quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O bem sempre foi praticado por indulgentes criaturas

Há exatos 115 anos atrás, quando o jornal Don Quixote no. 77, de 19 de dezembro de 1896, denunciava uma série de escândalos vividos por deputados, senadores e ministros de Estado que gastavam fortunas com amantes, as famosas "cocottes".
Havia até um Ministro da Fazenda, Joaquim Murtinho, que chegou ao cúmulo de colocar o retrato de suas amantes nas notas de dinheiro impressas na Casa da Moeda. Sua amante predileta, uma espanhola, saiu na nota de Dois Mil Réis, que pode ser vista na vitrine do quarto andar do Centro Cultural do Banco do Brasil, no Rio.
O chargista italiano Ângelo Agostini publicou nesse número um desenho mostrando duas "cocottes" conversando desconsoladas pelo fim de seus "romances". O título é: "As únicas que têm saudades."



"Estás triste?"
"Pudera, minha costureira mandou-me a conta! Agora é que reconheço quanto eu amava meu deputadozinho."
"E Eu, o meu senador era tão bom, que dividia inteiramente seu subsídio comigo."
"E há quem fale mal dessa boa gente..."

Recebi de meu primo distante Paulo Elpídio de Menezes Neto

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