vizinha. Ele resolveu dar um giro na cidade enquato ela se tranquiliza.
Mais calma, ela pergunta se o carro tem adaptador pra iPhone, tinha feito uma seleção especial, começando pelas músicas dos 15 anos da filha dele, quando o clima pintou pela primeira vez.

Situação controlada, ele já pega a Pedro Alvares Cabral, ela aumenta o som, se pendura no pescoço dele, as mão passeiam livremente, o sinal fecha, beijos, chupões...

pulsação a mil, temperatura a mil, ela a mil, o vestido já subiu, ela já quase em cima do câmbio, testosterona corre nas veias, pulsam, crescem, endurecem. Ondas de estrogênio humidecem, melam, escorem.

Ele dá sinal de pisca-pisca pra entrar no motel.

Ela diminui bruscamente o som:

Amooor promete que você não vai contar pra ninguém!

Ele vira o pisca para o outro lado, muda rapidamente de direção.

Ah! se não pode contar, não tem jogo.

Um comentário:

  1. Luiz Mário de Melo e Silva18 de dezembro de 2012 às 08:20

    É por isso que se deve mais que respeito às mulheres. Quanta inteligência para não ir à cama, desnudando o canalha que há ao lado. Belo presente de natal a elas: a louvação da inteligência delas.

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