segunda-feira, 25 de julho de 2011

Duda Mendonça diz trabalhar de graça em plebiscito no Pará

Matéria da Folha de São Paulo de 22 de julho, sobre o lançamento da campanha da divisão.
Neldson Neves/O Liberal
Duda Mendonça (à dir.) no lançamento da campanha separatista de Carajás, em Belém 

FELIPE LUCHETE
DE BELÉM 

Recebido com honras em um hotel de Belém, o publicitário Duda Mendonça disse ontem que não cobrará cachê para comandar a campanha pela criação do Estados de Carajás e Tapajós, hoje pertencentes ao Pará.
Ele é dono de terras em Carajás, cuja elite pretende gerir sozinha as riquezas geradas pelos recursos minerais e pela agropecuária na região.
Duda disse que fará o serviço de graça por acreditar na causa e reclamou da forma como é retratado nos jornais.
"O Duda que não é o da imprensa é um cara legal, que gosta de ajudar."
O marqueteiro é réu no processo do mensalão pela suposta prática de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Ele já prestou serviços ao ex-presidente Lula e ao deputado Paulo Maluf (PP-SP), entre outros políticos.
O material publicitário apresentado ontem é o mesmo para as duas regiões. Adesivos e bandeiras são ilustrados por um gesto de positivo com as cores verde e amarela, já presentes na bandeira extraoficial de Carajás.
O jingle sertanejo, que começa de mansinho e segue numa toada cheia de "diga sim", afirma que "um dia todo filho cresce, um dia chega a hora da emancipação", mas que a família segue unida "num só coração". A letra evita a palavra separação.
A campanha aposta no mote "dividir para multiplicar" e diz que os novos Estados aumentariam a representatividade da região Norte no Congresso.
Integrantes do movimento disseram que ainda não têm estimativa de gastos da campanha. O lançamento ocorreu primeiro em Belém, onde há mais resistência à ideia.

6 comentários:

  1. Acabo de ler uma notícia que me deixou muito pesaroso.
    O jornalista paraense Pedro Ayres faleceu.
    http://www.tijolaco.com/escreve-de-la-amigo-ayres/
    Tinha lido um excelente comentário dele aqui no seu blog sobre essa questão de criação dos Estados de Carajás e de Tapajós.Ele era totalmente contrário a idéia e apresentava sólidos argumentos para defender sua posição.
    Como concordei inteiramente com ele, procurei conhecer os seus blogs e me entusiasmei com as suas memórias políticas que estava escrevendo em "Histórias,Lembranças e Críticas":
    http://papsilva.wordpress.com/
    Para todo paraense que se interesse por História e pela política nacional e latinoamericana dos últimos sessenta anos,a leitura das memórias políticas do paraense Pedro Ayres é fundamental.
    É profundamente triste que ele tenha nos deixado e aproveito para apresentar os meus sinceros sentimentos de pesar à família e amigos dele,em meu nome e no de vários colegas da Faculdade de História da UFPA, que também estavam acompanhando o relato dele.
    Que ele esteja em paz e encontre enfim o mundo socialista,anti-imperialista e nacionalista pelo qual tanto lutou.
    Pedro Ayres,conterrâneo de que muito nos orgulhamos,será smpre presente na nossa luta pela unidade paraense e pela construção democrática de um caminho socialista para a nossa economia.
    José Francisco Breves

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  2. Duda Mendonça trabalhando de graça? Só pode ser piada.
    Tem altos interesses de grandes grupos financeiros nacionais e internacionais envolvidos nesse projeto de esfacelamento do nosso Estado do Pará.
    Agora que a economia estadunidense entra francamente no quadro de défault, que a Europa desaba financeiramente, que a OTAN comete genocídios na Líbia, no Iraque, o Afeganistão etc, no afã de roubar petróleo e tentar a sobrevida do capitalismo,o imperialismo volta sua sanha contra tudo e contra todos os países da América Latina, a fim de continuar a sugar nas veias abertas de que fala Eduardo Galeano.

    Foi com imensa tristeza que li o comentário anterior, de José Francisco, onde se dá a notícia da morte do jornalista Pedro Ayres. Estava lendo suas memórias políticas com grande interesse.
    Nos comentários apostos à postagem de texto sobre sua morte no Tijolaço,há a indicação do endereço do blog do Pedro Ayres onde ele narra suas memórias políticas a partir do final de sua adolescência e início de vida universitária vivida em Belém.
    É um relato imperdível para nós aqui de Belém e para todos os brasileiros.
    Um grande paraense, um grande jornalista, um grande ser humano acaba de fazer partida.
    Que encontre a paz merecida, após uma vida de tanta luta em prol de um Brasil mais justo e solidário.
    Obrigado por sua brava luta,Companheiro Pedro Ayres. Venceremos!
    Carlos Eduardo Novais

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  3. Prezados, o Duda pode até trabalhar gratuitamente, o que eu duvido muito, mas após o plebiscito ele saberá apresentar a sua fatura e não tenho dúvida que ela será muito alta. Aproveito para convidar a todos para votar na enquete sobre o seperatismo do blog Economia, Política e Religião: http://eduardojmcosta.blogspot.com/

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  4. Flávio, adicionei o seu blog na minha lista de blogs favoritos. Amplexos.

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  5. aragaofatima@gmail.com26 de julho de 2011 às 08:42

    Acho que o Ayres, morreu de tristeza! pois pensar nosso territorio dividido por interesses de empresas que ganharam quase de graca uma das regioes mais ricas do planeta, mata qualquer um de desgosto...lamentavel esta perda, mas, vamos divulgar seus escritos! abracos a familia.Fatima Aragao.

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  6. Lá de cima o jornalista Pedro Ayres há de enviar reforços para que os paraenses de fibra consigam reverter essa mutreta violenta que é o esfacelamento do nosso Estado do Pará.
    Lendo as imperdíveis memórias do Pedro, descobri que há muitos mitos e lendas sobre vultos paraenses incensados pelo sistemão.
    Um bravíssimo para a vida desse paraense de convicções e princípios firmes, que dedicou sua vida à causa do socialismo e da justiça social.
    Recomendo a todos a leitura de suas memórias políticas:
    http://papsilva.wordpress.com/
    E a conhecer o blog que ele tocava,há mais de três anos,sobre a América Latina:
    http://pedroayres.blogspot.com/
    Nesse blog sobre a América Latina há a indicação de muitas fontes de informação sobre política e economia de ótima qualidade.
    É lastimável a partida do jornalista paraense Pedro Ayres,que embora há muito radicado no Ro de Janeiro,amava profundamente o seu Estado natal e certamente iria cerrar fileiras contra essa absurda pretensão de liquidar aos pedaços o nosso Estado do Pará.Ele durante toda a sua vida deu combate aos vende-pátrias.
    Caro Flávio,peço-lhe que em homenagem ao Pedro Ayres,reproduza em post o excelente comentário que ele postou há algumas semanas aqui no seu blog sobre essa questão dessa pretendida subivisão.
    Lembro-me que o comentário dele me impressionou muito pela profunda lucidez.
    Apresento meus sentimentos de pesar à família e amigos de Pedro Ayres, entre os quais, ainda que não o conhecesse pessoalmente, me incluo.
    Que Pedro esteja em paz e que, se puder, nos ajude em nossas lutas terrenas pelo socialismo e pela paz no mundo.
    Mário Henrique Fernandes

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