Como não se poderá arrolar no processo o responsável pela lei universal, quem vai pagar o pato são os irmãos-inimigos dos arquitetos, os engenheiros civis.
Para um entendimento mais amplo da questão tentarei construir aqui marcadores do cenário onde o sinistro aconteceu:
- A economia brasileira vinha de anos de baixo crescimento, a de Belém mais ainda.
- Os negócios imobiliários, sempre acompanham o ritmo da economia.
- Economia lenta, negócios lentos, baixa demanda por inovação tecnológica.
- Baixa demanda por tecnologia, poucos recursos para as universidades produtoras deste capital.
- De repente, no BRasil, PAC, os negócios começam a acelerar!!
- Mas, nos Estados Unidos uma crise sem precedentes é provocada pela explosão de uma bolha financeira baseada em negócios imobiliários.
- Analistas apontam que este crescimento do mercado da construção no Brasil pode seguir o caminho do irmão do Norte.
- Aproveitando as oportunidades de crédito, todos: bancos, incorporadoras, construtoras, operários, trabalham a toda velocidade.
- (Há décadas a Universidade avisava que as técnicas construtivas no Brasil eram atrasadas e de pouca produtividade, o que se explicava pela baixa oferta de emprego, que determinava baixos salários também).
- O mercado da construção, para atender a velocidade das demandas represadas, vai em busca de novos processos, tecnologias e materiais edilícios.
- A Universidade que havia sido mantida com poucos recursos até o segundo governo Lula, não tem diálogo com o mercado nem parcerias com as empresas de construção para gerar produtos e processos inovadores e adequados as nossas condições.
- Algumas novas tecnologias, materiais e processos são importados.
- Essas tecnologias, materiais e processos, muitas vezes, não são conhecidos pelos operadores deste complexo sistema produtivo, dos operários aos donos das empresas, passando pelos engenheiros e técnicos.
E aí a lei da gravidade vem e atrapalha tudo.
Tirando vidas ....
destruindo sonhos...
nós moradores da cidade velha, residentes da rua dr malcher e ruas vizinhas estamos planejando interditar esta rua em função do intensivo fluxo de kombis ema vans que acabaram com a trnaquilidade de uma das princípias ruas desta área, além de ser um crime contra a preservação dos espaços históricos.
ResponderExcluirVamos fazer barulho.
Contem com o apoio da Blog, podemos daqui, fazer uma tuitada para aumentar a mobilizacao.
ResponderExcluirBelem precisa de uma transporte coletivo publico de qualidade que opere com segurança.
Achei muito pertinente essas considerações que você faz sobre a falta de diálogo entre a universidade e as empresas de engenharia, em um ramo e uma região onde a pesquisa aplicada é crucial.
ResponderExcluirGostei da análise, Flávio. Apenas faltou situar a responsabilidade da Prefeitura de Belém e do CREA sobre esse problemão que atrapalha a construção civil: a Lei da Gravidade. Não tem como revogá-la?
ResponderExcluirSe tivesse como revogá-la, tenhamos certeza de que o fariam... Em Belem, lugar onde o interesse privado sempre se sobrepoe ao publico
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