Na foto, Maurício Santos, Diretor Norte da Vivo, eu, e o presidente da Telefônica Brasil, Antônio Carlos Valente.
O encontro promovido pela Telefônica Brasil e Vivo, em parceria com a Pró-Reitoria de Relações Internacionais (Prointer/UFPA), reuniu a comunidade acadêmica e os representantes do setor empresarial, além de especialistas em comunicação e mídias digitais.
O evento foi aberto pelo titular da Prointer, Flávio Nassar, que destacou a parceria, por meio do Projeto UFPA 2.0, com a empresa de telefonia. “Já tínhamos uma parceria com a Vivo, por meio da qual alunos de diversas faculdades foram treinados para serem produtores de conteúdo. E agora, já com a empresa Telefônica que incorporou a Vivo, temos o envolvimento de professores da UFPA, os quais têm a oportunidade de apresentar projetos como o de Belterra.
Pesquisa – Em 2010, a incorporação da Vivo ao Grupo Telefônica permitiu a expansão dos serviços e o acesso às novas tecnologias de comunicação, transformando o cotidiano de localidades como o município de Belterra. Com a implantação de uma antena 3G no município, os moradores passaram a utilizar ferramentas como a internet e o celular de terceira geração.
Distante a cerca de 200 quilômetros de Belém, o município foi objeto de estudo da professora Kalynka Cruz ,da Faculdade de Comunicação da UFPA, com apoio da Vivo. A pesquisa intitulada “O celular e a bicicleta: um estudo de caso sobre a chegada da tecnologia na cidade de Belterra” teve como objetivo avaliar a influência das novas tecnologias na população local e contou com o apoio da empresa.
O trabalho teve como base entrevistas e questionários. Foram ouvidos mais de 100 moradores desse município. Entre os resultados obtidos, a professora Kalynka Cruz destaca impactos positivos na educação, no trabalho e nas relações pessoais.
De acordo com os dados da pesquisa, entre os jovens entrevistados, 74% disseram que fazem uso da internet/celular para o aprendizado, e 65,5% complementam as matérias da sala de aula com pesquisas na web. O estudo também apontou que as pessoas passaram a buscar uma formação pela internet.
O estudo também levantou a prestação de serviços e as relações de trabalho e renda. “Com o celular em casa, a pessoa passou a ter acesso a serviços de entrega em casa, por exemplo, e isso dinamiza”, ressalta.
Outra observação é quanto ao relacionamento entre as pessoas que, segundo Kalynka Cruz, era comprometido pela distância, e o uso dessas ferramentas permitiu o fortalecimento de laços familiares e de amizade.
A pesquisadora destacou, também, a atenção para os problemas advindos de uma nova tecnologia, como a dependência do uso de celular e internet e a falta de estímulo à leitura, mas, segundo ela, também está ligada à dinâmica que se vive nos dias atuais, “uma sociedade rápida, líquida, como diz o sociólogo Zygmund Bauman, a qual quer tudo mastigado e a internet acaba servindo a esse propósito. Então, é claro que você tem que fazer um trabalho de estímulo à leitura também”, pontuou. “Eu acho que o mais importante de tudo é educar as pessoas para o uso da tecnologia e não impedi-las de ter acesso, porque isso faz parte do direito que elas têm”, finaliza.
Lançamento – O presidente da Telefônica Brasil, Antônio Carlos Valente, fez uma breve apresentação do Relatório Anual de Sustentabilidade referente aos programas e projetos da empresa, correspondente ao ano de 2010. Este é o sétimo documento apresentado e o primeiro com a participação da Vivo. “Este ano, agora com um alcance nacional, nós tivemos a oportunidade de lançar o Relatório no Pará, não só por ser um Estado que representa muito da diversidade brasileira em tudo o que a gente pode pensar em termos de meio ambiente, mas também por todo o trabalho maravilhoso que a UFPA fez nos auxiliando com o projeto em Belterra."
De acordo com o relatório, a estratégia sustentável do Grupo tem como objetivo gerar confiança baseada na construção de relações sustentáveis com os públicos de interesse por meio do compromisso com a sociedade. Além disso, os esforços da empresa estão focados na gestão dos impactos gerados pelos negócios, no sentido de aumentar os impactos positivos e o diálogo transparente com o público.
Texto: Ericka Pinto - Assessoria de Comunicação da UFPA
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