sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

O RETRATO QUE TE DEI, SE AINDA TENS NÃO SEI, MAS SE TIVER DEVOLVA-ME

Entre as opiniões sobre o post “COMO NIEMEYER CHEGOU NO ENTRONCAMENTO”, recebi um comentário irritado, cobrando-me direitos sobre uma imagem que utilizei para ilustrar o referido o texto. Como não havia entendido - inteiramente – o teor das reclamações, pedi à autora me explicasse melhor a questão. A resposta veio grosseira e equivocada.

Sou acusado de:

1- usar uma fotografia de sua autoria e não atribuir-lhe os créditos.

R= No mundo da internet não há nada que prove a autoria da citada foto, o fato de estar no blog dela não indica autoria. Na internet, as fotos consideradas autorais são identificadas pelo sinal @, seguido do nome do fotógrafo, ou por uma legenda do tipo “foto de”.

O modo mais adequado, para quem deseja marcar a autoria de uma foto, é usar um programa que adiciona à imagem uma marca d'água, com o nome fotógrafo e, se quiser, com as permissões de uso, copy right, copy left, etc.

Pronto resolvi o problema, fiz uma "intervenção" na imagem, agora depois de "sampleada" ele é outra coisa, tem outro significado, é de minha autoria.

2- pelo que pude entender, o texto é confuso, sou também acusado de me apropriar das ideias da autora:

“(...) de onde, possivelmente, foi retirada também sem as devidas referências e onde postei entre aspas essa referência da importância da construção do Monumento à Cabanagem como fato referencial objetivo aos cabanos.
A criação do blog Marcos do Tempo visou justamente a difusão de trechos deste meu trabalho, visto que eu encontrava, com muita frequência, citações inspiradas de pessoas que, na verdade, foram achados construídos em articulações e trabalho braçal e intelectual árduo, sob a orientação da professora arquiteta e futura doutora Elna Trindade e co-orientação do MSc Tadeu Costa.
Ideias, amigo, bem citas, são apropriáveis e nem sempre é dado crédito, mas construção intelectual e autoral, reza a regra, deve ser respeitada (..).

Então é isso, a autora reclama para si a descoberta de que há dois momentos distintos. O primeiro no qual são homenageados apenas as forças legalistas, imperiais, que reprimiram a Cabanagem, representado pelo monumento à Andrea. E um segundo momento, quando é erguido o monumento de Niemeyer.
Mas isso estáva explicitado claramente nos objetivos da criação da comissão intituída por Jader: resgatar a memória dos Cabanos; tira-los do limbo da história para glorificá-los.
Parece-me óbvio, e razoável supor, que a construção do monumento exaltando a revolução cabana, tinha tamanha carga simbólica que compreensível, para qualquer cidadão. Creio não ter sido objetivo da comissão construir um monumento cujo sentido fosse tão oculto, que só pudesse ser decifrado décadas depois.

Encerro por aqui minha participação nesta história, tenho mais o que fazer, lembrando-me de um personagem que impressionou Goethe em sua Viagem à Itália: São Felipe Neri. A ele Goethe dedicará, mais tarde, um estudo: "Felipe Neri o santo humorista".
O bem humorado Neri, fundou uma ordem cuja divisa, me diverte muito: “Spernere mundum, spernere tu ipsum, spernere te sperni”, que em tradução/traição livre seria:

Não leva a sério o mundo,
não te leva a sério,
não leva a sério quem te leva a sério.

4 comentários:

  1. E o teu post não reivindica a autoria da foto que ela diz ser dela. Simplesmente publica.
    Oscar Botelho

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  2. Será que o grafiteiro pediu autorização a Da Vinci para utilização da Gioconda?

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    1. Pelo menos deveria ter citado a fonte, o museu onde se encontra., etc.

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  3. Latifúndio digital? Somos posseiros! :)

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