quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Atenas declarou guerra à Tróia pela honra de suas mulheres. E nós, vamos guerrear com o Amazonas?

Pela amor de Deus, tão querendo fazer tempestade em copo d'água, nesta história do Amazonino Mendes ter dito para a paraense: então morra minha senhora. Basta ver o vídeo e entender o contexto em que a frase foi dita.
O problema é que nesta sociedade do espetáculo, dominada pela mídia, tudo assume esta dimensão de teatralidade.
Se o governo de plantão não se manifesta a oposição de plantão vai chama-lo de frouxo, medroso, fujão, para que eles, os oposicionistas, se mostrem como os únicos e melhores defensores do povo.
Em situação inversa todos os papeis se trocariam. Mas no fundo tudo não passa de encenação.
Cadê que algum destes indignados foi lá resgatar a pobre paraense das garras do dragão da maldade.
Sabe o que eu acho, existe um rancor acumulados dos paraenses contra amazonenses.
O Pará por incompetência e das nossos lideranças (políticas, empresariais, intelectuais) esta perdendo o protagonismo na região: Manaus vai sediar a copa, seu aeroporto tem voos diários para o exterior, a cidade é a principal referência para o turismo ecológico, etc, etc, etc.
Agora, quando acontece um caso como estes, aqueles são os principais responsáveis pela nossa decadência querem se exibir para a população se enchendo de brios.


Se é assim, minha proposta é radicalizar, vamos declarar guerra ao Amazonas, por muito menos Atenas declarou guerra à Tróia para defender a honra de suas mulheres. Honra não se lava com retórica, mas com sangue.
Na volta, no butim, tragamos de lá o Boi de Parintins, o Festival Internacional de Ópera, o título de metrópole da Amazônia.
Isto se nossos bravos generais ganharem a guerra.

4 comentários:

  1. "- Você é de onde?
    - Eu moro aqui mesmo.
    - Você é de onde? de onde?!
    - Eu sou do Pará.
    - Então pronto, tá explicado..."

    O problema não é o "então morra", mas sim o "tá explicado". Não se pode negar o preconceito amazonense contra paraenses, muito menos o fato de uma autoridade reforçar esse discurso boboca ser, no mínimo, deselegante. Seria a mesma coisa que, guardadas a s devidas proporções, o Jatene brincar com migrantes maranhenses de Codó ou a Dilma endossar uma piada contra argentinos. Duro de engolir, não achas?
    Quanto à guerra, se ganhássemos, também poderíamos trazer de lá o Milton Hotoum e, de embalo, o Márcio Souza.

    (e se eles ganhassem, quem levariam além do Bené?)

    Igor Alves.

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  2. Se o Bush não tivesse começado as guerras que dsencadeou depois do 11 de Setembro e não tivesse ajudado a promover a execução do Saddam, também teria entrado para a história como um frouxo. Flávio, em alguns casos, a tua teoria da teatralização dos fatos se aplica. No caso do Amazonino, apesar do contexto, a pisada no pé dos paraenses foi bem real. Bjs

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  3. Na sociedade ateniense da época só o que importava era o interesse da aristocracia, tanto que se fosse uma mulher qualquer ninguém teria se importado mas como a referida mulher era Helena, a mais bela, desejada e disputada por príncipes e reis, a história foi outra. Na sociedade atual nem o governador do Amazonas, nem o prefeito de Manaus, nem ninguém em sua sã consciência teria coragem ou mesmo vontade de ofender qualquer pessoa de importância relevante para a sociedade, seja ela paraense ou não. Verdade que se incomodaram com a ofensa que ela recebeu mas ninguém está nem aí pra ela se continua viva ou confome a vontade do prefeito morreu, se incomodam com as palavras, mas não com a realidade. O prefeito deveria realmente ter ofendido aos governantes do Pará, que não empregam políticas de planejamento familiar e obrigam seu povo a se tornar retirante. Mas o governador ia ofender aos excelentíssimos governantes do Pará ou a uma paraense pobrenota, sem eira nem beira, filha e mãe de ninguém?

    Os paraenses, na verdade como todo o povo brasileiro, deveriam declarar guerra aos governantes, eles arrecadam impostos como países altamente desenvolvidos e prestam serviços como países africanos altamente pobres.

    Graças à ZFM, Manaus é uma das cidades que mais arrecada no Brasil, Mas assim como em Belém, Tefé, Curralinho e tantas outras cidades no Brasil muito pouco dessa arrecadação retorna como benefício para a população, no entanto os escândalos de dinheiro desviado (principalmente em época de eleição) são corriqueiros.

    Não se enganem, não percam o fio da meada, é um problema quando percbemos que gente intelignte está se ludibriando com as propostas da dita classe dominante. Uma senadora se ofendeu, mas retirou a senhora e cenetnas de paraenses que podem ser esmagados na área de risco? Não, vamos repudiar o Amazonino que hoje vai dormir numa cama luxuosa e confortável e vamos torcer para os centenas de paraenses nas áreas de risco não sejam emagados. Ou tanto faz.

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  4. Maninho, este episódio me deixou com muita raiva, pois me lembrou da baixa estima que os paraenses vivem.Não é o xingamento do Amazonino,Não é a perda da copa,Não é o Boi Garantido e etc... O que me incomada mesmo é lembrar do Eike Batista, a maior fortuna do Brasil e a oitava maior fortuna do MUNDO,esta fortuna foi acumulada no Pará e no entanto nos vivemos na maior merda.Temos de escutar a xingação do Amazonino e ser piada no Brasil.
    Se tivermos que ir para a guerra, vamos gurrear pelas riquezas que nos roubam e fazem a fortuna os eikes do Brasil. Assim podemos resgatar as nossas tapuias dos perigos de Manaus e quiça do mundo.
    Riba

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