Anotei uns comentários, podem parecer velhos, visto a velocidade que as análises são feitas na Net.
Sem a perícia que deverá ser feita com o rigor da norma técnica, até agora o que existe são opiniões.
Muitos opiniólogos se manifestaram, a mais folclórica foi do Nagib Charone, de que poderia ter sido um raio, reduzida a substrato de pó de cimento pelos leitores do Paulo Bemerguy. O Nagibinho é um engenheiro inteligente e culto, lê Euclides da Cunha, mas as vezes, defende causa não tão inteligentes. Uma vez debatemos na UFPA, em uma audiência pública sobre o projeto de macro-drenagem da bacia da Estrada Nova, ele a favor eu contra. Logo depois o engenheiro Luís Otávio Mota Pereira, justo por causa deste projeto, se desligou da Prefeitura de Belém. Até hoje o projeto sofre embargos do Ministério Público.
Outra opinião que eu diria assim, muito própria foi a do calculista do prédio atribuindo a queda a uma falha geológica.
Mesmo sem ser especialista nestas coisas tão profundas como é a Geologia, eu simples arquiteto aprendi que a avenida Nazaré e a Magalhães Barata formam o divisor de águas de Belém, são o cume de nossa acanhada geografia, tanto é que, a partir delas todas as direções são descendentes. Por exemplo, quem vindo da praça da República até são Brás, ao tomar a direita na Dr Morais, logo abaixo da Mundurucus já estará na área do Canal da Dr. Morais. Assim com a Quintino e a Quatorze da Abril. Para o lado esquerdo, a mesma coisa: canal da Nove de Janeiro e depois da Três de maio.
Logo estes terrenos são os mais altos e mais firmes de Belém, a sua situação é muito diferente do terreno onde estava sendo edificado o Raimundo Farias. Se isso só não bastasse, em área tão exígua como a que estava sendo construído o edifício, as perfurações de sondagem teriam identificado a tal falha geológica.
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