Não vou comentar a resposta de Jesus à pergunta de Pilatos, és o rei dos Judeus, narrada no Evangelho de João: o meu reino não é deste mundo, que daria à missão de Cristo apenas caráter transcendental, eximindo-se de compromisso histórico temporal.
Ou, simplesmente, como disse o Caetano Veloso: Eu não sou daqui...
Quero imaginar a frase pronunciada por um homem, em um momento de desespero, de solidão, cercado de gente medíocre, ambiciosa, sepulcros caiados (brancos por fora e podres por dentro).
Não na perspectiva de um rei de reino, com trono, corte, governo, mas na dos reinos da natureza:
O meu reino não é deste mundo humano, do reino animal.
Não teria sido mais proveitoso ter nascido musgo, no reino vegetal?
Mais útil pedra, no mineral?
Mais belo fera?
Eu queria ser musgo. Discreto e tranquilo.
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