sábado, 6 de agosto de 2011

A Barriga do Poeta e do Arquiteto

Ele esteve aqui recentemente. Quem conhece ele sabe que estou me referindo a ele: ao Jamilzinho, o Jamilança, o Jamil Miguel.
Aqui gravou vídeos, recitou recitou poesia. Lá pelas tantas, a Barriga do Poeta:


A Barriga do Poeta:
Esta barriga que se me dependura
por certo não é de nascença
e nem pode ser coisa que dura
a vida toda, assim imensa.
Aliás, esta barriga,
não a reconheço como tal.
É mais um apêndice esquisito,
corpo estranho,
que a cada dia mais me tem pesado.
Não a reconhecerei como barriga.
De agora em diante, fica nomeado:
é coisa de outro mundo,
objeto não identificado.

O Jaime Bibas viu e achando-se com inveja:
- então, cometeu o poema:

A Barriga do Arquiteto:
Assaz e graciosa
Epíteto, um dia,
A barriga do arquiteto
Foi dever de ofício
Desenho feito em curva como um vício
Ordenada num cânone qualquer
Desde que clásico

Tal ornamento básico
Era protuberância, enfim,
De efeito estético

Hoje bem aumentada,
-Sin embargo -
Veste-lhe a calça folgada,
E o cinto largo
Aperta a geometria envergonhada
Da figura circular
Tergiversada...

Ao fim pedia-me o JB:
- Se puder, manda para o Jamil Damous.
Não tenho mais o e-mail dele.

Bem-mandado passei adiante:
- Depois de ver no meu you tube a Barriga do Poeta, Jbibas "cometeu" a Barriga do Arquiteto" e pede que eu dependure em meu email para chegar até o teu.

Jamil respondeu;

Flávio & Jbibas,
quando nossas barrigas
voltarão a se roçar,
redondas e felizes,
numa mesa de bar?


Bibas não se fez de rogado:

Amigo Jamil Damous
às vezes, encontro o Flávio
e ‘roçamos’ sorridentes,
mas, falta faz tua pança
em bares onde o gelo
mantém acesa a esperança.

Nenhum comentário:

Postar um comentário