sábado, 2 de julho de 2011

Bonner e o enterro do corpo no JN

Deve ter sido alguma entidade superior que determinou a fórmula, pois tanto o Jornal Nacional da Globo como o UOL a adotaram, em vez de enterro de fulano, usam: entero do corpo de fulano, veja noticia abaixo:
http://www1.folha.uol.com.br/poder/935225-corpo-de-paulo-renato-sera-enterrado-nesta-segunda-feira-em-sp.shtml
Tudo bem, partem do pressuposto de que temos um corpo e uma alma, que a alma se livra do corpo na hora da morte.
Alma ninguém vê, o que se vê é o corpo, logo, para quem não "sofre" de nenhuma mediunidade a pessoa é o seu corpo.
A crença na imortalidade da alma, da migração de uma alma para outro ponto do cosmo, para outro ser, são questões impenetráveis para os crentes e irrelevante para o cético, mas nem um nem outro diz:
- Morreu a alma do fulano, diz-se:
- O fulano morreu, portanto, quotidianamente, o fulano é seu corpo.
É o fulano que se enterra e não o corpo do fulano.
Quando meu pai morreu fui enterrar meu pai, não o corpo de meu pai.

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