quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Engenheiros servis

O arquiteto José Sidrim, meu bisavô, trabalhou com o Antônio Lemos no início do século 20, ele era compadre do Engenheiro João de Palma Muniz, que, por sua vez, era casado com uma filha do Velho Lemos. Homem culto, Muniz é autor de importantes obras de referência da historiografia paraense, como por exemplo Patrimônios dos Conselhos Municipaes do Estado do Pará de 1904, impresso em Paris pela Aillaud & Cia, que conta a história dos nossos municípios e publica o mapa com seus limites, além da Adesao do Pará à Independência, Dom Romualdo de Sousa Coelho. (Afortunadamente mantenho em minha biblioteca importantes exemplares que o Palma doou para o meu bisavô e que consegui livrar da sanha incendiaria de meu tio-avô, avisado que fora pelo irmão Porfírio do Colégio Nazaré, que adquirira o imóvel, vendido depois da morte de minha bisavó).
Meu bisavô contou-me a seguinte história:
Palma Muniz tinha sociedade com o também engenheiro Antônio Lalor, um dia, no auge da disputa política entre Lemistas (partidários de António Lemos) e Laurista (partidários de Lauro Sodré), sobre a placa que indicava que ali funcionava o escritório de engenharia, Lalor & Muniz amanheceu uma outra com as seguintes inscrições:
Lalor e Muniz
Engenheiros servis
um não sabe o que faz
outro não sabe o que diz.

2 comentários:

  1. Entao, o DNA do "sobrinho do capitao", eh Sidrin??.
    um abraco amigo!
    OdeO

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  2. Captei sua mensagem amado mestre: o que nao sabe o que faz é o dono da Real e o que nao sabe o que diz é o que disse que foi um raio que derrubou o edifício.

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