domingo, 8 de maio de 2011

Divisão do butim Pará

Bandoleiros 10 x interesse público 0
Espertalhões do faroeste e do farsudeste do Pará 20 x pombocas da capital 0
Mineradoras 30 x população pobre 0
A bandidagem esta vencendo, os malandros do farsudeste e do faroeste querem cargos de governador e vice, senador, prefeitos de capital e vice, assembleias legislativas, câmaras municipais de capital, tribunais de justiça, tribunais de contas, construção civil para abrigar todos estes podres poderes.
Há tempos Estados ricos em províncias minerais vem pressionando por royaltes mais justos, junto ao governo federal e no Congresso, no caso do Pará para atender aos impactos socias decorrentes da implantação destas atividades. Com todos os investimentos previstos no Pará, quer na área mineral como no setor hidrelétrico, ou se reconfigura a distribuição dos royaltes, ou os impactos sociais destes investimentos serão muito penosos para o Estado.
Está se chegando, portanto, em um ponto no qual esta discussão não pode mais ser adiada.
Mais do que nunca então, é do interesse das mineradoras tumultuar este debate e colocar na pauta o explosivo, apaixonante, sentimental, debate da divisão territorial.
A mineração vai abrir os cofres apoiando a criação dos novos estados e vai ter no cabresto os novos líderes que não poderão piar por muito tempo, até porque estarão ocupados em tomar posse de todos estes cargos públicos que serão criados.
Juntando as maltas do faroeste com a do farsuldeste, penso que vai ser difícil vencer esta santa aliança, até porque enquanto eles urdiam suas tenebrosas transações nossos senhores daqui dormiam em berço esplêndido deixando que o mapa redividido fosse definido a partir dos interesses dos secessionistas.
Ao fim e ao cabo:
Mineradoras se beneficiam com royaltes menores.
Os políticos com novos cargos.
E o povo mais uma vez oh!

P.S.1: Mas, além dos bandidos do sul e do faroeste do Pará tem bandido daqui da capitar interessado na divisão do butim, tão aí caladinhos mas na hora H vão pedir mudança de domicilio eleitoral. Vai ser uma forma de acomodar lideranças partidárias com projetos políticos conflitantes.
P.S.2: Rolam pela net artigos bem mais brandos, mais politicamente corretos. Quem quiser dados e informações, leia o blog da Edilza Fontes, quem quiser análise crítica, leia no blog do Fábio Castro e aguarde a manifestação do Lúcio Flávio. Pretendo que este seja um panfleto de luta, nem por isso menos verdadeiro.

4 comentários:

  1. Será que é possível exigir um plebiscito para saber se a população é a favor?
    Celio Guilhon

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  2. O canteiro de Belo Monte sera uma grande massa de manobra...Quantos domicilios eleitorais poderao ser remanejados para lah. Eh cara palida... a coisa eh seria..
    Odeo

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  3. Bem dito, caro Flávio.

    Essa divisão só atende a interesses escusos. É uma pena, mas nestes anos que estou por aqui venho assistindo a perda da identidade cultural do Pará, churrascos com pão careca ao invés de farinha e vinagrete, chimarrão sendo tomado nas portas das casas, sotaques e falares característicos sendo pasteurizados e esquecidos, e o carimbó desaparecendo. Lamento. Apesar das dificuldades do tamanho do território, o que mais dói é a omissão da máquina pública na presança junto a essas populações.

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