Depois da queda do muro de Berlin e até a queda do muro de New York, o crash de Wall Street em 2008, o livre mercado era visto como a melhor invenção da humanidade no campo da economia. Algumas virtudes do mercado são inegáveis sua capacidade de invenção e criatividade, a competição quando não é destrutiva, porém a mais alardeada era de que ele possuía a capacidade de auto-regulação. Este foi o cerne do discurso chamado neoliberal, o que justificava o "estado mínimo" atrapalhando o menos possível a ação dos agentes econômicos.
Nestes tempos Alan Greenspan, diretor do FED, o Banco Central dos EUA, foi o pontifex maximus da economia mundial. Suas decisões influenciavam vidas de bilhões de pessoas.
Pois bem, quando caiu o muro de cá, este da Rua do Muro (Wall Street) o Capitalismo Liberal deixou de existir, pois o regime só se manteve graças a injeção de trilhões de dólares feita pelo governo estadunidense (da mesma forma como quando caiu o muro de Berlin, o Socialismo Real deixou de existir) o nosso Greenspan, disse que os mercados deveriam ter sido mais regulados, e reconheceu que esteve "parcialmente" errado quando apostou na falta de controle.
Isto é uma introdução que será importante para a nossa conclusão.
No post Lei da gravidade e outras derrubaram edifício sugeri alguns marcadores para o cenário no qual aconteceu a tragédia, recupero aqui os seguintes:
- De repente, no BRasil, PAC, os negócios começam a acelerar!!
- Mas, nos Estados Unidos uma crise sem precedentes é provocada pela explosão de uma bolha financeira baseada em negócios imobiliários.
- Analistas apontam que este crescimento do mercado da construção no Brasil poderia seguir o caminho do irmão do Norte.
- Aproveitando as oportunidades de crédito, todos: bancos, incorporadoras, construtoras, operários, trabalham a toda velocidade.
Pois é nesta correria para produzir muito e mais rápido, caiu o prédio.
O mercado se auto-regulou....
Mas a que preço!
E aqui não estou falando de vidas de sonhos desfeitos, que amanhã, já serão coisas do ontem, falo no impacto negativo que isto trará para o próprio mercado da construção em Belém.
Reconheço que antes da atual administração municipal tínhamos uma legislação muito restritiva, basta ver que nesta mesma quadra, onde aconteceu a tragédia, nas antigas condições, só seria possível construir até 7 andares. Com a conversa que precisava aquecer a economia, dar emprego liberou-se tanto que se poderia dizer que a atual lei foi redigida pelos construtores, as más línguas acrescentariam, junto com o prefeito.
Atenção, este não foi o primeiro episódio, lembram que aquelas duas torres de 40 andares na Doca, balançaram, balançaram, as obras ficaram paralisadas um bom tempo....
[basta ver que nesta mesma quadra, onde aconteceu a tragédia, nas antigas condições, só seria possível construir até 7 andares] Esses dizem que assim fizeram por achar que a UFPA estaria formando engenheiro pelo menos do mesmo nível que o americanos formamam por volta de 1900. Porém esses tomaram um susto quando no programa do Bona, o então reitor Alex aos ser perguntado pelo fato de um certo muro de arrimo lá no tecnológico não ter durado uma semana, esse deu um sorriso encarando telespectador e dizendo que não entedia também, já que nesse estavam atuando só os maiores e mais diplomados engenheiros de toda UFPa. Já passando pelos corredores do IEC/UFPa ouvi docente delineando para alunos que esse não resistiria mesmo, posto que, o guamá é o rio mais caudaloso que há na face da terra. Andando mais um pouco, encontrei aluno de engenharia sentado num pedaço desse, vendo o pôr do sol, é numa crise existencial derível: ¨Por que estudar coisa venhas, como teorema de Pitágoras, derivadas dos tempos de Newton, quando posso obter cálculo de qualquer coisa só clikando na net?¨
ResponderExcluirSó quem nunca foi docente acredita haver coisa boa ou má que não seja produto da educação ou da falta desta.
Então vamos estatizar o mercado e chamar um afilhado do Sarney para controlar.
ResponderExcluirO Anonimo das 21.22 deve ser afilhado de algum afilhado do Sarney e deve estar querendo benesses...
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