segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Querida, vamos lamber ferida !

Como disse o Governador Jatene, passado o dia do plebiscito, qualquer que fosse o resultado, o dia seguinte seria para lamber as feridas.Aqui.

HAJA LÍNGUA
Preocupa-me sobretudo os jovens, que com justa razão, percebem o desleixo como tem sido tratados, há décadas, aspirando melhor futuro acreditaram que a divisão do estado seria a solução, fizeram disso sua própria causa.
Subiram neste rabo de foguete como quem vai atrás de um sonho.

A desilusão do fracasso, as feridas, de que fala o governador, os traumas, as mágoas, as frustrações, o sentimento de traição, criará na sociedade paraense o sentimento de divisão, de diferença, de preconceito, de vencedores e vencidos que levantará barreiras e até movimentos de auto-exclusão.
Não mais o sentimento de unidade, mas antagonismo.
Pra começar
Quem vai colar
Os tais caquinhos
Do velho mundo
 
Pátrias, Famílias, Religiões
E preconceitos
Quebrou não tem mais jeito


O mau que estes desmatadores, incendiários, destruidores da floresta e da biodiversidade, tocaiadores de sindicalistas, de freira progressista, perseguidores dos sem-terra, assassinos de rios e igarapés, causaram na alma paraense terá consequências imprevisíveis.
São incalculáveis os custos psicossocias destas fraturas, da animosidade, do mal estar social, civilizacional, do sentimento de derrota, que acabarão por criar má vontade, que dificultarão as relações de trabalho, administrativas, e afetarão a felicidade geral das pessoas.

(Felicidade já não é mas artigo de luxo, a ONU já estuda como quantificar o índice de felicidade da população, além do seu PIB.)


Só quem não tem o menor senso de responsabilidade histórica e se deixa mover por delírios de grandeza, por interesses meramente pessoais, em estado de surto psicótico pode ter imaginado que uma proposta sem a menor consistência técnica, justificativa econômica, seria capaz de iludir a maioria do eleitorado paraense, que contra seus interesses, votaria a favor de conceder a uns poucos barões e seus capangas, novas capitanias hereditárias que pudessem ser loteadas e exploradas a bel prazer.

(Só a brincadeira do plebiscito já custou ao povo brasileiro R$ 14 milhões).

Por isso eu achava que o governador deveria entrar logo no debate, que combatesse logo, com os justos argumentos da razão esta falácia hipócrita, que não a deixasse progredir, que não permitisse que os sonhadores viajassem na maionese e se imaginassem neste futuro farto, sadio, venturoso.
A doença da esperança uma vez instalada é mais difícil de curá-la sem deixar sequelas.
A matemática do NÃO era exata, a legitimidade do governador para abortar a estultice, nas primeiras semanas de vida era o claro caminho da sabedoria.
Ingenuidade pensar que conciliaria, de cima do muro, na base dos beijinhos, e carinhos, sem ter fim,



os "intere$$es" desses "inimigos públicos" com os interesses estratégicos do povo, do governo e do "estado".
Quando, no meu entendimento, tarde demais, Simão desceu, foi recebido com cacetadas, bordunadas, chumbo grosso enfim, por seus "aliados" e integrantes de seu governo.
Agora, ele bem reconhece, sobrou pra ele, a triste missão de [ARGHH!!]:

LAMBER AS FERIDAS.

Mas, Simão ainda desceu, tarde, mas desceu.
Imperdoável o silêncio de Jáder, se postula ser o grande líder da política paraense da passagem do século 20-21, com a experiência acumulada pelos mandatos e cargos que ocupou, se se diz vítima de perseguição política por parte do STF, (no que tem razão) era o momento de honrar os mais de um milhão de votos que recebeu para representar, na Câmara Alta, esta integridade territorial e política que se chama Pará, tinha a obrigação de apontar, como condutor, o caminho da terra prometida, e não ficar escondido atrás da moita.

6 comentários:

  1. Parabéns, magnífico este post!

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  2. Gostei também! Muito bom!

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  3. Só não me peça para dar um beijo de língua no deputado Geovanni Queiroz, que, segundo li, anda pregando radicalização junto ao governo do Pará, nem Lira Maia, que veio com essa proposta fajuta de transferir a capital para Altamira (ele só não diz quem vai pagar a conta! É mal de separatista: cria despesa sem apontar a origem da despesa).

    No mais, parabéns pela postagem.

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  4. No que diz respeito aos desmatadores, incendiários, destruidores das florestas e da biodiversidade, tocaiadores de sindicalistas, de freira progressista, perseguidores dos sem-terra, assassinos de rios e igarapés, esse mal / mau continuará pertencendo o Pará Gigante e Unido, como se fosse criar uma nova casta num novo Estado, essa casta já existe e está bem alimentada pelos governantes passados e atuais, penso eu, agora sem a possibilidade empírica de comprovar os fatos futuros, que com a criação dos novos Estados, possibilitaria que a fiscalização (DRT, INCRA, POLÍCIA FEDERAL, JUSTIÇA FEDERAL E ESTADUAL, CORPO DE BOMBEIROS, SEFA, INSS e OUTROS estariam mais próximos sem a justificativa de sempre, desses órgãos, não tenho dinheiro para pagar diárias...perdemos essa possibilidade, quem sabe daqui há 20 anos vamos abrir a caixa de pandora e verificar os nossos pecados e descobrir que um deles tem a marca do egoísmo.

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  5. No que diz respeito aos desmatadores, incendiários, destruidores das florestas e da biodiversidade, tocaiadores de sindicalistas, de freira progressista, perseguidores dos sem-terra, assassinos de rios e igarapés, esse mal / mau continuará pertencendo o Pará Gigante e Unido, como se fosse criar uma nova casta num novo Estado, essa casta já existe e está bem alimentada pelos governantes passados e atuais, penso eu, agora sem a possibilidade empírica de comprovar os fatos futuros, que com a criação dos novos Estados, possibilitaria que a fiscalização (DRT, INCRA, POLÍCIA FEDERAL, JUSTIÇA FEDERAL E ESTADUAL, CORPO DE BOMBEIROS, SEFA, INSS e OUTROS estariam mais próximos sem a justificativa de sempre, desses órgãos, não tenho dinheiro para pagar diárias...perdemos essa possibilidade, quem sabe daqui há 20 anos vamos abrir a caixa de pandora e verificar os nossos pecados e descobrir que um deles tem a marca do egoísmo.Nelson Marzullo Maia

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  6. Bom,sou gaúcha,mas brasileiríssima.
    E sofro da mesma dor,a omissão dos que juram,em falso,me proteger.
    Sofremos todos,do sul ao norte,deste mal que padece a humanidade,a fome de destruição,a sede de poder,e a canalhice
    natural de certos seres,quase humanos.
    Parabéns!
    Gritar,ainda que em pleno deserto.....porque eu também faço isso.

    E eu lambo minhas desesperanças,minha fé que fraqueja,meus sonhos que definham....completamente só....não fosse espaços como este.

    Algo sempre se salva no carilhão das horas.

    Muita paz.

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