sábado, 10 de dezembro de 2011

O fim dos SIM-nicos

Vamos ao popular, acredito que um raciocínio muito rasteiro, deve ter amadurecido coletivamente, caiu a seguinte ficha:
Já temos ladrões demais pra sustentar, por que vamos aumentar nossa cota de sacrifício?
Isto começou a ficar evidente para da população dos aspirantes novos estados, quando viram que os proponentes do projeto e coordenadores da campanha, tinham nanicos currículos e alentadas folhas corridas.
Recente estudo de Manuel Castells, mostrou que na Europa a credibilidade dos políticos como agentes sociais, está geralmente abaixo da 10ª posição. No Br, o IBOPE confirmou esta tendência, a Polícia, violenta e corrupta, teve melhor desempenho que esta chusma.
Esqueceram os pró-homens, salvadores dos frascos e dos comprimidos largados nas barrancas dos rios e abandonados nos atoleiros das vicinais, dos processos que respondem, das cassações que sofreram, etc, etc, etc.
O argumento que usavam: vocês vão poder encontrar um deputado estadual em cada esquina, um federal em cada boteco, um senador em cada igreja/templo; despertou um sentimento muito humano, aquele expresso na famosa oração do traído(a): Senhor se eu for traído(a), que eu não saiba, se eu souber que eu não veja, etc.
Ou seja é preferível ser roubado pelo ladrão distante, do Belém, do que ver com os próprios olhos, que um dia esta maldita terra há de comer, o irmão da Igreja do Evangelho Redondo, que passava naquela bicicletinha ferrada, bíblia encebada debaixo do braço, agora, deputado federal, esnobando de Hilux, refrigerada, motorista, sonzão de gospel. Melhor não correr o risco de ver estas cenas.
Se a ocasião faz o ladrão, por que aumentar o número de ocasiões?
Outro erro fatal, dos SIM-nicos, pensaram, faremos uma grande campanha vamos ter o melhor entre os melhores, vamos ter o Duda Mão-de-onça, o magnífico, o mago, os três reis magos num só.
Mas o diabo é que a imagem do mago tá mais suja do que poleiro de urubu do Ver-o -peso, e em vez de ajudar só complicou. Associou o projeto com a malandragem nacional, com os bandidos federais, com os Mensalões.
Tiro mortal foi a entrada de José Dirceu, sonhado mandatos senatoriais, pensava que sua entrada carregaria o peso e a credibilidade de cacique do PT nacional, se Lula e um certo cardinalato PTista, sabem reconhecer seu pragmatismo, o papel que teve na contrução do projeto de ascensão do partido ao poder e, por isso, o preço amargo que pagou, para o público em geral, e para os grileiros e aventureiros que queriam declarar a República Livre de (qualquer controle) do Faroeste e Sul-Sudeste do Pará, o Dirceu era uma ameaça perigosíssima, pois poderosíssima. (Paulo Henrique Amorim, blogueiro amolecado à serviço dos lobbys do Zé, e sua presença no programa dos SIM-nicos, só confirma o que digo).
A loucura e os sonhos de grandeza transtornam, não seria propaganda miraculosa nem os lobbies poderosos, bastava a mais simples matemática para ver que o sim era inviável.
Os índios de Belém e tribos vizinhas, sendo maioria, teríamos que abrir mão de nossos futuros para esses caubois, incultos-bárbaros, safados e oportunistas.
Nós índios papaxibé nos propomos a chamar o povo destas regiões e CONSTRUIR UM GRÃO PARÁ COM ELES, índios daqui, com índios maranhenses, goianos, paranaenses, piauienses, gaúchos, mineiros, capixabas, paulistas, brancos, pretos, índios mesmo, sem mentiras, em um esforço que nunca foi feito.
QUANTO ORGULHO SER FILHO, TODOS AQUI NASCIDOS OU NÃO, TEREMOS DE VIVER NESTA TERRA.


P.S.: As pesquisas e o resultado do plebiscito mostraram que o sim, foi perdendo adeptos nas regiões que pretendiam se emancipar, o que confirma minha tese.

Um comentário:

  1. Pensaram que o povo paraense era um bando de lesos, mas, depois dessa surra nas urnas, vão ter que mudar de opinião.

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