segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Fim de papo

Acho que o artigo do sociólogo norte-americano Immanuel WallersteinVinte anos para mudar o mundo, coloca muito claro a questão do declínio dos EUA, e encerra esta interminável discussão:
Hoje, a visão de que os Estados Unidos declinaram, e declinaram seriamente, é uma banalidade. Todos dizem isso, com exceção de alguns políticos norte-americanos que temem ser culpados pela decadência, se a debaterem. O fato é que hoje quase todos acreditam na realidade desse declínio.
E levando isso em conta, coloca algumas questões para o futuro:
E sem alguma estabilidade razoável nas previsões de curto prazo (três anos, digamos), a economia-mundo estanca. Todos os países terão de ser mais protecionistas e voltados para dentro. Os padrões de vida vão cair. Não é um quadro agradável. E embora haja aspectos positivos para muitos, no declínio norte-americano, nada garante que, com os sacolejos do barco mundial, outros países possam tirar da nova situação o proveito que esperam.
É hora para análises muito mais sóbrias e de longo prazo, julgamentos morais muito mais claros sobre o que estas análises revelam, e ação política muito mais efetiva no esforço de criar, nos próximos 20 ou 30 anos, um sistema-mundo melhor do que aquele em que estamos hoje enrascados.
Quem ainda não estiver satisfeito, pode ler aqui, um artigo do Noan Chomsky, sobre o mesmo tema.

8 comentários:

  1. Flávio não estou conseguindo postar nenhum comentário, se esse passar, ótimo. Quero agradecer a postagem do Face e dizer que esse artigo é ótimo. Agora vou rezar, rsrsrsr
    Marise.

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  2. Pois eu acho que os EUA estão bem longe do seu declínio como superpotência. Aponto três razões básicas para isso, dentre outras, a saber: a) possui as melhores universidades do mundo; b) possui poder militar incontrastável; e, por fim, c) responde por 24% da economia mundial.

    No passado, o declínio norte-americano foi igualmente anunciado por outros fatos - derrota na guerra do Vietnã, crescimento da economia japonesa, surgimento do euro, etc. - e, no entanto, os EUA continuaram líderes. Por que agora seria diferente? Goste-se ou não, o domínio norte-americano continuará por muitas décadas.

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  3. Depois, caro Nassar, Noan Chomsky não é alguém que se leve a sério. Apoiar Hugo Chávez desqualifica qualquer um que se pretenda democrata. Ou não?

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  4. A analise deve ser feita da consistencia interna dos argumentos e nao por outras atitudes anteriores. Isso desqualifica o debate q deve se dar no campo das ideias e não das posiçoes ideologicos.

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  5. Eí anônimo da 22:23, fala sério aí! Desqualificar o Noan Chomsky por que ele apoiou o Chaves é declarar que nunca leu o Noan Chowsky. Como diz o slogan; "Quem lê viaja".

    Marise Morbach

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  6. Ler Noan Chowsky para quê? Quem não percebe que se trata de um populista de esquerda?
    Meu tempo é escasso, não tenho tempo para literatura infanto-juvenil.

    Além disso, a queda do Muro de Berlin não foi suficiente para alguns perceberem que certas "posições ideológicas" - tomando aqui emprestada a expressão do blogueiro - viraram peças de museu... Fazer o quê? O poder da auto-ilusão parece desconhecer limites.

    E, por falar em leitura, recomendo o livro "1989 - O ano que mudou o mundo", do jornalista norte-americano M. Meyer. Este, sim, é um bom livro para entender como socialismo sem democracia - e o mundo não conheceu outro tipo de socialismo! - não leva a lugar algum.

    Ah, sim, Hugo Chávez é um grande democrata!!! Ahahahahah!!!

    Viva la Revolución!!!

    Fuera imperialismo ianquy!!!

    (Puxa vida, como isso é velho, mas há quem goste...).

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  7. Ahj, ia esquecendo: outro livro que recomendo é "A Obsessão Antiamericana - Causas e Inconsequências", do liberal (por que não?) francês Jean-François Revel, publicado no Brasil pela Universidade de Brassília e já esgotado (mas se encontra à venda no site estante virtual). Lendo-o, pode-se até não "viajar", mas aprende-se (e como!) bastante sobre como a miopia antiamericana afeta a "consistência interna dos argumentos" de certas "posições ideológicas."

    P.S.: Cá entre nós, por que não se pode evocar fatos do passado para contextualizar, ao menos tentar, relacionando-os com a perspectiva presente, para tentar demonstrar a fragilidade de certas previsões quanto ao futuro dos EUA? Aliás, existem profecias no campo das ciências sociais ou existem apenas predições escoradas em dados concretos?
    Os três dados citados a favor da democracia norte-americana são aferíveis ou estão conforme a realidade. Mas, veja só, caro Nassar, eles tentam refutar a posição defendida pelo sociólogo Wallerstein, então talvez seja melhor pedir que tenham mais "consistência interna", não é isso?
    Ora, consistente é o que está conforme os fatos. Ou não?
    Comenta aí, vai.

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  8. Anônimo de todas as horas,
    A questão da decadencia dos EUA é simples, como tudo na vida, nasce, cresce, tem seu apogeu e depois declina.
    Quantos imperios existiram, o de Alexandre, o romano, o portugues, o espanhol, onde o sol nunca se punha, o ingles, e o americano. Depois de terem sido dominantes e por não terem, entre outras, condições de mantê-los a mano militari, entraram em declinio.
    É a vida, é objetivo, gostemos ou não.
    Depois da segunda guerra mundial o mundo ficou dividido entre dois campos de força, o soviético e o americano. O campo soviético se desfez, agora, são claros os sinais de que os EUA estão declinantes. Os BRICsão os que podem mitigar os efeitos mundiais da crise.
    Pra encerar, eu acho que para um brasileiro, mais importante do que ficar falando de eternidades que não existem, seria pensar, qual a contribuição que o povo brasileiro, como antes, os gregos, os romanos, os sovieticos, os americanos, podemos dar para um mundo melhor, mais humano.

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